segunda-feira, 7 de abril de 2014

Roteiro de estudos: Absolutismo


Roteiro de estudos: Absolutismo monárquico


Idade Moderna - Absolutismo


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Lista de questões nº 30 - História Geral

1. (Uerj) 

Os séculos XVI e XVII marcaram a afirmação do absolutismo político na Europa, embora com particularidades em cada reino. Dois exemplos de reis absolutistas são Felipe II, cujos domínios eram tão vastos que se dizia que neles “o sol nunca se punha”, e Luís XIV, conhecido como “rei sol”.  Indique duas medidas estabelecidas pelo poder real que tenham auxiliado a afirmação do absolutismo político e dois fatores que funcionaram como resistência ao processo de centralização política. 




resposta da questão 1:
Comentário da questão: 
Apesar de obedecer a ritmos próprios em cada reino, pode-se afirmar que os séculos XVI e XVII marcaram a afirmação do absolutismo político nos Estados europeus. A afirmação do poder real, contudo, não se deu sem resistência. Os soberanos absolutos não podiam se esquecer do papel que deveriam desempenhar em sociedades que passavam por uma difícil transição após a crise das relações feudais. Dessa forma, os reis absolutistas estabeleceram, também com eficiência que dependia da região onde era aplicado, um conjunto de medidas buscando fortalecer as prerrogativas reais. Dentre essas medidas, estão: unificação da moeda; unificação de pesos e medidas; criação de uma burocracia real; uniformização da língua nacional; unificação da cobrança de impostos; apoio à colonização de novos territórios; formação de exércitos regulares nacionais; estabelecimento de práticas mercantilistas; aplicação da justiça real sobre todo o reino; estabelecimento de relações de controle e convivência com a nobreza. Ainda assim, uma série de fatores limitaram ou impuseram um ritmo mais lento ao processo de centralização do poder político dos soberanos durante a Idade Moderna. Dentre esses fatores, podem-se citar: manutenção dos poderes locais; existência de leis gerais do reino; fortalecimento gradativo do individualismo burguês; resistência de setores nobres à perda de seu poder político; manutenção dos poderes tradicionais ligados à nobreza e à Igreja.


2. (Ufg 2012) Leia o texto a seguir.
É notório que os reis que deixaram boa memória, cada um no seu tempo, buscaram a maneira de acrescentar as suas rendas e fazendas, sem dano e prejuízo dos seus súditos, para sustentar o seu estado real, a boa governança dos seus reinos, bem como a guarda e 
conservação deles para a conquista e guerra.

ARCHIVO GENERAL DE SIMANCAS. Diversos de Castela. Livro  3, fólio 85. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 256. [Adaptado].


Escrito no século XV, o texto é parte de uma instrução régia de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Ele revela, como aspecto característico das monarquias europeias centralizadas, a organização das finanças régias, 
a) considerando as despesas com a administração dos negócios militares. 
b) implementando uma política de favorecimento da burguesia emergente. 
c) estabelecendo uma remuneração à nobreza pelos serviços burocráticos. 
d) impondo o controle estatal às atividades econômicas privadas. 
e) justificando a intervenção na economia com base nos princípios de autossuficiência. 


Resposta da questão 2:[A]
 Comentário da questão: 
O texto faz referência aos primeiros momentos do Estado Nacional e de suas políticas de centralização, racionalização administrativa e  burocrática. O Estado espanhol, bem como outros governos no período em questão, passou por tais transformações necessárias para a implementação do projeto de Estado Nacional Centralizado.



3. (Ufg 2012) Leia os documentos apresentados a seguir.
Se rende-se culto ao Deus verdadeiro, servindo com sacrifícios sinceros e bons costumes, é útil que os bons reinem por muito tempo e onde quer que seja.
SANTO AGOSTINHO. A cidade de Deus: contra os pagãos. 3a. ed. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 1991. s. p.

O príncipe deve aparentar ser todo piedade, fé, integridade, humanidade, religião. Contudo não necessita possuir todas estas qualidades, sendo suficiente que aparente possuí-las. Até mesmo afirmo que se possuí-las e usá-las, elas lhes seriam prejudiciais.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2012.

Ambos os documentos tratam da postura do governante na administração de uma cidade ou de um reino. O primeiro foi escrito 
por Santo Agostinho, no século V, e o segundo, por Nicolau Maquiavel, no século XVI. Com base nos documentos apresentados, explique a relação existente entre religião e política
a) no pensamento medieval;
b) no pensamento moderno.




Resposta da questão 3:
a) O pensamento medieval alicerça-se no princípio cristão. Nesse sentido, no primeiro documento, o governante deve guiar-se por tal princípio. Não há, para Santo Agostinho, a separação entre os princípios morais, religiosos e políticos. Ao responder às críticas que vinculavam a queda do Império Romano ao abandono dos cultos pagãos e à associação entre os governantes e o cristianismo, Santo Agostinho pretende demonstrar que somente um governante fiel ao Deus verdadeiro consegue manter-se no poder. Ao fazer isso, o filósofo submete a política à religião.


b) O pensamento moderno alicerça-se nos princípios da razão, da separação das esferas pública e privada e da autonomia. Nesse sentido, alguns desses elementos encontram-se no segundo documento. Para Maquiavel, o governante deve apenas aparentar ser religioso para alcançar a admiração de seus súditos, não se orientando pelo princípio cristão. Para manter-se no poder, o governante precisará fazer o mal, usando da razão para decidir quando essa ação será necessária. Escrevendo em um contexto no qual o processo de orientação da vida humana ganha gradualmente autonomia em relação à orientação moral da Igreja Católica, Maquiavel separa religião (moral religiosa) e política (ética política). 


