Roteiro de estudos: Os vassalos contra a Metrópole: As conjurações
AS CONJURAÇÕES
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Lista de questões: História do Brasil
As Conjurações
1. (UERJ 2013)
Na história brasileira, a representação de Tiradentes, um dos protagonistas da Inconfidência Mineira (1788-1789), exemplifica um processo de transformação de alguns de seus personagens em heróis nacionais.
Apresente duas propostas
políticas da Inconfidência Mineira e justifique a transformação de Tiradentes
em herói nacional, com a implantação da República no Brasil.
Objetivo: Exemplificar duas
propostas políticas da Inconfidência Mineira e justificar a construção da
imagem de Tiradentes como herói nacional.
Item do programa: O sistema
colonial em questão
Subitem do programa: A
Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana
Item do programa 2: O Brasil da
monarquia à república
Subitem do programa: Projetos de
república
Comentário da questão 1:
No final do século XVIII, na
América Portuguesa, ampliaram-se as críticas à administração da metrópole por
parte de colonos e colonizados. Sob a influência das ideias iluministas, dos
princípios do liberalismo econômico e das repercussões do processo
revolucionário francês e das lutas de independência nas 13 Colônias Inglesas e
na colônia francesa de Saint Domingue (Haiti), ocorreram movimentos de
contestação, destacando-se entre eles a Inconfidência Mineira (1788-1789). A decadência
da extração aurífera, somada ao rigor fiscal metropolitano, estimulou grupos de
colonos locais a defender o rompimento político com o governo português,
almejando implantar uma república nas então capitanias das Minas Gerais e do
Rio de Janeiro. No final do século XIX, no contexto da crise da ordem
monárquica no Brasil, houve a difusão do republicanismo, culminando, em 1889,
com a proclamação da república e a efetivação de um conjunto de ações
destinadas a legitimar e a constituir os símbolos e valores do novo regime.
Buscou-se na Inconfidência Mineira, e especialmente em Tiradentes, um dos
líderes executados, uma referência para a criação de um imaginário de
nacionalidade. O enforcamento desse personagem foi retratado como martírio, e
sua luta política pela liberdade e pela república foi interpretada e divulgada
como o prenúncio da plena e soberana autonomia da nação, trazida pelo fim do
Império do Brasil.
2. (UECE 2008) Sobre a Inconfidência Mineira (1789), são feitas
as seguintes afirmações:
I. Estava entre os objetivos de boa parte dos conspiradores
de Vila Rica, a constituição de um regime republicano no Brasil.
II. Havia, também, por parte dos inconfidentes, a
preocupação com o desenvolvimento de produtos manufaturados ou, em outras
palavras, objetivavam a diminuição da dependência de artigos importados.
III. A nova capital seria transferida para Belo Horizonte,
por encontrar-se localizada numa área mais favorável para a expansão da lavoura
e da pecuária.
Assinale o correto.
a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
resposta da questão 2:[A]
Comentário da questão:
A capital seria São João Del Rei.
3. (G1) “Um dos personagens mais
controvertidos e idealizados da História do Brasil, tido por muitos como
pioneiro e principal divulgador, ao final do século XVIII, das abomináveis ideias
republicanas francesas e norte-americanas na América portuguesa, não falava, ou lia
francês nem inglês. O alferes Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha Tiradentes,
tampouco possuía número expressivo de livros.
Tiradentes foi um dos líderes
a) da Inconfidência Mineira,
movimento popular, monarquista
b) da Inconfidência
Mineira, movimento popular, republicano
c) da Inconfidência Mineira,
movimento de elite, monarquista, influenciado pelo anarquismo
d) da inconfidência Mineira,
movimento popular, responsável pela abertura dos portos
e) da Inconfidência Mineira,
movimento de elite, republicano, e precursor da independência do Brasil.
resposta da questão 3: [E]
4. (ENEM 2010)
I – Para consolidar-se como governo, a República precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes não deveria ser visto como herói republicano radical, mas sim como herói cívico religioso, como mártir, integrador, portador da imagem
do povo inteiro.
CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
I – Ei-lo, o gigante da praça, / O Cristo da multidão!
É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão.
ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO. J. M. C. A formação das almas: Oimaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
A 1ª República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heroica capaz de congregar diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime.
Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento Gonçalves. A transformação do inconfidente em herói nacional evidencia que o esforço de construção de um simbolismo por parte da República estava relacionado
a) ao caráter nacionalista e republicano da Inconfidência, evidenciado nas ideias e na atuação de Tiradentes.
b) à identificação da Conjuração Mineira como o movimento precursor do positivismo brasileiro.
c) ao fato de a proclamação da República ter sido um movimento de poucas raízes populares, que precisava de legitimação.
d) à semelhança física entre Tiradentes e Jesus, que proporcionaria, a um povo católico como o brasileiro, uma fácil identificação.
e) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves terem liderado movimentos separatistas no Nordeste e no Sul do país.
resposta da questão 4:[C]
Comentário da questão:
A alternativa C, além de corroborar o texto de José Murilo de Carvalho, se justifica pelo fato de a Monarquia haver caído por obra de um mero golpe militar, sem participação mais expressiva da população (“O povo assistiu bestializado à proclamação da República”, segundo Aristides Lobo).
Obs.: A alternativa A só não pode ser considerada correta porque o termo “nacionalista” extrapola o âmbito da Inconfidência Mineira. E a alternativa E, embora historicamente correta, não se aplica ao contexto da questão, pois não focaliza a figura de Tiradentes.
