Avaliação de História
P2 do segundo bimestre
Primeira série
1. (FUVEST) Sobre a colonização inglesa na América do Norte,
a) estabeleça sua conexão com os desdobramentos da Reforma
Protestante da Inglaterra.
b) explique por que na região sul se originou uma
organização sócio-econômica diferente da do norte.
resposta:
a) Com a reforma religiosa na Inglaterra e uma série de
conflitos entre católicos em puritanos estes últimos com
receio do aumento das perseguições resolveram procurar
um local para criar uma Nova Inglaterra onde poderiam
viver sem medo.
b) O sul desde de sua fundação possuía a função de produzir
matéria-prima para suprir a Metrópole e atender o
mercado europeu, então para atender estas necessidades
foi criada toda uma estrutura produtivo com esse objetivo,
por exemplo, o plantation.
2. (FUVEST) A colonização inglesa na América foi marcada por
sensíveis diferenças entre o norte e o sul. Caracterize essas diferenças no que
se refere ao trabalho compulsório e aos aspectos econômicos.
Norte - mão de obra livre, minifúndios, policultura e mercado interno
Sul - escravos, latifúndio, monocultura e produção para mercado externo.
3. (CESGRANRIO) Durante o séc. XVII grupos puritanos
ingleses perseguidos por suas ideias políticas (antiabsolutistas) e por suas
crenças religiosas (protestantes calvinistas) abandonaram a Inglaterra,
fixando-se na costa leste da América do Norte, onde fundaram as primeiras
colônias. A colonização inglesa nessa região foi facilitada:
a) pela propagação das ideias iluministas, que preconizavam
a proteção e respeito aos direitos naturais dos governados.
b) pelo desejo de liberdade dos puritanos em relação à
opressão metropolitana.
c) pelo abandono dessa região por parte da Espanha, que
então atuava no eixo México-Peru.
d) pela possibilidade de explorar grandes propriedades
agrárias com produção destinada ao mercado europeu.
e) pela consciência política dos colonos americanos, desde
logo, treinados nas lutas coloniais.
resposta:[B]
Os primeiros colonos ingleses fugiam das perseguições políticas e religiosas na Europa.
4. (ENEM 2013) Devem ser bons
serviçais e habilidosos, pois noto que repetem logo o que a gente diz e creio
que depressa se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma religião.
Eu, comprazendo a Nosso Senhor, levarei daqui, por ocasião de minha partida,
seis deles para Vossas Majestades, para que aprendam a falar.
COLOMBO, C. Diários da
descoberta da América: as quatro viagens e o testamento.
Porto Alegre: L&PM,
1984.
O documento destaca um aspecto cultural relevante em torno
da conquista da América, que se encontra expresso em:
a) Comportamento caridoso dos governos europeus diante da
receptividade das comunidades indígenas
b) Deslumbramento do homem branco diante do comportamento
exótico das tribos autóctones.
c) Cruzada civilizacional frente à tarefa de educar os povos
nativos pelos parâmetros ocidentais.
d) Compromisso dos agentes religiosos diante da necessidade
de respeitar a diversidade social dos índios.
e) Violência militarizada do europeu diante da necessidade
de imposição de regras aos ameríndios.
resposta:[C]
5. (G1) Observe as colunas abaixo.
Primeira coluna:
I) Colônias do Norte
II) Colônias Centrais
III) Colônias do Sul
Segunda coluna:
A. Monocultura baseada em produtos tropicais de exportação
para a Europa e utilização de força de trabalho escrava africana.
B. Caracterizada pela policultura e pela produção
manufatureira, fomentando o mercado interno.
C. Dinamismo econômico, com importantes centros comerciais,
aliados a uma tolerância religiosa.
Qual das alternativas abaixo relaciona corretamente as duas
colunas?
a) I-B; II-C; III-A.
b) I-B; II-A; III-C.
c) I-C; II-B; III-A.
d) I-A; II-B; III-C.
e) I-C; II-A; III-B.
resposta:[A]
Segunda série
1. (PITÁGORAS) A implantação do
café no Brasil provocaria diversas transformações socioeconômicas, entre as
quais a estabilização financeira, a implantação de um mercado interno e a
formação de uma nova aristocracia. Em 1850, o Brasil passaria por um surto
industrial. Na política interna, a característica principal seria a conciliação
partidária.
