domingo, 27 de junho de 2010

Segundo Ano - CNDL
Terceiro Bimestre - História do Brasil
Unidade 2 - A nova ordem republicana no Brasill
Capítulo 2 - Os prenúncios de uma nova ordem: a década de 1920 e a Revolução de 1930

Objetivos específicos do capítulo

* Reconhecer a importância da década de 1920 como a conjuntura em que se explicitaram os problemas acumulados ao longo da República Velha.

* Definir Tenentismo.

* Analisar as motivações dos tenentes para se rebelarem contra a ordem oligárquica.

* Relacionar a ideologia tenentista e os interesses das classes médias urbanas, na década de 1920.

* Analisar o impacto da criação do Partido Comunista nos movimentos populares da década de 1920.

* Definir Semana de Arte Moderna.

* Analisar a ideia de identidade nacional dos modernistas.

* Construir e/ou descontruir o conceito de identidade nacional.

* Analisar o processo histórico da formação da Aliança Liberal e do movimento de 1930.

* Apreender que a História é um discurso historiográfico construído a partir de outros discursos elaborados no passado que são as fontes documentais nas suas diversas linguagens.

* Analisar a contracultura contemporânea fazendo uma ponte com a Semana de 1922.

Esse capítulo pretende fazer a transição entre a República Velha e a nova ordem política, econômica e social instaurada pelo movimento de 1930. Como se afirmou no seu início, foi na década de 1920 que os problemas acumulados ao longo da Primeira República tornaram-se explícitos nas várias manifestações de diversos segmentos sociais brasileiros: o tenentismo, a Semana de Arte Moderna, as greves dos trabalhadores já sob hegemonia do Partido Comunista Brasileiro.

Todos esses problemas prenunciavam mudanças necessárias na República, o que acabou por acontecer em razão de uma crise política entre as oligarquias, levando à formação da Aliança Liberal, com a candidatura de Getúlio Vargas, e, com sua derrota nas urnas, ao movimento de 1930.

O que é importante nesse capítulo, além da análise dos movimentos dos anos 1920, é mostrar ao aluno as várias interpretações a respeito da Revolução de 1930. Existe uma extensa literatura sobre esse tema que apresenta inúmeras possibilidades de análise do movimento, com a participação de atores políticos diferentes, o que permite ao professor trabalhar com o aluno a constatação de que não há uma verdade absoluta na História e que as várias versões são discursos de sua época, que são as fontes utilizadas pelo historiador. É uma chance para que o aluno compreenda que ele não pode recuperar o passado, mas, sim, estudas os discursos, nas suas diversas linguagens, feito no e sobre o passado.

Nessa medida, apesar da importância da análise do conteúdo histórico específico, esse capítulo tem a função teórico-metodológica que deve ser levada em consideração.

As atividades do capítulo, distribuídas nas seções "Análise e interpretação" e "O tema em foco", tratam do Manifesto da Coluna Prestes e da marcha dos tenentes rebeldes pelo Brasil até a Bolívia; da Semana de Arte Moderna; de interpretação do Movimento de 1930, comparada a outras teses apresentadas no capítulo; da formação da Aliança Liberal; do documento de posse de Getúlio Vargas no Governo Provisório. São atividades que complementam o texto principal do capítulo e desenvolvem atividades cognitivas operacionais e globais, permitindo um eficaz processo de aprendizagem se bem conduzidas.

Na seção "Construindo habilidades e competências", sugere-se uma comparação entre os princípios da Semana da Arte Moderna, principalmente os estéticos e musicais, e os princípios dos rappers que quebram as noções de que a música deve ter uma harmonia e uma melodia.

Esse capítulo pode se beneficiar das informações muito ricas - documentos escritos, orais e iconográficos - do site www.cpdoc.fgv.br, que podem ser exibidos nas aulas expositivas com o recurso do data show, tornando as aulas mais motivadoras.

Bibliografia

BERTOLLI FILHO, Cláudio. A república velha e a revolução de 1930. São Paulo: Ática, 1999.

CARVALHO, José Murilo de. Pontos e bordados. Escritos de história política. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 1998.

DECCA, Edgar de. O silêncio dos vencidos. São Paulo: Brasiliense, 1997.

FAUSTO, Boris, org. O Brasil republicano. Estrutura de poder e economia. 1889-1930. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989 (Coleção História Geral da Civilização Brasileira, t. III. V. 1)

FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. Brasil republicano. O tempo do liberalismo excludente. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. v. 1.

IGLÉSIAS, Francisco. Trajetória política do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

LINHARES, Maria Yedda, org. História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1993.

PENNA, Lincoln de Abreu. República brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

VIANNA, Luiz Werneck. Liberalismo e sindicato no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

VISCARDI, Cláudia Maria Ribeiro. O teatro das oligarquias. Uma revisão da "política do café-com-leite". Belo Horizonte: C/Arte, 2001.

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