5. (Cesgranrio) Durante as últimas décadas do século XVIII, a colônia portuguesa na América foi palco de movimentos como a Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração do Rio de Janeiro (1794) e a Conjuração Baiana (1798). A respeito desses movimentos pode-se afirmar que:
a) demonstravam a intenção das classes proprietárias, adeptas das idéias liberais de seguirem o exemplo da Revolução Americana (1776) e proclamarem a independência, construindo uma sociedade democrática em que todos os homens seriam livres e iguais.
b) expressavam a crise do Antigo Sistema Colonial através da tomada de consciência, por parte de diferentes setores da sociedade colonial, de que a exploração exercida pela Metrópole era contrária aos seus interesses e responsável pelo empobrecimento da Colônia.
c) denunciavam a total adesão dos colonos às pressões da burguesia industrial britânica a favor da independência e da abolição do tráfico negreiro para se constituir, no Brasil, um mercado de consumo para os manufaturados.
d) representavam uma forma de resistência dos colonos às tentativas de recolonização empreendidas, depois da Revolução do Porto, pelas Cortes de Lisboa, liberais em Portugal, que queriam reaver o monopólio do comércio com o Brasil.
e) tinham cunho separatista e uma ideologia marcadamente nacionalista, visando à libertação da Colônia da Metrópole e à formação de um Império no Brasil através da união das várias regiões até então desunidas.
resposta da questão 5:[B]
6. (Unesp) Sobre a crise do sistema colonial, afirma-se que "rigorosamente os eventos de 1789 e de 1798 configuram sedições na medida em que nestes se tratava de deliberada e organizada vontade de subverter a ordem pública e os padrões de organização do Estado".
(István Jacsó, A sedução da liberdade. ln HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA.)
a) Nomeie os eventos referidos.
b) Dê uma diferença essencial entre eles.
resposta da questão 6:
a) Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.
b) A Inconfidência Mineira se constituiu em um movimento elitista enquanto a Conjuração Baiana foi um movimento composto por elementos de variadas camadas sociais.
7. (Cesgranrio) O bicentenário da Conjuração Baiana (1798) recorda as rebeliões que, no final do século XVIII, tinham em comum refletir a crise do sistema colonial, a qual pode ser retratada pelas opções à seguir, com EXCEÇÃO de uma. Assinale-a.
a) Penetração das idéias iluministas e liberais em parcela da elite colonial.
b) Insatisfação crescente com as tradicionais restrições e o fiscalismo do sistema colonial.
c) Influência dos movimentos externos como a Independência dos Estado Unidos e a Revolução Francesa.
d) Politização das camadas populares, incluindo a massa escrava, constantemente rebelada, em aliança com a burocracia colonial.
e) Liderança das elites coloniais na quase totalidade dos movimentos de rebelião.
resposta da questão 7:[D]
8. (Uff) O lema liberal "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" consagrado pela Revolução Francesa influenciou, sobremaneira, as chamadas Inconfidências ocorridas em fins do século XVIII no Brasil Colônia. Assinale a opção que apresenta informações corretas sobre a chamada Conjuração dos Alfaiates.
a) Envolveu a participação de mulatos, negros livres e escravos, refletindo não somente a preocupação com a liberdade, mas também com o fim da dominação colonial.
b) Esta inconfidência baiana caracterizou-se por restringir-se à participação de uma elite de letrados e brancos livres influenciados pelos princípios revolucionários franceses.
c) Em tal conjuração, a difusão das idéias liberais não acarretou crítica às contradições da sociedade escravocrata.
d) Este movimento, também conhecido como Inconfidência Mineira, teve um papel singular no contexto da crise do sistema colonial, revelando suas contradições e sua decadência.
e) Um de seus principais motivos foi a prolongada crise do setor cafeeiro que se arrastou ao longo da segunda metade do século XVIII.
resposta da questão 8:[A]
9. (Uel) Leia o texto.
"Passava-se, efetivamente, nesta quadra de crise do Antigo Regime e de seu Sistema Colonial, das indagações teóricas sobre a legitimidade do regime para a prática política de sua superação. Em dois momentos pelo menos, em Minas Gerais em 1789 e na Bahia em 1798, transcendeu-se a tomada de consciência da situação colonial, e se projetou a mudança, intentando-se a tomada do poder. (...) Emancipacionistas, ambos os movimentos refletem, no plano político, o agravamento das tensões derivadas do próprio funcionamento do sistema colonial, e por aí se inserem no quadro geral da revolução do Ocidente. O exemplo secessionista da América inglesa esteve permanentemente vivo em todo o processo da rebelião mineira; o espectro libertário da França revolucionária acompanha os insurretos baianos de 1798, que para além da emancipação chegaram a visar uma inteira revolução de que resultaria uma nova ordem sem diferença de cor branca, preta e parda ."
(Fernando Antônio Novais. "Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808)". São Paulo: Hucitec, 1981. p. 169-171.)
A partir da análise do texto, pode-se depreender que o autor
a) mostra que os dois movimentos defendiam os mesmos princípios de igualdade social e política para o povo brasileiro.
b) considera os movimentos emancipacionistas brasileiros os únicos responsáveis pela crise do Antigo Regime e do Sistema Colonial.
c) destaca a influência da Revolução Francesa em todo o processo revolucionário desenvolvido na rebelião mineira.
d) ressalta a pequena influência que tiveram os movimentos emancipacionistas no processo de Independência do Brasil.
e) defende a ideia de que os movimentos emancipacionistas estavam inseridos dentro do próprio mecanismo do sistema colonial.
resposta da questão 9:[E]
10. (UFPE) A crise do sistema colonial foi uma construção histórica. Muitas rebeliões aconteceram e evidenciaram os descontentamentos dos colonos com as atitudes da metrópole.
No Brasil colonial, tivemos:
( ) a Revolta dos Mascates, que ameaçou o domínio português com as alianças políticas feitas entre os comerciantes do Recife e a aristocracia de Olinda.
( ) a Inconfidência Mineira, que defendia, influenciada pelas ideias iluministas, o fim imediato da escravidão.
( ) a Inconfidência Baiana, em 1798, que contou com a liderança marcante dos grandes proprietários de terra e a participação dos maçons na divulgação das idéias liberais.