4. (Ueg 2010) Atualmente, o ataque de piratas africanos a navios comerciais é um grave desafio ao comércio internacional. Desde a antiguidade, piratas e corsários são presença permanente nos mares, desafiando potências e provocando insegurança nos navegantes. Em 
relação a esse fato, responda ao que se pede:

a) Qual é a diferença entre piratas e corsários?
b) Qual foi a motivação da rainha britânica Elisabeth I ao apoiar os 
saques de corsários ingleses? 


Resposta da questão 4:

a) Espera-se que o candidato possa apontar as seguintes diferenças:
- Piratas são grupos autônomos de navegadores que buscam a riqueza por meio de saques de navios ou regiões.
- Corsários são navegadores autorizados por meio de Missão de Governo ou Carta de Autorização a saquear navios de outra nação inimiga.

b) Espera-se que o candidato aponte os seguintes interesses da Rainha Elisabeth I:
- Enfraquecer militarmente e economicamente a Espanha, inimiga 
dos ingleses;
- Combater o catolicismo;
- Angariar as riquezas do Novo Mundo para a Coroa Britânica.

Comentário:

a) Normalmente essa diferença é percebida no estudo da História da Inglaterra, principalmente durante o reinado de Elizabeth I, época de grandes ações de corsários contra navios de outras nações, autorizadas pelo monarca.

b) A política da rainha Elizabeth I procurou atingir, principalmente, navios espanhóis provenientes da América, os galeões carregados de riqueza mineral, mas também navios holandeses. 




5. (Ufg 2008) Leia o fragmento a seguir.
O regime dos Césares era muito diferente das monarquias que nos são familiares, a saber: a realeza medieval e moderna. Sob o Império 
Romano (40 a.C - 476 d.C), a palavra "República" nunca cessará de 
ser pronunciada. Sob o Absolutismo, todos estarão a serviço do Rei; 
um Imperador, ao contrário, estava a serviço da República: ele não 
reinava para a sua própria glória, à maneira de um Rei, mas para a 
glória dos Romanos.
VEYNE, Paul. "L'Empire Gréco-Romain". Paris: Seuil, 2006. p. 15-41. [Adaptado].

O texto acima compara e distingue dois regimes políticos. Explique o que diferenciava a legitimidade do poder político de um imperador 
romano da legitimidade do poder político de um rei absolutista. 




Resposta da questão 5:

A legitimidade política de um Imperador Romano era oriunda da soberania popular: do poder que lhe era delegado pelo povo e pelo Senado. Ele não ocupava o trono na qualidade de seu proprietário, mas como mandatário da coletividade encarregado por ela de dirigir a República. Mesmo que um descendente substituísse ao pai imperador, essa substituição não era assegurada pelo princípio da sucessão dinástica, tal como veremos no Absolutismo.
A legitimidade política de um rei absolutista, ao contrário, era oriunda do poder divino. Um rei era proprietário de um reino, que era seu patrimônio familiar legítimo. Esse poder era transmitido a um descendente que lhe sucedia pelo princípio da hereditariedade. 



6. (Ueg 2008) Nada havendo de maior sobre a terra, depois de Deus, que os príncipes soberanos, e sendo por Ele estabelecidos como seus representantes para governarem os outros homens, é necessário lembrar-se de sua qualidade, a fim de respeitar-lhes e reverenciar-lhes a majestade com toda a obediência, a fim de sentir e falar deles com toda a honra, pois quem despreza seu príncipe soberano despreza a Deus, de Quem ele é a imagem na terra.
BODIN, J. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. "História moderna através de textos". São Paulo: Contexto, 1999. p. 61-62.

O documento citado refere-se a uma forma de governo existente na Europa na Idade Moderna. Sobre ela, responda:
a) Qual era esta forma de governo?
b) Como era justificada ideologicamente? 





Resposta da questão 6:
a) Absolutismo monárquico.

b) Os principais ideólogos do Absolutismo defendiam a soberania do 
Estado sobre o indivíduo, por meio de teses como a do "direito divino" e da "soberania do Estado". A primeira tese pressupunha que o poder do rei provinha diretamente de Deus e contestar o soberano significava opor-se à vontade divina. A segunda tese defendia que as 
leis de uma nação dependiam exclusivamente da vontade do rei, representante supremo do Estado. 




7. (Ufg 2007) Um príncipe desejoso de conservar-se no poder tem 
de aprender os meios de não ser bom.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. In: WEFFORT, Francisco. "Os clássicos da política". São Paulo: Ática, 1993. p.37.

Com Nicolau Maquiavel (1469-1527), constitui-se um novo pensamento político, crítico em relação aos critérios que fundamentavam a legitimidade do príncipe medieval. Explique por que o pensamento político moderno excluiu a bondade como critério 
legitimador do poder do príncipe. 




Resposta da questão 7:
Há uma crítica à noção de "bom governo", fundamental para o pensamento político medieval. Segundo essa noção, o rei deveria ser 
portador de virtudes cristãs, morais e principescas. O príncipe deveria ser amado por seus governados. Para Maquiavel, o rei bom, portador de virtudes morais e religiosas, corre o risco de perecer e perder o seu reino.
Sua crítica se dirige à ineficiência do rei bom em conservar o poder. 
Para manter os principados, sobretudo os recém-conquistados, até alcançar respeito e legitimidade entre seus súditos, ele "tem de aprender os meios de não ser bom". A partir do século XVI, com Maquiavel, o pensamento político se desliga da moral e da religião. 
Maquiavel substitui na política a categoria "bondade" pela "eficácia".



8. (Ufg 2001) (...) O príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruína quando esta muda. Acredito também que é feliz quem age de acordo com as necessidades do seu tempo, e da mesma forma é infeliz quem age opondo-se ao que o seu tempo exige.
Maquiavel. "O Príncipe". Brasília: Ed. UnB, 1976. p.90.