INDIQUE três diferenças entre a
cafeicultura no Vale do Paraíba e a cafeicultura no Oeste Paulista.
Resposta:
Vale do Paraíba: Produção tradicional, utilização de mão de obra escrava, sistema de plantation, surgimento dos barões do café, exportação via porto do Rio de Janeiro.
Oeste Paulista: Produção moderna, Mão de obra
assalariada (imigrantes), Burguesia cafeeira Exportação via porto de Santos
2. (UNESP) Charles Ribeyrolles,
ao viajar pelo Vale do Paraíba em 1859, deixou o seguinte depoimento: "A
fazenda brasileira, viveiro de escravos, é uma instituição fatal. Sua oficina
não pode se renovar, e a ciência, mãe de todas as forças, fugirá dela enquanto
campearem a ignorância e a servidão. O dilema consiste, pois, no seguinte:
transformar ou morrer"
(Charles Ribeyrolles,
BRASIL PITORESCO.)
Baseando-se no texto,
responda.
a) Quais as críticas do viajante
às fazendas da região?
b) Como os fazendeiros de café da
região do "oeste paulista" solucionaram o dilema "transformar ou
morrer"?
resposta:
a) O viajante questiona a
utilização do trabalho escravo, considerando-o um obstáculo ao desenvolvimento
tecnológico e econômico, tendo como referência a Revolução Industrial que se
processava na Inglaterra.
b) No Oeste paulista, os
cafeicultores adotaram a mão-de-obra assalariada ou sistemas de parceria,
sobretudo de imigrantes europeus o que resultou na modernização da produção
cafeeira na região.
3. (UNESP) O texto seguinte se
refere a um esforço de implantação de fábricas no Brasil em meados do século
XIX. Não se pode dizer (...) que tenha havido falta de proteção depois de 1844.
Nem é lícito considerar reduzido seu nível (...) Não se está autorizado,
portanto, a atribuir o bloqueio da industrialização à carência de proteção. O
verdadeiro problema começa aí: há que explicar por que o nível de proteção, que
jamais foi baixo, revelou-se insuficiente.
(J. M. Cardoso de Mello. O Capitalismo tardio, 1982.)
a) Qual foi a novidade da Tarifa
Alves Branco (1844), comparando-a com os tratados assinados com a Inglaterra em
1810?
b) Indique duas razões do
"bloqueio da industrialização" ao qual se refere o autor.
resposta:
a) A Tarifa Alves Branco aumentava significativamente o imposto sobre produtos importados, e por essa razão, é considerada uma tarifa protecionista. Dessa forma, possui um grande contraste em relação aos Tratados de 1810, assinados com a Inglaterra, pois estes davam privilégios à importação de produtos ingleses em detrimento dos produtos de outros países.
b) Na época, o país possuía uma economia agrário-exportadora e utilizava-se da mão de obra escrava. Estes dois aspectos são suficientemente importantes para ilustrar o "bloqueio" referido no texto. A elite agrária não possuía qualquer compromisso com uma possível "indústria nacional", considerando-se como consumidora de produtos importados. A existência de escravos constituía-se como um sério obstáculo à existência de um mercado de consumo, além de não se dispor de mão de obra qualificada para o trabalho industrial.
4. (FUVEST 2012) Examine a
seguinte tabela:
A tabela apresenta dados que
podem ser explicados
a) pela lei de 1831, que reduziu
os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.
b) pelo descontentamento dos
grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no
Brasil.
c) pela renovação, em 1844, do
Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos
entre Brasil e Moçambique.
d) pelo aumento da demanda por
escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação
da Lei Aberdeen, em 1845.
e) pela aplicação da Lei Eusébio
de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico
interno.
Resposta:[D]
A tabela mostra um grande aumento da
entrada de escravos no Brasil, nos três anos subsequentes à decretação do Bill
Aberdeen.
É claro que a expansão da cafeicultura nesse período, embora
significativa, nem de longe acompanhou o crescimento da importação de escravos.
Seria mais correto, portanto, dizer que o aumento do tráfico deveu-se ao receio
de que sua extinção ocasionasse uma dramática falta de mão de obra, levando os
fazendeiros a formar um estoque de escravos.
5. (UERJ adaptada) Acompanhei com
vivo interesse a solução desse grave problema [a extinção do tráfico negreiro].