( ) a Guerra dos Emboabas, que ameaçou o domínio português, no século XVIII, com a ação dos rebeldes que conseguiram o controle e a exploração das minas de ouro.
( ) a Revolução de 1817, com a participação destacada do clero pernambucano e com a defesa de princípios do liberalismo.
resposta da questão 10: F F F F V
11. (Uftpr) Os principais movimentos que refletiram a crise do sistema colonial brasileiro tiveram vários pontos em comum, mas apenas um deles discutiu a abolição da escravatura e contava com a participação das camadas mais pobres. Esse enunciado se refere à:
a) Inconfidência Mineira.
b) Sabinada.
c) Confederação do Equador.
d) Conjuração Baiana.
e) Cabanagem.
resposta da questão 11:[D]
12. (UFPI) A crise do Antigo Sistema Colonial no Brasil expressa-se, inicialmente, através dos chamados movimentos nativistas, acentuando-se com os movimentos de independência nacional. Esses movimentos de rebelião colonial, assim como o processo de emancipação política do Brasil, estão ligados às transformações do mundo ocidental no final do século XVIII. Considerando-se esse enunciado, é correto afirmar que:
a) O desenvolvimento de indústrias no Brasil, algo que se acentua desde o início do século XVIII, tende a reforçar o pacto colonial, na medida em que os novos industriais passam a ver o Brasil como uma reserva de mercado para os seus produtos.
b) A crise referida deu-se de forma localizada no Brasil, na medida em que os principais movimentos de emancipação partiram de centros importantes como Rio de Janeiro e São Paulo.
c) A emancipação política, no caso brasileiro, seguiu-se de uma nítida separação entre os grupos portugueses, hostilizados como agentes da metrópole, e os colonos brasileiros, interessados na constituição de um Estado republicano.
d) As reações ao domínio português foram movimentos autóctones das elites coloniais, não se ligando ao processo geral da crise do Antigo Regime.
e) As rebeliões coloniais só podem ser compreendidas dentro de um quadro mais geral, marcado por idéias liberais, eclodidas a partir de eventos como as revoluções francesa e americana, que propunham a superação do Antigo Regime.
resposta da questão 12:[E]
13. (Fuvest) Nos movimentos denominados INCONFIDÊNCIA MINEIRA, de 1789, CONJURAÇÃO BAIANA, de 1798, e REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA, de 1817, identifique:
a) os setores sociais neles envolvidos.
b) os objetivos políticos que possuíam em comum.
resposta da questão 13:
a) Inconfidência Mineira - classe mais abastada de Minas Gerais (proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares); Conjuração Baiana - negros, mulatos, soldados, alfaiates...; Revolução Pernambucana - aristocracia açucareira.
b) Contestação aos privilégios da nobreza, republicanismo...
14. (FGV) O movimento político organizado na Bahia em 1789 incluía em seu bojo e na sua liderança mulatos e negros livres ou libertos, ligados às profissões urbanas, como artesãos ou soldados, bem como alguns escravos. "Os conspiradores defendiam a proclamação da República, o fim da escravidão, o livre comércio especialmente com a França, o aumento do salário dos militares, a punição de padres contrários à liberdade. O movimento não chegou a se concretizar, a não ser pelo lançamento de alguns panfletos e várias articulações. Após uma tentativa de se obter o apoio do governador da Bahia, começaram as prisões e delações. Quatro dos principais acusados foram enforcados e esquartejados. Outros receberam penas de prisão ou banimento."
O texto anterior refere-se à:
a) Conjuração dos Alfaiates.
b) Balaiada.
c) Revolução Praieira.
d) Sabinada.
e) Inconfidência Mineira.
resposta da questão 14:[A]
15. (Unicamp) "O conceito de independência surge mais nítido nas Minas Gerais: a situação colonial pesa para esses homens proprietários; o problema é mais colonial que social. Já na Bahia de 1798, a inquietação é orientada por elementos da baixa esfera e a revolução é pensada contra a opulência; o problema é mais social que colonial."
(Adaptado de Carlos Guilherme Motta. IDEIA DE REVOLUÇÃO NO BRASIL. S.P., Cortez, 1989, p. 115)
Comparando os movimentos da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana, responda:
a) O que aqueles dois movimentos tinham em comum?
b) Em quais aspectos se diferenciavam?
resposta da questão 15:
a) Eram republicanos e emancipacionistas.
b) Um era popular e o outro elitista.
16. (Fuvest) As rebeliões coloniais do século XVIII expressam as contradições do Antigo Sistema Colonial. Dentre elas, a Inconfidência Mineira. Explique o que era questionado por esse movimento. Qual a sua importância política?
resposta da questão 16:
Esse movimento questionava a opressiva política fiscal exercida pela Coroa Portuguesa na Capitania de Minas Gerais. A importância política do movimento reside no fato de ser a primeira rebelião colonial com clara intenção de rompimento com os laços de dominação metropolitana, ou seja, tinha caráter emancipacionista e propunha a implantação do regime republicano inspirando-se abertamente na independência dos Estados Unidos, ocorrida em 1776.
17. (Uel) A Inconfidência Mineira foi uma conspiração que ocorreu em Vila Rica, hoje Ouro Preto, com caráter separatista. Sobre esse movimento é correto afirmar que
a) "foi um mero sintoma da generalização do pensamento socialista que vai explodir na geração seguinte. Apesar de sua existência efêmera representou um marco de resistência colonial contra a opressão metropolitana..."
b) "inspirada nos ideais revolucionários franceses, visava à igualdade social, liberdade de comércio, trabalho livre e fim das distinções de raça e de cor."
c) "o movimento reflete o clima de tensão social e política vivida na região. Foi nesta região que se desenvolveu a maioria das sociedades secretas que divulgaram os ideais revolucionários de liberdade."
d) "foi um movimento que abortou antes de se iniciar, mas que mostrou um sintoma de desagregação do Império português na América. Embora não tenha recebido influência direta da Revolução Francesa os ideais iluministas e liberais estavam presentes no movimento."
e) "defendendo o federalismo, os insurretos pretendiam proclamar a independência e organizar o governo com base nos princípios de soberania popular e participação das camadas mais pobres nas decisões políticas."
resposta da questão 17:[D]
18. (Unirio) "Embora seja evidente a influência das idéias liberais européias nos movimentos ocorridos no país desde os fins do século XVIII, não se deve superestimar sua importância. Analisando-se os movimentos de 1789 (Inconfidência Mineira), 1798 (Conjuração Baiana), (...) percebe-se logo (...) No Brasil as idéias liberais teriam um significado mais restrito, não se apoiariam nas mesmas bases sociais, nem teriam exatamente a mesma função."