A formação dos Estados modernos na Europa Ocidental foi fruto de 
um complexo processo de alianças entre setores da nobreza e da nascente burguesia. O rei encarnava essa tensa aliança que expressava as lutas políticas próprias ao período de formação do capitalismo.

Acerca do processo de formação dos Estados modernos, é possível 
afirmar que
( ) os princípios disseminados na obra de Nicolau Maquiavel, "O Príncipe", são condizentes com a moralidade política medieval, que defendia a origem divina do poder real; portanto, ao príncipe caberia aceitar os desígnios divinos e governar para o bem da coletividade.
( ) Maquiavel elabora uma reflexão realista sobre o poder e o 
homem; portanto, aconselha o príncipe a governar em nome de uma 
razão destinada, primordialmente, ao fortalecimento do poder do soberano.
( ) a imagem do rei estava associada, desde a formação dos Estados feudais, a princípios religiosos. Os rituais de coroação, mediados pela Igreja Católica, sacralizavam o poder real.
( ) o tumultuado processo revolucionário francês disseminou um medo profundo nos Estados monárquicos, que, posteriormente, formaram a Santa Aliança, para combater o avanço dos movimentos revolucionários.


Resposta da questão 8:
F V V V 



9. (Unb) Leia o texto que se segue, trecho da resposta do Rei Luís XV ao Parlamento de Paris, em 1766.

"É exclusivamente na minha pessoa que reside o poder soberano (...) é só de mim que os meus tribunais recebem a sua existência e a sua autoridade; a plenitude dessa autoridade, que eles não exercem se não em meu nome, permanece sempre em mim, e o seu uso não pode ser voltado contra mim e a mim unicamente que pertence o poder legislativo sem dependência e sem partilha (...) a ordem pública inteira emana de mim, e os direitos e interesses da Nação, de que se ousa fazer um corpo separado do Monarca, estão necessariamente unidos com os meus e repousam unicamente nas minhas mãos".
(Gustavo de Freitas, 900 TEXTOS E DOCUMENTOS DE HISTÓRIA.)

Com o auxílio das informações contidas no texto, julgue os itens adiante, relativos ao Estado nacional moderno.
(0) Formado na crise do sistema feudal, o Estado moderno opôs-se tanto aos particularismos urbanos, feudais e regionais quanto ao universalismo da Igreja e ao antigo ideal romano-germânico de império.
(1) Em "O Príncipe", Maquiavel defende a existência de um Estado unificado, com um poder político forte, centralizado e laico.
(2) A expressão "maquiavelismo" pode ser entendida a partir da concepção, presente em "O Príncipe", de que não há limite ético ou moral às ações do soberano que, visando à manutenção da vida e do Estado, está livre para o emprego de quaisquer meios.
(3) A doutrina do direito divino dos reis, elaborada por Thomas Hobbes, em seu livro "Leviatã", constituiu o único caminho de justificação teórica e de legitimação ideológica do absolutismo. 


Resposta da questão 9:
V V V F



10. (Fgvrj 2012) Diversas tensões e diversos conflitos europeus ocorridos nos séculos XVI e XVII foram motivados ou intensificados por questões de natureza religiosa. Dentre eles, um dos mais conhecidos episódios é a “Noite de São Bartolomeu”, de 24 de agosto de 1572. A esse respeito, é correto afirmar: 
a) Trata-se do massacre de judeus, em Amsterdã, por católicos holandeses, que precedeu o estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício nas Províncias Unidas. 
b) Trata-se da noite de celebração, na França, do acordo entre protestantes e católicos, que pôs fim a anos de intensos conflitos entre seguidores das duas religiões. 
c) Trata-se da cerimônia de encerramento do Concílio de Trento, quando se decidiu pela condenação das ideias luteranas e pela perseguição de seus seguidores. 
d) Trata-se da decisão tomada pelos monarcas Habsburgos no sentido de banir os protestantes do território do império espanhol. 
e) Trata-se do massacre de cerca de 30 mil huguenotes, que intensificou, na França, a animosidade entre católicos e protestantes. 



Resposta da questão 10:[E]
Comentário da questão:
Conhecimento factual. A Noite de São Bartolomeu ocorreu na França quando os líderes do “Partido Católico”, ligados à realeza, organizaram um grande massacre da população protestante que estava em Paris para a celebração do casamento da princesa Marguerite de Valois com o líder protestante Henrique Bourbon. O número de mortos ainda é discutível e não há precisão sobre ele. 


11. (Uespi 2012) O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações. 


Os reis do absolutismo: 
a) encontraram apoio dos papas da Igreja Católica que concordavam, sem problemas, com o autoritarismo dos reis e a existência das riquezas vindas das colônias. 
b) eram desfavoráveis ao crescimento político da burguesia, pois se aliavam com a nobreza latifundiária e defensora da continuidade de princípios do feudalismo. 
c) dominaram na Europa moderna, contribuindo para diminuir o poder do papa e reorganizar a economia conforme princípios do mercantilismo. 
d) fortaleceram as alianças políticas entre grupos da aristocracia europeia que queriam a descentralização administrativa dos governos. 
e) fizeram pactos com grupos da burguesia, embora fossem aliados da Igreja Católica e concordassem com a teoria do ‘justo-preço’. 




Resposta da questão 11:[C]
Comentário da questão:
O absolutismo foi a principal característica política das nações europeias durante a Idade Moderna, caracterizado por forte centralização do poder e, nos Estados católicos, justificado como de origem divina. Existe uma ideia comum de que, para os reis fortalecerem o seu poder, a nobreza e a Igreja tiveram seu poder reduzido; essa interpretação é predominante nos livros didáticos, porém existem visões diferentes, que reforçam o poder das velhas elites – nobreza e clero – no controle do Estado Moderno. 