Compreendi que o contrabando não podia reerguer-se, desde que a "vontade
nacional" estava ao lado do ministério que decretava a supressão do
tráfico. Reunir os capitais que se viam repentinamente deslocados do ilícito
comércio e fazê-los convergir a um centro onde pudessem ir alimentar as forças
produtivas do país, foi o pensamento que me surgiu na mente, ao ter certeza de
que aquele fato era irrevogável.
(Visconde de Mauá - Autobiografia. Citado por MATTOS, Ilmar R. &
GONÇALVES, Marcia de A. O Império da boa sociedade. São Paulo, Atual,
1991.)
Os centros urbanos brasileiros,
principalmente a capital - a cidade do Rio de Janeiro, passaram por grandes
transformações a partir da segunda metade do século XIX. Irineu Evangelista de
Souza, Visconde de Mauá, foi um dos principais personagens desse processo de
mudanças. No período citado, a capital do império sofreu, dentre outras, as
seguintes transformações:
a) criação de indústrias
metalúrgicas e siderúrgicas, surgimento de bancos e diversificação da
agricultura
b) crescimento da economia
cafeeira, utilização da mão de obra imigrante assalariada e mecanização do
cultivo
c) diminuição da importância da
economia agroexportadora, desenvolvimento de manufaturas e exportação de bens
de consumo manufaturados
d) aplicação de capitais na
modernização da infraestrutura de transportes, no aprimoramento dos serviços
urbanos e desenvolvimento de atividades industriais
e) início da extração petrolífera
no Brasil e o desenvolvimento de indústrias de bens de consumo duráveis com
apoio do Estado Imperial
resposta:[D]
Neste momento surge a figura do
Visconde de Mauá, como era conhecido Irineu Evangelista de Souza. Entre suas
ações para o impulso da economia, estão: criação de estaleiros e fundições,
companhias de linhas telegráficas, ferrovias, iluminação a gás, transporte
urbano, entre outros negócios. O Barão tinha, até mesmo, bancos no Brasil e no
exterior. Porém, o crescimento industrial brasileiro incomodava a elite rural
escravista e os países concorrentes.
Terceira Série
1. (UNICAMP) A tentativa dos nazistas de dissimular suas
atrocidades nos campos de concentração e de extermínio resultou em completo
fracasso. Muitos sobreviventes desses campos sentiram-se investidos da missão
de testemunhar e não deixaram de cumpri-la, alguns logo depois de serem
libertados e outros, quarenta e até cinquenta anos mais tarde.
(Adaptado de Tzvetan
Todorov, "Memória do mal, tentação do bem. Indagações sobre o século
XX." ARX, 2002, p. 211.)
a) Caracterize o contexto
histórico em que surgiram os campos de concentração e de extermínio.
b) Que parcelas da população
foram aprisionadas nesses campos?
c) Com base no texto, explique a
importância do testemunho dos sobreviventes.
Resposta:
a) Implantação de regimes totalitários na
Europa, durante o Período de Entre-Guerras e no contexto da polarização
ideológica.
b) Minorias étnicas como judeus, ciganos e deficientes físicos e outros,
adversários políticos e elementos considerados "anti-sociais", tais
como deficientes mentais, homossexuais e pacifistas.
c) Preservação da memória
sobre as violências e o genocídio praticados durante o período em questão.
2. (UFMG) Leia este texto:
"A guerra estava no fim e
Hiroshima permanecia intacta. A população acreditava que a cidade não seria
bombardeada. Mas infelizmente no dia 6 de agosto, às 8 horas e 15 minutos, um
enorme cogumelo de fogo tomou conta da cidade destruindo a vida de milhões de
pessoas inocentes... A cidade acabara e, com ela, toda a referência de uma vida
normal."
http://www.nisseychallenger.com/hiroshima.html.
Acesso: 4 jun. 2007.
A partir dessa leitura e
considerando outros conhecimentos sobre o assunto,
a) INDIQUE e ANALISE duas razões
para a escolha do Japão como alvo das bombas atômicas.
b) ANALISE os desdobramentos do
lançamento das bombas atômicas sobre o Japão no contexto da Guerra Fria.