(COSTA, Emília Viotti da, "Da monarquia à república: momentos decisivos". São Paulo, Livrarias Ciência Humanas, 1979, pp.27-29)
a) Em termos das influências de modelos externos, qual a diferença que se pode estabelecer entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana?
b) Por que, segundo a autora, o liberalismo no Brasil teve um caráter limitado?
resposta da questão 18:
a) A Inconfidência Mineira se inspirava nas ideias iluministas e na independência dos EUA. Por outro lado, a Conjuração Baiana tinha como exemplo a fase mais radical da Revolução Francesa e as revoltas de escravos ocorridas no Haiti, por isso pode-se afirmar que suas propostas eram muito mais revolucionárias do que as da Inconfidência Mineira.
b) Pois as propostas da Inconfidência Mineira eram mais moderadas por não defender abertamente a abolição da escravatura no país.
19. (Ufu) "O final do século XVIII foi um momento de grande turbulência política internacional, com ressonâncias no sistema colonial montado pelas nações europeias. As idéias liberais agitavam as mentes, acenavam com a possibilidade de mudanças. Para as colônias traziam a esperança de independência política."
REZENDE, Antônio Paulo e DIDIER, Maria Thereza. "Rumos da História: a construção da modernidade - O Brasil Colônia e o mundo moderno". São Paulo: Atual, 1996, p. 238.
Tomando como referência a citação acima e seus conhecimentos sobre as revoltas coloniais no Brasil, identifique as diferenças entre a Inconfidência Mineira e a Inconfidência Baiana.
resposta da questão 19:
A inconfidência mineira foi um movimento elitista com propostas moderadas, enquanto que conjuração baiana teve caráter mais popular e proposituras mais radicais.
20. (Ufpr) "Herói desequilibrado, paladino da liberdade, falastrão, corajoso, imprudente, bode expiatório, patrono da República [...]. Os olhares sobre Tiradentes são tão variados quanto os olhares sobre a Inconfidência Mineira, em particular, e sobre o próprio passado do Brasil."
(Dossiê Tiradentes na Berlinda. In: "Revista de História da Biblioteca Nacional". Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Ano 2, n¡. 19, abr. 2007, p. 17.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o episódio da Inconfidência Mineira, considere as afirmativas a seguir:
1. A Inconfidência Mineira teve a sua influência teórica limitada ao ideário iluminista preconizado pela Revolução Francesa, apesar da diversidade social verificada entre os conspiradores.
2. A conversão de Tiradentes em herói nacional foi amplamente utilizada pelos setores à esquerda e à direita do quadro político brasileiro, o que aponta para a discussão sobre o papel social da construção e da apropriação dos mitos.
3. Ao examinar o período colonial brasileiro, vale lembrar que, além da Inconfidência Mineira de 1789, Minas Gerais foi palco de vários outros motins e conspirações.
4. O desfecho desfavorável aos inconfidentes pode ser atribuído a dois fatores centrais: a desistência da cobrança da derrama pelo governo português e a delação da conspiração às autoridades da época.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
resposta da questão 20:[E]
21. (Ufmg) Leia este trecho, que contém uma fala atribuída a Joaquim José da Silva Xavier: "... se por acaso estes países chegassem a ser independentes, fazendo as suas negociações sobre a pedraria pelos seus legítimos valores, e não sendo obrigados a vender escondido pelo preço que lhe dessem, como presentemente sucedia pelo caminho dos contrabandos, em que cada um vai vendendo por qualquer lucro que acha, e só os estrangeiros lhe tiram a verdadeira utilidade, por fazerem a sua negociação livre, e levado o ouro ao seu legítimo valor, ainda ficava muito na Capitania, e escusavam os povos de viver em tanta miséria."
("Autos de Devassa da Inconfidência Mineira". 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados; Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1980. v. 5, p. 117.)
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que os Inconfidentes Mineiros de 1789
a) acreditavam que o contrabando aumentava o valor recebido pelas pedras e ouro, pois dificultava sua circulação.
b) consideravam que o monopólio comercial explicava por que as regiões de que se compunha Minas Gerais, cheias de pedras e ouro, ficavam mais ricas.
c) defendiam o livre-comércio, por meio do qual pedras e ouro adquiririam seu real valor, uma vez que seriam vendidos aos estrangeiros legalmente.
d) pensavam que os estrangeiros poderiam tirar vantagens do livre-comércio das pedras e ouro, visando a aumentar seus lucros.
resposta da questão 21:[C]
22. (Unicamp) A execução de Tiradentes teve um sentido bem mais amplo que o de um enforcamento. Tratava-se de uma punição exemplar: esquartejar, exibir o corpo nos locais onde os "crimes" foram praticados, salgar terrenos e demolir casas faziam parte do esforço de apagar a memória do "criminoso" e reavivar a memória da punição de seus crimes. Por estas práticas, afirmava-se o poder do soberano e incutia-se temor em seus súditos.