12. (Fgv 2012) Leia o fragmento.
(...) entre os séculos XVII e XVIII ocorreram fatos na França que é preciso recordar. Entre 1660-1680, os poderes comunais são desmantelados; as prerrogativas militares, judiciais e fiscais são revogadas; os privilégios provinciais reduzidos. Durante a época do Cardeal Richelieu (1585-1642) aparece a expressão “razão de Estado”: o Estado tem suas razões próprias, seus objetivos, seus motivos específicos. A monarquia francesa é absoluta, ou pretende sê-lo. Sua autoridade legislativa e executiva e seus poderes impositivos, quase ilimitados, de uma forma geral são aceitos em todo o país. No entanto... sempre há um “no entanto”. Na prática, a monarquia está limitada pelas imunidades, então intocáveis, de que gozam certas classes, corporações e indivíduos; e pela falta de uma fiscalização central dos amplos e heterogêneos corpos de funcionários.
Leon Pomer, O surgimento das nações. Apud Adhemar Marques et al, História Moderna através de textos.

No contexto apresentado, entre as “imunidades de que gozam certas 
classes”, é correto considerar 
a) os camponeses e os pequenos proprietários urbanos eram isentos do pagamento de impostos em épocas de secas ou de guerras de grande porte.
b) a burguesia ligada às transações financeiras com os espaços 
coloniais franceses não estava sujeita ao controle do Estado francês, pois atuava fora da Europa. 
c) a nobreza das províncias mais distantes de Paris estava desobrigada de defender militarmente a França em conflitos fora do território nacional. 
d) os grandes banqueiros e comerciantes não precisavam pagar os impostos devido a uma tradição relacionada à formação do Estado francês. 
e) o privilégio da nobreza que não pagava tributos ao Estado francês, condição que contribuiu para o agravamento das finanças do país na segunda metade do século XVIII. 



Resposta da questão 12:[E]
Comentário da questão: 
Na França do Antigo Regime, entre os séculos XV e XVIII, a monarquia absolutista reconhecia privilégios de alguns grupos sociais. Entre esses, a nobreza tinha imunidade fiscal e uma justiça particular. Tais privilégios são anulados com a Revolução Francesa. O fragmento utilizado como apoio para a questão mostra como a monarquia absolutista não foi exatamente absolutista, pois havia limitações ao seu poder. 







13. (Ufg 2012) Leia o texto a seguir.
É notório que os reis que deixaram boa memória, cada um no seu 
tempo, buscaram a maneira de acrescentar as suas rendas e fazendas, sem dano e prejuízo dos seus súditos, para sustentar o seu estado real, a boa governança dos seus reinos, bem como a guarda e conservação deles para a conquista e guerra.
ARCHIVO GENERAL DE SIMANCAS. Diversos de Castela. Livro 3, fólio 85. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 256. [Adaptado].

Escrito no século XV, o texto é parte de uma instrução régia de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Ele revela, como aspecto característico das monarquias europeias centralizadas, a organização das finanças régias, 
a) considerando as despesas com a administração dos negócios 
militares. 
b) implementando uma política de favorecimento da burguesia emergente. 
c) estabelecendo uma remuneração à nobreza pelos serviços burocráticos. 
d) impondo o controle estatal às atividades econômicas privadas. 
e) justificando a intervenção na economia com base nos princípios de autossuficiência. 


Resposta da questão 13:[A] 
Comentário da questão:
O texto faz referência aos primeiros momentos do Estado Nacional e de suas políticas de centralização, racionalização administrativa e burocrática. O Estado espanhol, bem como outros governos no período em questão, passou por tais transformações necessárias para a implementação do projeto de Estado Nacional Centralizado.



14. (Udesc 2012) Em relação à Formação dos Estados Nacionais 
Modernos, é correto afirmar. 

a) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases 
iniciais para a formação do Estado Nacional Moderno. 
b) Os Estados se formam sob bases democráticas e não sob as absolutistas. 
c) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituição Estado 
Nacional Moderno. 
d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituição do Estado Nacional Moderno. 
e) Os burgueses controlavam o exército e cobravam impostos do 
povo para as cortes.



Resposta da questão 14:[A]
Comentário da questão:
Os “Estados Modernos” absolutistas caracterizavam-se pelo forte intervencionismo em todos os setores da sociedade, ainda apresentando uma baixa mobilidade social. Exército e cobrança de impostos estavam relacionados à burocracia que emergiu durante a transição da Idade Média para Moderna. 





15. (Enem 2012) Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. 



Neste sentido, a charge apresentada demonstra

a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os 
adornos próprios à vestimenta real.
b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a 
vestimenta real representa o público e sem a vestimenta real, o privado.
c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei despretensioso e distante do poder político.
d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de outros membros da corte.
e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, 
pois o corpo político adornado esconde os defeitos do corpo pessoal. 




Resposta da questão 15:[E] 
comentário da questão:
Questão mais abstrata e que exige maior conhecimento geral, pois a imagem individualmente é de difícil interpretação. A ideia de “construir uma imagem” implica em perceber que a imagem natural não serve para que se estabeleça uma relação entre governantes e governados. O governante deve ser apresentado como superior e mais capacitado, diferenciando-se dos governados. Segundo a linguagem usada na questão, a figura do rei como indivíduo (privada) deve ser substituída pela figura do rei como símbolo de poder (pública). 