Resposta:
a) Dentre as razões para a escolha do Japão
como alvo das bombas atômicas dos Estados Unidos, ao final da Segunda Guerra
Mundial, pode-se destacar a intenção dos Estados Unidos de revidar o ataque
japonês a Pearl Harbour e o interesse norte-americano em abreviar o fim do
conflito, devido a feroz resistência dos japoneses.
b) Para muitos
historiadores, o marco inicial da Guerra Fria foi o lançamento da bomba atômica
sobre Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, logo após o fim da Segunda
Guerra Mundial, na Europa. Nessa perspectiva, a destruição das duas cidades
nada teve a ver com o Japão, já militarmente derrotado, e sim com a divisão
geopolítica do mundo. Ao utilizar a bomba atômica nos ataques às cidades
japonesas, os Estados Unidos afirmaram seu poderio bélico frente a outras
nações e inauguraram uma corrida armamentista, pois a União Soviética também
passou a produzir arsenal nuclear para fazer frente aos Estados Unidos.
3. (UNICAMP) Por duas vezes na história, em 1812 e em
1943, os russos/soviéticos, sob um inverno rigoroso de menos 30 °C, derrotaram
potências de tendência expansionista: a França de Napoleão e a Alemanha de
Hitler, respectivamente. Em ambos os momentos, os russos/soviéticos adotaram
técnicas semelhantes para derrotar os inimigos e foram responsáveis por
mudanças decisivas nos rumos da história contemporânea.
a) Explique qual a estratégia
utilizada pelos russos, em 1812, e soviéticos, em 1943, para derrotarem os seus
inimigos.
b) Qual a importância da URSS na
política internacional após a Segunda Guerra Mundial?
resposta:
a) A estratégia utilizada pelas
tropas russas tanto contra Napoleão tanto contra Hitler foi a da "terra
arrasada", que consiste em destruir e incendiar o próprio território, para
que as tropas invasoras não consigam se manter sem recursos.
Além disso, o rigoroso inverno
russo contribuiu para a derrota dos nazistas.
b) As tropas soviéticas foram as primeiras a chegar a Berlim,
derrotando finalmente os nazistas.
4. (FGV 2015) A respeito da
situação da França, durante a Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar:
a) A chamada República de Vichy
englobava a parte da França cujo governo resistiu aos interesses alemães até o
final da guerra.
b) Na República de Vichy, o
marechal Phillippe Petáin liderou a resistência contra as forças militares
nazistas.
c) Vichy tornou-se a capital de
toda a França governada por um colegiado formado por alemães e franceses.
d) Na República de Vichy, o
slogan Liberdade, Igualdade e Fraternidade foi substituído por Trabalho,
Família e Pátria.
e) A esquerda francesa colaborou
com o governo de Phillippe Petáin, adotando a tática da frente ampla contra o
nazismo.
resposta:[D]
O Marechal Phillippe Pétain
personificou o governo colaboracionista do Sul da França
(França de Vichy), alinhado com os princípios do III Reich alemão,
com as experiências totalitárias em ascensão na
Europa, com o antissemistismo e o anticomunismo exacerbados. O
Marechal substituiu os princípios universalistas da Revolução
Francesa pela palavra-de-ordem pragmático-nacionalista trabalho,
família e Pátria.
5. (UERJ 2015 ADAPTADA) Os mapas constituem uma representação da realidade.
Observe, na imagem abaixo, dois mapas presentes na
reportagem intitulada “Um estudo sobre impérios”, publicada em 1940.
O uso da cartografia nessa reportagem evidencia uma
interpretação acerca da Segunda Guerra Mundial.
Naquele contexto é possível reconhecer que essa
representação cartográfica tinha como finalidade:
a) criticar o nacionalismo alemão
b) justificar o expansionismo alemão
c) enfraquecer o colonialismo britânico
d) destacar o multiculturalismo britânico
e) condenar a construção do espaço vital pelos alemães
resposta:[B]
Na imagem, vê-se um exemplo
emblemático do uso da cartografia como elemento de propaganda
político-ideológica. Ao representar o território alemão isoladamente no grande
espaço retangular no qual se situa, contrapondo-o ao retângulo repleto de
territórios das possessões do então extenso Império Britânico, o elaborador dos
mapas sugere que a Alemanha não possui domínios espaciais compatíveis com sua
grandeza política e econômica. É a tradução cartográfica do conceito germânico
de “espaço vital”, uma analogia com os organismos vivos, que justificava que a
expansão territorial da Alemanha era a consequência natural da inadequação
entre o exuberante “corpo social germânico” e a área ocupada pela nação. Esse
expansionismo também era justificado através da crítica ao expansionismo
britânico, controlador dos espaços representados.
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