(Adaptado da série REGISTROS, nº. 15, DPH, 1992)
a) Por que as reivindicações dos participantes da Conjuração Mineira foram consideradas "crimes", em 1789?
b) O que quer dizer castigo exemplar?
resposta da questão 22:
a) Por questionar a dominação da Coroa portuguesa e propor o rompimento do estatuto colonial, ou seja a independência.
b) Tiradentes deveria ser executado para servir de exemplo e não estimular a organização de novas revoltas contra a metrópole portuguesa. O objetivo era condenar Tiradentes à execração pública até que o tempo consumisse seus restos mortais e tentar dessa forma apagar de seu nome da memórias dos habitantes da América portuguesa.
23. (Ufc) Se, na Monarquia, Tiradentes, quando lembrado, era apresentado como um homem sem habilidades e realização profissional, no início da República ele passou a ser descrito como personagem de múltiplos talentos, entre os quais o talento político e revolucionário. Já no Estado Novo, tornava-se exemplo do brasileiro laborioso e dotado de inúmeras qualidades..."
(FONSECA, Thais Nívia de Lima e. A imagem do herói. In: "Nossa História". São Paulo: Editora Vera Cruz, nº. 3, 2004 pág. 81.)
Considerando o texto acima, responda:
a) A que episódio célebre da história brasileira se liga a personagem supracitada?
b) Qual a razão imediata da deflagração desse episódio?
c) O que explica a construção da imagem de Tiradentes em cada um dos contextos históricos mencionados? I. Monarquia: II. Início da República: III. Estado Novo:
resposta da questão 23:
a) Inconfidência Mineira.
b) A opressiva cobrança de impostos na região de Minas Gerais. O estopim para a deflagração do movimento seria a decretação da derrama, ou seja, cobrança dos impostos atrasados.
c) Tiradentes participou de um movimento republicano, portanto era de interesse dos monarquistas desqualificá-lo. Com a proclamação da República, ele foi alçado à condição de mártir da independência, servindo aos propósitos dos fundadores do regime republicano como uma espécie de mito fundador, legitimador da implantação do novo regime. Com o Estado Novo tornou-se vulto célebre exemplo de brasileiro laborioso e dotado de inúmeras qualidade pois naquele momento histórico era preciso valorizar o nacionalismo no Brasil.
24. (Fgv) "Heróis são símbolos poderosos, encarnações de idéias e aspirações... São, por isso, instrumentos eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cidadãos a serviço da legitimação de regimes políticos... Os candidatos a herói não tinham, eles também, profundidade histórica, não tinham a estatura exigida para o papel. Não pertenciam ao movimento da propaganda republicana, ativa desde 1870... A busca de um herói para a República acabou tendo êxito onde não o imaginavam muitos dos participantes da proclamação".
CARVALHO, J. M. de, "A formação das almas." O imaginário da República no Brasil, São Paulo: Cia das Letras, p.55-57.
A escolha e a construção do principal herói da República recaíram sobre:
a) Deodoro da Fonseca, devido à sua imensa popularidade, por ser um republicano histórico e um ferrenho adversário dos poderes monárquicos.
b) Benjamin Constant, líder popular identificado com a causa operária, defensor do positivismo e um representante civil com amplo trânsito entre os militares.
c) Duque de Caxias, grande comandante da Guerra do Paraguai, identificado com uma política centralizadora e patrono do Exército brasileiro.
d) Bento Gonçalves, presidente da república rio-grandense e principal líder da revolta farroupilha do século XIX, considerado o patrono militar do republicanismo no Brasil.
e) Tiradentes, militar e republicano transformado em mártir, cuja morte passou a ser associada ao sacrifício de Jesus Cristo.
resposta da questão 24:[E]
25. (Unesp) Observe o quadro
Pode-se afirmar que a representação de Pedro Américo do inconfidente mineiro
a) data dos primeiros anos da República, sugerindo a semelhança entre o drama de Tiradentes e o de Cristo.
b) foi elaborada durante o período da Independência, como expressão dos ideais nacionalistas da dinastia de Bragança.
c) caracteriza-se pela denúncia da interferência da Igreja católica nos destinos políticos e culturais nacionais.
d) foi censurada pelo governo de Getúlio Vargas porque expressa conteúdos revolucionários e democráticos.
e) foi proibida de ser exposta publicamente por incitar o preconceito contra o governo português, responsável pela morte de Tiradentes.
resposta da questão 25:[A]
26. (FGV) Leia os quatro trechos seguintes.
I. Acreditavam os conspiradores que a derrama seria o estopim que faria explodir a rebelião contra a dominação colonial. Em uma de suas reuniões criaram até a palavra de ordem para começarem a agir. "Tal dia faço o batizado" era a senha.
II. Dois envolvidos (...) escaparam às garras da repressão: José Basílio da Gama, que fugiu para Lisboa quando começaram as prisões, e Manoel Arruda da Câmara, que era sócio correspondente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, mas vivia no exterior. (...) O fato é que um ano após a prisão dos acusados nada de grave fora apurado, até porque recorreram ao recurso de negar articulação contra o domínio português. Em geral admitiram que suas reuniões eram marcadas por discussões filosóficas e científicas.
III. (...) dentre os 33 presos e processados, havia 11 escravos, cinco alfaiates, seis soldados, três oficiais, um negociante e um cirurgião. (...) Suas idéias principais envolviam o seguinte: a França constituía o modelo a seguir; o fim da escravidão; a separação entre Igreja e Estado (...)
IV. Criou-se um Governo Provisório (...), integrado por representantes de cinco segmentos da sociedade: Domingos Teotônio Jorge (militares), Domingos José Martins (comerciantes), Manoel Correia de Araújo (agricultores), padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro (sacerdotes) e doutor José Luís Mendonça (magistrados). (...) Empenhado em ampliar o movimento anticolonial, o Governo Provisório enviou emissários a outras capitanias: Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e Bahia.