16. (Espm 2011) Leia os textos e responda:

Do lado do rei estavam os católicos da Inglaterra e da Irlanda, os anglicanos do norte e do oeste e os lordes, alta nobreza possuidora da terra feudal. Militarmente, as tropas reais eram constituídas pelos cavaleiros. Pelo Parlamento lutavam os puritanos, pequenos proprietários rurais e comerciantes, e os artesãos das cidades; Londres apoiava o Parlamento e lhe fornecia muitos recursos. Os componentes do exército do Parlamento eram chamados de Cabeças Redondas.
(Christopher Hill. O Eleito de Deus)

Entre 1648-1652, a França viveu lutas. Para reprimir a rebelião burguesa que tendia a se alastrar de Paris para outras cidades, Mazarino contou com a ajuda de elementos da nobreza, como o príncipe de Condé. Na repressão aos revoltosos, Condé adquiriu poderes e passou a rivalizar com a autoridade de Mazarino. Quando o cardeal tentou reagir, destituindo Condé do comando do exército, desencadeou- se a rebelião da nobreza contra o poder central.
(Raymundo de Campos. História Geral)


Os textos apresentados devem ser relacionados respectivamente com: 
a) Revolução Gloriosa – Revolução Francesa; 
b) Revolução Puritana – As Guerras da Fronda; 
c) Revolução Puritana –Revolução Francesa; 
d) Rebelião de Wat Tyler – As Guerras da Fronda; 
e) Revolução Gloriosa – Jacquerries. 




Resposta da questão 16:[B]
comentário da questão:
A expressão “o eleito de Deus”, titulo do livro de Chrispopher Hill, é 
uma referência a Oliver Cromwell, líder do exército dos cabeças redondas durante a parte final da guerra civil que ocorreu durante a Revolução Puritana, na qual os calvinistas tiveram um papel de destaque por possuírem uma visão burguesa de mundo, contrárias às 
tendências absolutistas do rei.
A Fronda foi um conflito político militar contra a centralização do poder, que envolveu setores da nobreza, interessada em afastar o Cardeal Mazzarino do centro das decisões, mas também burgueses e artesãos, defensores da ampliação de direitos e redução de tributos. 






17. (Unesp 2011) O fim último causa final e desígnio dos homens  (...), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os  vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz 
de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos (...).
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1651. In: Os pensadores, 1983.)

De acordo com o texto, 
a) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a disputa e a competição entre eles. 
b) as sociedades dependem de pactos internos de funcionamento que diferenciem os homens bons dos maus. 
c) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, necessários para sua convivência. 
d) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, preocupados em expandir seus domínios territoriais. 
e) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o convívio social entre eles.



Resposta da questão 17:[E]
comentário da questão:
Como um dos maiores expoentes da filosofia moderna e defensor do 
Absolutismo como uma condição necessária à coexistência pacifica entre os homens, Hobbes considerava que o ser humano tendia ao conflito e à destruição coletiva (“estado de natureza”) se não fosse colocado sob a tutela de uma autoridade superior capaz de deter o caos através da força e coerção. Desse modo, acreditava que os próprios homens estabeleceram a sociedade civil e o Estado como um esforço no sentido de preservar a sua própria existência. A superação do “estado de natureza” só foi possível graças ao “contrato social” estabelecido entre os homens e mantido pelo Estado






18 (Mack-2003) O absolutismo e a política mercantilista eram duas partes de um sistema mais amplo, denominado de Antigo Regime. O termo foi adotado para designar o sistema cujos elementos básicos eram, além do absolutismo e do mercantilismo, a sociedade estamental e o sistema colonial.
Assinale a alternativa que expressa, corretamente, uma 
prática dos Estados Absolutistas.
a) Liberdade religiosa 
b) Centralização político-administrativa 
c) Enfraquecimento do poder real
d) Abolição total dos privilégios da nobreza
e) Política econômica liberal


resposta da questão 18:[B]
Comentário da questão:
O governo monárquico absolutista foi típico da Idade Moderna, caracterizando-se pelo poder ilimitado. O rei era chefe de Estado e de governo, monopolizava a força e a burocracia e intervinha na economia por meio do mercantilismo.


19. (PUCCamp-1995) Dentre as instituições políticas do Estado Moderno, aquela que mais o caracteriza é o:
a) absolutismo monárquico, nova forma política assumida cujos fundamentos estavam expressos na SUMA TEOLÓGICA de Tomás de Aquino.
b) mercantilismo que serviam para justificar o enriquecimento da Igreja Católica, mas não traduziam os interesses do monarca absolutista.
c) absolutismo monárquico que intervinha na vida econômica.
d) liberalismo praticado pelos Príncipes, mas limitado pela tradição e pelo equilíbrio entre as classes sociais.
e) absolutismo monárquico que punha em prática uma política econômica de características não intervencionistas, quase liberais - a política mercantilista.



resposta da questão 19:[C]
Comentário da questão:
Absolutismo é uma teoria política que defende que alguém (em geral, um monarca) deve ter o poder absoluto, isto é, independente de outro órgão. É uma organização política na qual o soberano concentrava todos os poderes do estado em suas mãos.




20. (FaZU-2001) A formação do Estado Absolutista corresponde a uma:
a) Aliança dos Senhores Feudais e o Clero 
b) Limitação do poder do Clero
c) Exigência da Burguesia 
d) Articulação da Nobreza com a Burguesia 
e) Aliança da Nobreza com a Burguesia 


Resposta da questão 20:[C]
Comentário da questão:
A burguesia desejava dinamizar as relações comerciais ao final da Baixa Idade Média, para isso seria imprescindível a unificação de moedas, impostos e a padronização do sistema de pesos e medida.



21. (Mack-2003) Nicolau Maquiavel (1469-1567), pensador florentino, afirmava que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. E, para atingir seus objetivos, o governante deve usar de todos os meios disponíveis, pois “os fins justificam os meios”. Suas idéias ficaram imortalizadas na obra:
a) Leviatã. 
b) Política Segundo as Sagradas Escrituras. 
c) A Arte da Guerra.
d) A Divina Comédia.
e) O Príncipe.



Resposta da questão 20:[E]
Comentário da questão:
Nicolau Maquiavel, escritor humanista, também é considerado um dos principais teóricos do absolutismo. Na sua obra O Príncipe, um dos clássicos da política moderna, Maquiavel ensinou como o governante deveria proceder para manter o poder de forma centralizada e segura, inclusive justificando o uso da força, se necessário.

21. (Mack-1997) "Art. 2 - O pretendido direito de dispensar as leis ou de execução das leis pela autoridade real, como foi usurpado e exercido ultimamente, é contrário às leis."
"Art. 3 - O imposto em dinheiro para uso da Coroa, sob pretexto de prerrogativas reais sem que haja concordância por parte do Parlamento, é contrário às leis."

Os trechos anteriores foram retirados da DECLARAÇÃO DOS DIREITOS, elaborada em 1689, após a Revolução Gloriosa, que implantou:
a) uma monarquia absolutista.
b) uma república parlamentarista.
c) uma monarquia parlamentarista.
d) uma república federativa.
e) um principado vitalício.


resposta da questão 21:[C]
Comentário da questão:
A Revolução Gloriosa (1688) marcou a submissão da coroa ante o parlamento. A partir de então, os novos monarcas devem a sua posição ao parlamento.



22. (UEL-1995) " ... o aumento demográfico, ocorrido do século XI ao XIV, permitiu uma multiplicação da nobreza cada vez mais parasitária. Seus hábitos de consumo tornaram-se mais exigentes e maiores, o que determinava uma necessidade de renda cada vez mais elevada. Segue-se, pois, uma superexploração do trabalho dos servos, exigindo-se destes um maior tempo de trabalho..."

O texto descreve uma das causas, na Europa, da:

a) formação do modo de produção asiático.
b) consolidação do despotismo esclarecido.
c) decadência do comércio que produziu a ruralização.
d) crise que levou à desintegração do feudalismo.
e) prosperidade que provocou o processo de industrialização.



Resposta da questão 22:[D]



23. (UFRN-1997) O pensamento político e econômico europeu, em fins do século XVII e no século XVIII, apresentou uma vertente de crítica ao Absolutismo e ao Mercantilismo, predominantes na Europa, na Idade Moderna.
Qual das idéias abaixo caracteriza essa nova corrente de pensamento?
a) É necessária a regulamentação minuciosa de todos os aspectos da vida econômica para garantir a prosperidade nacional e o acúmulo metalista.
b) O Estado, com função de polícia e justiça, deve ser governado por um rei, cuja autoridade é sagrada e absoluta porque emana de Deus.
c) A fim de proteger a economia nacional, cada governo deve intervir no mercado, estimulando as exportações e restringindo as importações.
d) O poder do soberano era ilimitado, porque fora fruto do consentimento espontâneo dos indivíduos para evitar a anarquia e a violência do estado natural.
e) O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco, apenas para garantir as liberdades públicas e a propriedades dos cidadãos.





Resposta da questão 23:[E]




24. (Mack-1998) Sobre o iluminismo, é correto afirmar que:

a) Criticava o mercantilismo, a limitação ao direito à   propriedade privada, o absolutismo e a desigualdade de direitos e deveres entre os indivíduos.
b) Acreditava na prática do entesouramento como meio adequado para eliminar as desigualdades sociais e garantir as liberdades individuais.
c) Consistia na defesa da igualdade de direitos e liberdades individuais, proporcionada pela influência da Igreja Católica sobre a sociedade, através da educação.
d) Defendia a doutrina de que a soberania do Estado absolutista garantiria os direitos individuais e eliminaria os resquícios feudais ainda existentes.
e) Propunha a criação de monopólios estatais e a manutenção da balança de comércio favorável, para assegurar o direito de propriedade.





Resposta da questão 24:[A]




25. (Vunesp-2003) ... o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia desenvolver-se livremente.
                               (Christopher Hill, A revolução inglesa de 1640)

O autor do texto está se referindo 
a) à força da marinha inglesa, maior potência naval da Época Moderna.
b) ao controle pela coroa inglesa de extensas áreas coloniais.
c) ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supremacia política do parlamento.
d) ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente dos produtos de lã.
e) às disputas entre burguesia comercial e agrária, que caracterizaram o período.





Resposta da questão 25:[C]





26. (Faap-1996) Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias, justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas, tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema do governante é manter o poder e a segurança do país que governa. Para isso deve usar de todos os meios disponíveis pois que "os fins justificam os meios." Professou suas idéias na famosa obra:
a) "Leviatã"
b) "Do Direito da Paz e da Guerra"
c) "República"
d) "O Príncipe"
e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"





Resposta da questão 26:[D]




27. (FEI-1994) A famosa frase atribuída a Luis XIV: "O Estado sou eu", define:
a) o absolutismo;
b) o iluminismo,
c) o liberalismo;
d) o patriotismo do rei;
e) a igualdade democrática.


resposta da questão 27:[A]
Comentário da questão:
O rei Luís XIV é considerado o principal representante do absolutismo na França.


28. (Fuvest-2001) “É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados.”
(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).


Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias europeias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de
a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.



resposta da questão 28:[D]
Comentário da questão:
A formação das monarquias nacionais foi acompanhada da formação de exércitos nacionais, eliminando a dependência do rei em relação à nobreza e ao mesmo tempo, evitando a possibilidade de armar setores da população que pudessem fugir ao controle do Estado.