(Rubim Santos Leão Aquino et alii, "Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais")
Os trechos de I a IV tratam, respectivamente, dos seguintes eventos
a) Conjuração Mineira; Confederação do Equador; Conjuração Baiana; Guerra dos Mascates.
b) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817.
c) Revolta de Vila Rica; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817.
d) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Revolução de 1817; Revolta dos Cabanos.
e) Conjuração Baiana; Conjuração Mineira; Revolução de 1817; Conspiração dos Suassuna.
resposta da questão 26:[B]
27. (UFRN) Entre os movimentos que eclodiram no Brasil no final do período colonial, destaca-se a Conjuração Baiana, ocorrida em 1798. Nessa ocasião, em Salvador, foram divulgados panfletos manuscritos. Em um deles constavam os seguintes dizeres: Animai-vos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade... [...] Homens, o tempo he xegado para vossa ressureição; sim, para ressucitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.[...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felices sem exceição de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juizo e capacidade para mandar a homens. [...] ... huma revolução, afim de tornar esta Capitania hum Governo democrático, nelle seremos felices; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejão brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de côr...
TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das ideias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.
No fragmento acima, estão expressos os anseios dos (as)
a) categorias marginalizadas (artesãos, mulatos, soldados, brancos pobres e negros) que desejavam uma sociedade com direitos iguais para todos os segmentos sociais da Bahia.
b) membros da elite branca da Bahia, que pretendiam a liberdade de comércio, o fim das imposições da metrópole e a autonomia política da província.
c) grandes proprietários das decadentes lavouras canavieiras do Recôncavo Baiano, que temiam uma revolução feita pelos escravos negros e mulatos livres.
d) camadas médias de Salvador, constituídas de homens livres, brancos e mulatos, temerosos de um levante dos escravos ou, como diziam, daquela "canalha africana".
resposta da questão 27:[A]
28. (FGV) Leia as afirmações sobre a Sedição Baiana de 1798 e assinale a alternativa CORRETA. I. Conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, a Sedição de 1798, foi um movimento social de caráter republicano e abolicionista.
II. Diferentemente da Conjuração Mineira, o movimento de 1798 teve apoio dos setores mais explorados da sociedade colonial.
III. Entre as reivindicações dos sediciosos estavam o fim do domínio colonial, a separação Igreja-Estado e a igualdade de direitos, sem distinção de cor ou de riqueza. IV. Dos muitos processados, quatro foram enforcados. Entre eles, Manuel Faustino dos Santos, de apenas 23 anos.
V. O movimento caracterizou-se pela distribuição de panfletos manuscritos na cidade de Salvador.
a) apenas I, II e IV estão corretas;
b) apenas II, III e V estão corretas;
c) apenas III e V estão corretas;
d) apenas I e IV estão corretas;
e) todas estão corretas.
resposta da questão 28:[E]
29. (PUCRS) A crise do sistema colonial foi influenciada pelas ideias da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa. Nesse contexto, houve rebeliões planejadas pelas elites proprietárias de terras e pelas camadas populares no Brasil do final do século XVIII. A historiografia tradicional e a memória oficial dão ênfase à Inconfidência Mineira, movimento abortado, de caráter elitista, que não questionava a desigualdade social no Brasil Colônia. Já a história social, corrente historiográfica que enfatiza os movimentos sociais e discute os conflitos entre os diferentes projetos dos grupos sociais na formação da sociedade brasileira, dá maior ênfase à _______, um movimento que, em 1798, foi planejado por intelectuais, padres, soldados, alfaiates, mulatos e negros que pregavam o fim da escravidão, da carestia e dos privilégios do sistema colonial, tendo entre seus líderes Agostinho Gomes e Cipriano Barata.
a) Guerra dos Mascates
b) Rebelião de Felipe dos Santos
c) Revolta dos Cabanos
d) Conjuração Baiana
e) Revolta de Beckman
resposta da questão 29:[D]
30. (PITÁGORAS) O século XVIII, na América Portuguesa, foi marcado por conjurações cuja ocorrência, naquele contexto, pode ser explicada
a) pela adoção, por parte das elites brasileiras, das chamadas “infames ideias francesas”, que criticavam a dominação colonial portuguesa e pregavam a liberdade e a igualdade universal.
b) pela diversificação social vivenciada na colônia naquele século, acompanhada pela penetração dos ideais liberais entre os grupos sociais mais letrados.
c) pelo processo de desenvolvimento natural da colônia, o que iria lhe conferir um caráter emancipatório mais cedo ou mais tarde.
d) pela conjugação de interesses entre os colonos das áreas litorâneas com as novas diretrizes metropolitanas, expressas no reinado de D. José I.
e) pela transferência da Corte Portuguesa para a colônia, que levou a elite brasileira a adotar o ideário liberal como bandeira emancipacionista.
resposta da questão 30: [B]
31. (UFRRJ) A Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana, ocorrida em 1798, representou por um lado a revolta de intelectuais da época, desiludidos com a centralização e o despotismo metropolitano e por outro lado, também contou com uma significativa participação popular dos descontentes com a miséria local. Além destas causas internas, acontecimentos externos, naquele momento, agilizaram o processo revolucionário baiano.
a) Cite dois fatores externos que contribuíram para a Conjuração Baiana.
b) Cite dois dos principais objetivos dos conjurados.
resposta da questão 31:
a) A Revolução Francesa e as revoltas de escravos no Haiti.
b) Implantação de uma República e abolição da escravidão na Bahia.
32. (UERJ) "Animais-vos Povo Banhiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais."
(Apud Braz do Amaral. "Conspiração republicana na Bahia de 1798". FATOS DA VIDA DO BRASIL. Salvador: Tip. Naval, 1941.)
Assim proclamava um dos vários papéis manuscritos que foram afixados nos lugares públicos da cidade de Salvador, na manhã do dia 12 de agosto de 1798, tornando conhecida a sublevação planejada na Bahia, entre 1797 e 1798.
a) Caracterize a Conjuração Baiana de 1798 e identifique um de seus objetivos, além daqueles relacionados diretamente ao texto.
b) Estabeleça a relação existente entre a Conjuração Baiana e as idéias do Iluminismo e da Revolução Francesa.
resposta da questão 32:
a) O propósito do movimento era promover a separação da colônia do abominável domínio português e instalar uma república como a francesa em todo o Brasil. Pretendia-se que todos os cidadãos, especialmente mulatos e negros, fossem iguais aos brancos, isto é, tivessem os mesmos direitos que eram garantidos aos brancos. Prometia-se a liberdade para os escravos e o aumento do soldo dos militares. Para os comeciantes a promessa era o livre comércio com todas as nações, especialmente a França, e, para os consumidores, maiores facilidades para comprar alimentos, principalmente mandioca e carne, cujos preços tinham aumentado muito nos últimos anos.
b) Os conjurados baianos eram inspirados pelos ideais de liberdade e igualdade da Revolução Francesa, os revoltosos se viam à frente com a precária condição de vida da população baiana. Nesse contexto notícias sobre a Revolução Francesa espalharam-se e ganharam adeptos na Bahia.
33. (CFTSC) Entre as tentativas de Emancipação Política ao final do Período Colonial, destaca-se um movimento que ocorre em 1817. Apesar de ter fracassado, foi mais importante que todos os movimentos anteriores, pois ultrapassou a fase da conspiração, e os revoltosos chegaram ao poder. Esse movimento ficou conhecido como...
a) Revolta de Beckman.
b) Revolução Pernambucana.
c) Revolta de Felipe dos Santos.
d) Revolta de Vila Rica.
e) Revolução Farroupilha.
resposta da questão 33:[B]
34. (UFMG) Leia este trecho de documento:
"Pernambucanos [...] o povo está contente, já não há distinção entre Brasileiros, e europeus, todos se conhecem irmãos, descendentes da mesma origem [...] Um governo provisório iluminado escolhido entre todas as ordens do Estado, preside a vossa felicidade [...] Vós vereis consolidar-se a vossa fortuna, vós sereis livres do peso de enormes tributos, que gravam sobre vós; o vosso, e nosso País [= Pernambuco] subirá ao ponto de grandeza, que há muito o espera, e vós colhereis o fruto dos trabalhos e do zelo dos vossos Cidadãos. Ajudai-os com [...] a vossa aplicação à agricultura, uma nação rica é uma nação poderosa. A Pátria é a nossa mãe comum, vós sois seus filhos, sois descendentes dos valorosos Lusos, sois Portugueses, sois Americanos, sois Brasileiros, sois Pernambucanos." Proclamação do Governo Provisório Revolucionário de Pernambuco, em 9 de março de 1817.
Considerando-se os princípios que fundamentam a Revolução Pernambucana de 1817, é INCORRETO afirmar que seus participantes
a) consideravam irrelevantes as questões tributárias e desigualdades existentes entre "Brasileiros", "Pernambucanos" e "Portugueses".
b) entendiam que a riqueza tornava uma nação poderosa, sendo a agricultura vista como uma atividade econômica importante para a Pátria.
c) promoveram a constituição de um Governo Provisório em Pernambuco, em oposição ao Governo Monárquico chefiado por D. João.
d) reconheciam como identidades coletivas os "Pernambucanos", os "Portugueses" e os "Brasileiros", defendendo que todos eles eram filhos da Pátria.
resposta da questão 34:[A]
35. (FUVEST) A Revolução Pernambucana de 1817 eclodiu no momento em que se acentuaram as contradições econômicas, políticas e sociais entre os grupos da sociedade pernambucana e o governo português. Mencione algumas reivindicações básicas dos revolucionários.
resposta da questão 31:
Em Pernambuco, a ideia de independência unia grupos sociais e interesses diferenciados. Os proprietários rurais desejavam a separação de Portugal (e do Rio de Janeiro, na época o centro político do Reino) porque queriam o fim da centralização imposta pela Coroa. Desejavam, ainda, o autogoverno, o controle da economia, a eliminação dos monopólios portugueses e o fim dos impostos enviados para a Coroa portuguesa. Queriam apenas mudanças políticas, não pensavam, portanto, em alterar estruturas econômicas e sociais. O latifúndio e a escravidão seriam mantidos, a economia permaneceria voltada para a exportação, ou seja, não estavam pensando em igualdade social mas, sim, em liquidar a dominação colonial.
36. (UNESP) Leia os itens a respeito da Revolução Pernambucana de 1817.
I. Possuiu forte sentimento anti-lusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses.
II. Teve a participação apenas de sacerdotes e militares, não contando com o apoio de outros segmentos da população.
III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas.
V. Propunha a República, com a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.
É correto apenas o afirmado em
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e IV.
e) II, III e V.
resposta da questão 36:[B]
37. (PITÁGORAS) O texto e a charge abaixo fazem referências a um movimento de insatisfação ocorrido no Brasil na segunda metade do século XVIII. Após analisá-los responda à questão.
Fonte:
NOVAES, Carlos Eduardo &; LOBO, César. História do Brasil para principiantes. São Paulo, Ática, 1998. P. 122.
"Na mineração, como de resto em qualquer atividade econômica da colônia, a força de trabalho era basicamente escrava, havendo, entretanto grupos de trabalhadores livres ou semi-livres. Dificilmente o homem livre e pobre poderia se manter como proprietário,
sobretudo em Minas, região que, apesar de tida tradicionalmente como rica e democrática, apresentava possibilidades favoráveis apenas a um pequeno número de pessoas, mesmo assim a Metrópole mantinha um rígido aparato fiscal e repressor na região."
(DESCLASSIFICADOS DO OURO, Laura de Mello e Souza)
RELACIONE a imagem e o fragmento do texto ao movimento emancipacionista ocorrido na região mineradora.
resposta da questão 37:
A Inconfidência Mineira foi um movimento organizado pela elite mineradora, motivada sobretudo pelo abusiva cobrança de impostos e a imposição da derrama.