29. (Vunesp-1999) A Declaração de Direitos (Bill of Rights) da Inglaterra de 1689, a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América de 1776 e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 da França são documentos que expressam um processo revolucionário abrangente que pode ser caracterizado como:
a) declínio da aristocracia feudal, fim do poder monárquico e redemocratização dos Estados.
b) ascensão política da burguesia, queda do poder absolutista e fortalecimento do liberalismo.
c) igualdade de direitos para todos, fim das monarquias e difusão das idéias iluministas.
d) fim dos privilégios da nobreza, organização de repúblicas e difusão do positivismo.
e) ampliação dos direitos da burguesia, estabelecimento de democracias e declínio do liberalismo.



resposta da questão 29:[C]

30. (UNICAMP-2003) O grande teórico do absolutismo monárquico, o bispo Jacques Bossuet, afirmou: “Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem, como ministros de Deus e seus representantes na terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém”. 
(Citado em Coletânea de Documentos Históricos para o 1º Grau. São Paulo, SE/CENP, 1978, p.79).

Aponte duas características do Absolutismo monárquico.
Em que período o regime político descrito no texto esteve em vigor? Cite duas características dos governos democráticos atuais que sejam diferentes das mencionadas no texto.

resposta da questão 30:


Concentração de poderes políticos nas mãos do monarca, e caráter divino do rei. Antigo Regime (Séculos XV a XVIII). Época Moderna. Divisão dos poderes em (poder Executivo, Legislativo e 
Judiciário), e direito ao voto (Cidadania).



31. (UFSCar-2003) À cristianização compulsiva se seguiu, tempos depois, a partir da dinastia dos Bourbons, a castelhanização compulsiva. O centralismo castelhano, negador da pluralidade nacional e cultural da Espanha, chegou ao paroxismo sob a ditadura de Franco.
Eduardo Galeano. A descoberta da América (que ainda não houve)

Tendo em vista o texto, considere as quatro afirmações seguintes:
I. O autor refere-se ao período da imposição do cristianismo na Espanha e suas colônias, com os tribunais da inquisição, nos séculos XV e XVI.
II. O autor refere-se à unificação espanhola comandada por castelhanos, a partir da aliança entre Isabel de Castela e Fernando de Aragão.
III. O autor refere-se às lutas por independência por parte de catalães, andaluzes, bascos e galegos.
IV.  O autor refere-se ao centralismo do Estado ditatorial de Franco no final do século XIX.

Estão corretas as afirmações
I e II, apenas.
I, II e III, apenas.
I, III e IV, apenas. 
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.


resposta da questão 31:[B]

32. (UNIFESP-2003) Nas outras monarquias da Europa, procura-se ganhar a benevolência do rei; na Inglaterra, o rei procura ganhar a benevolência [da Câmara] dos Comuns. 
(Alexandre Deleyre. Tableau de l’Europe. 1774)

Essa diferença entre a monarquia inglesa e as do continente deve-se
A) ao rei Jorge III que, acometido por um longo período de loucura, tornou-se dependente do Parlamento para governar.
B) ao fato da casa de Hannover, por sua origem alemã, gozar de pouca legitimidade para impor aos ingleses o despotismo esclarecido.
C) ao início da rebelião das colônias inglesas da América 
do Norte contra o monarca, que o obrigou a fazer 
concessões.
D) à peculiaridade da evolução política inglesa a qual, graças à Magna Carta, não passou pela fase da monarquia absolutista.
E) às revoluções políticas de 1640 (Puritana) e 1688 (Gloriosa), que retiraram do rei o poder de se sobrepor ao Parlamento.


resposta da questão 32:[E]



33. (FGV-2003) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas (...).”
MAQUIAVEL, N., O Príncipe. 2ª ed., Trad., Mira-Sintra — Mem Martins, Ed. Europa-América, 1976, p. 89.

A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto 
afirmar:

A) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios morais do cristianismo.
B) Apresentava uma clara defesa da representação popular e dos ideais democráticos.
C) Servia de base para a ofensiva da Igreja em confronto com os poderes civis na Itália.
D) Sustentava que o objetivo de um governante era a conquista e a manutenção do poder.
E) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos governantes contra seus súditos.



Resposta da questão 33:[D]
Comentário da questão:
O renascentista Nicolau Maquiavel, autor de O Príncipe, é considerado o criador da Ciência Política. Rompendo com as concepções medievais, separou a política da moral, justificando toda e qualquer ação governamental que viesse a assegurar a ordem.


34.  (Vunesp-2004) Compare os dois textos seguintes e responda. Em todos os lugares havia calma. Nenhum movimento, nem temor ou aparência de movimento no Reino havia que pudessem interromper ou se opor aos meus projetos.
(Memórias de Luís XIV para o ano de 1661.)

Para nos mantermos livres, cumpre-nos ficar incessantemente em guarda contra os que governam: a excessiva tranqüilidade dos povos é sempre o pregoeiro de sua servidão.
(J. P. Marat. As cadeias da escravidão, 1774.)

a) A que regime político predominante na Idade Moderna européia os dois textos, de formas diferentes, se referem?

b) O texto de Marat apresenta uma noção de cidadania elaborada pela reflexão política do Século das Luzes. De que forma a Revolução Francesa do século XVIII foi a expressão desta nova concepção política?


resposta da questão 34:
a) Refere-se ao regime absolutista monárquico.

b) A Revolução Francesa destruiu o Antigo Regime absolutista e instituiu o liberalismo político. Fundada no Iluminismo, propunha um governo estruturado no consentimento e na preservação dos direitos naturais dos governados: a vida, a liberdade e a propriedade.