38. (PITÁGORAS) Leia o texto abaixo.
O comportamento nacionalista nasce (...) como uma realidade muito concreta (...). Esse comportamento, que no caso brasileiro figura como anticolonialista, foi comandado pelas inquietações dos proprietários (...). Neste fim de século, em Minas (Inconfidência Mineira -1789), na Bahia (Inconfidência Baiana - 1798), no Rio (Inconfidência Carioca -1794) ou em Pernambuco (Inconfidência Pernambucana - 1801), são os proprietários que informam, com suas visões de mundo, os caminhos a serem trilhados.
(...) O conceito de independência surge mais límpido em Minas: a situação colonial pesa para esses homens proprietários (de lavras, de terras de lavoura, de gado e de escravos).
Já na Bahia, a inquietação é orientada por pequenos artesãos, ex-proprietários de lavoura de cana, militares de baixo escalão. A revolução é intentada contra a riqueza. O problema é mais social que colonial. (...) Por esse motivo é que se verifica em Salvador maior freqüência de conceitos como o de riqueza, miséria, opulência que o de independência”.
MOTA, Carlos Guilherme. Atitudes de Inovação no Brasil 1789-1801. Lisboa: Livros Horizontes, [s.d.]. p.110-24. (Adaptação)
A partir das informações contidas no texto, é CORRETO afirmar.
A) A dominação holandesa no Nordeste fortaleceu o sentimento anticolonialista, o que possibilitaria o surgimento de um novo tipo de colônia, influenciado pelo liberalismo.
B) A defesa da independência surgiu durante a Conjuração Baiana, quando as elites da Bahia, insatisfeitas com a crise econômica, passaram a defender o fim da escravidão.
C) As Conjurações Mineira e Baiana foram movimentos que defendiam o revigoramento do sistema colonial como forma de resolver a crise econômica que abatia sobre a colônia.
D) Os movimentos emancipacionista, ou Conjurações, foram influenciados pelo fortalecimento do sentimento nacionalista e a insatisfação da população com a exploração metropolitana.
resposta da questão 38:[D]
39. (PITÁGORAS)
Aviso ao povo Bahiense
Ó vós, Homens cidadãos; ó vós, Povos curvados, e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus Ministros.
Ó vós, Povo, que nascestes para sereis livre e para gozares dos bons efeitos da Liberdade, ó vós Povos que viveis flagelado com o pleno poder do indigno coroado, esse mesmo rei que vós criastes; esse mesmo rei tirano é quem se firma no trono para vos veixar; para vos roubar e para vos maltratar.
Homens, o tempo é chegado para a vossa ressurreição, sim para ressuscitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade.
A Conjuração Baiana foi um movimento separatista ocorrido na Bahia em 1798. Sobre este movimento pode-se AFIRMAR
A) O movimento foi influenciado pelos ideais de liberdade defendidos pelas Revoluções Puritana e Gloriosa ocorridas na Inglaterra.
B) Os revoltosos defendiam a transformação da colônia brasileira em uma República autônoma, governada por integrantes da elite agrária açucareira.
C) A Conjuração Baiana influenciou outros movimentos revolucionários como a Guerras dos Emboabas e a Guerra dos Mascates.
D) O movimento não deu resultado pelo fato das lideranças não terem chegado ao consenso sobre a questão da escravidão.
E) O movimento foi influenciado pelas idéias da loja maçônica Cavaleiros da Luz, que defendiam a república, a liberdade e a igualdade entre os homens.
resposta da questão 39:[E]
40. (PITÁGORAS) A crise do sistema colonial foi marcada no Brasil por contestações diversas que comprovam as aspirações de liberdade do nosso povo. Entre as revoltas podemos destacar as Conjurações Mineira e Baiana que tiveram em comum:
1- O fundamento ideológico apoiado nos princípios do Iluminismo e de Revolução Francesa.
2- A proposta de extinção dos privilégios de classe ou cor, abolindo a escravidão.
3- A inquietação e revolta pela eminente cobrança de impostos em atraso.
4- A discriminação social evidenciada na aplicação da justiça.
5- A numerosa participação popular caracterizada pela presença de negros e mulatos.
Assinale a opção correta.
A) 1 e 3
B) 2 e 4
C) 3 e 5
D) 1 e 4
E) 2 e 5
resposta da questão 40:[D]
41. (PITÁGORAS) Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o historiador Kenneth Maxwell afirma: Novas instituições foram criadas pela coroa portuguesa, e a maioria delas foi estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, assumiu um papel centralizador dentro de uma América portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido administrativo. Houve resistência a isso, principalmente em Pernambuco, em 1817. Mas, no final, o poder central foi mantido.
(Adaptado de Kenneth Maxwell, “Para Maxwell, país não permite leituras convencionais”. Entrevista concedida a Marcos Strecker. Folha de São Paulo, 25/11/2007, Mais, p. 5.)
a) Segundo o texto, QUAIS as mudanças suscitadas pela transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808?
b) EXPLIQUE os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817.
resposta da questão 37:
a) Com a transferência da Corte para o Brasil foi necessário criar uma estrutura política, administrativa e fiscal no Brasil. Foram criadas diversas secretária e ministérios para melhor administrar o reino. Todas estas mudanças provocaram grandes transformações na cidade do Rio de Janeiro que foi modernizada para melhor acolher a Corte.
b) Para custear a vida da Corte no Brasil e a modernização da Cidade do Rio de Janeiro, D. João VI aumento os impostos, gerando reações em diversas regiões do Brasil. Um destes movimentos foi a Revolução Pernambucana de 1817, movimento separatista que tinha como objetivo separar o nordeste do resto do país, implantado ali uma república autônoma. Este movimento foi reprimido violentamente por D. João VI.
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