35. (Mack-2005) Considere as afirmativas abaixo.
I — O Absolutismo caracterizou-se como um tipo de regime político que, durante a transição do feudalismo para o capitalismo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico, principalmente comercial.
II — A nobreza feudal opôs-se ao regime absolutista, por considerá-lo prejudicial aos seus interesses. Ficou, por isso, restrita à posse das terras e dos títulos nobiliárquicos.
III — Os monarcas absolutistas apoiavam seu poder supremo em direitos consagrados por meio de uma Constituição reconhecida pelo Papa.


Assinale:
a) se somente I estiver correta. 
b) se somente III estiver correta.
c) se somente I e II estiverem corretas.
d) se somente II e III estiverem corretas.
e) se todas estiverem corretas



resposta da questão 35:[A]


36. (UNIFESP-2005) Nos reinados de Henrique VIII e de  Elizabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês  “aprovava ‘pilhas de estatutos’, que controlavam muitos  aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis  estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos  produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos  preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais”.
(Lawrence Stone, 1972.)

Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam a
A) inferioridade da monarquia inglesa sobre as europeias  no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.
B) continuidade existente entre as concepções medievais e as modernas com relação às políticas sociais.
C) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia conquistado sua condição de um poder independente.
D) especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o bem-estar e o aumento da população.
E) característica comum às monarquias absolutistas e à qual os historiadores deram o nome de mercantilismo.




resposta da questão 36:[E]


37. (Vunesp-2005) A longa crise da economia e da sociedade européias durante os séculos XIV e XV marcou as dificuldades e os limites do modo de produção feudal no último período da Idade Média. Qual foi o resultado político final das convulsões continentais dessa época? No curso do século XVI, o Estado absolutista emergiu no Ocidente.
                        (Perry Anderson, Linhagens do Estado Absolutista.)

a) Identifique duas manifestações da crise do século XIV.
b) Aponte duas características do Estado absolutista.



resposta da questão 37:
a) A crise européia do século XIV foi marcada pela guerra (dos Cem Anos, entre Inglaterra e França), pela epidemia (a “peste negra”), pela fome (fruto de significativa mudança climática) e pela desaceleração do comércio europeu.

b) Entre as características do Estado absolutista, poderiam ser citadas: concentração do poder nas mãos do rei, identificado com o Estado; preservação de privilégios para uma aristocracia mantida em cargos administrativos; adoção da política econômica mercantilista; legitimação do Estado pela teoria do direito divino.

38. (UNIFESP-2005) Nos reinados de Henrique VIII e de Elizabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês “aprovava ‘pilhas de estatutos’, que controlavam muitos aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais”.
                                                             (Lawrence Stone, 1972.)


Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam a
A) inferioridade da monarquia inglesa sobre as europeias no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.
B) continuidade existente entre as concepções medievais e as modernas com relação às políticas sociais.
C) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia conquistado sua condição de um poder independente.
D) especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o bem-estar e o aumento da população.
E) característica comum às monarquias absolutistas e à qual os historiadores deram o nome de mercantilismo.


resposta da questão 38:[E]


39. (Mack-2004) No século XVII, portanto, o quadro era este: de um lado, havia as forças ligadas à tradição feudal, composta pela nobreza tradicional, pelos bispos anglicanos e pelo rei; de outro, as forças sociais, representadas pelo empresariado urbano e rural (gentry), aos quais podemos acrescentar os camponeses proprietários que desfrutavam de certa prosperidade (os yeomen); por fim, cabe assinalar a existência da grande massa de indivíduos expulsos do campo e vivendo em condições miseráveis nas cidades”.
                                                                                  Luiz Koshiba


O fragmento anterior apresenta elementos que fazem parte  da História da Revolução:
a) Americana. 
b) Francesa. 
c) Inglesa.
d) Liberal.
e) Do Porto.



resposta da questão 39:[C]

40. (UNIFESP-2008) Do ponto de vista sócio-político, o  Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime  (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como
a) burguês-despótico.
b) nobiliárquico-constitucional.
c) oligárquico-tirânico.
d) aristocrático-absolutista.
e) patrício-republicano.


resposta da questão 40:[D]



41. (VUNESP-2009) Quando sucumbe o monarca, a majestade real não morre só, mas, como um vórtice, arrasta consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema.
 (Hamlet, 1603.)

Essas palavras, pronunciadas por Rosencrantz, personagem de um drama teatral de William Shakespeare, aludem
a) ao absolutismo monárquico, regime político predominante nos países europeus da Idade Moderna.
b) à monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos derivam do consentimento popular.
c) ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei reina, mas não governa”.
d) à oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia e à emergência das revoluções democráticas.
e) à decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante as Revoluções Puritana e Gloriosa.



resposta da questão 41:[A]
Comentário da questão:
Dado o contexto da referida obra, pode-se afirmar que o enunciado alude ao absolutismo monárquico e aos problemas relativos à sucessão no interior daquele referido regime.




42. (UFPR-2009) Nos séculos XVI e XVII prevaleceram na Europa Ocidental sistemas de organização do poder genericamente denominados por Antigo Regime. Assinale a alternativa que apresenta um conjunto de elementos INEXISTENTES no Antigo Regime. 

a) Absolutismo. 
b) Taylorismo. 
c) Mercantilismo. 
d) Sistema Colonial. 
e) Sociedade Estamental.



resposta da questão 42:[B]


43. (UDESC-1996) O século XV, apesar de ser considerado como o século da decadência do Renascimento italiano, gerou gênios como Rafael Sanzio e Michelângelo nas Artes plásticas.
Na literatura, o grande nome foi Nicolau Maquiavel (1469-1527) que escreveu um texto antológico na história do teatro ocidental - "A Mandrágora"- com a qual satirizava a sociedade florentina sobre o poder dos Médici. Ele é autor também de um famosos livro que levou a ser chamado de "Pai da Ciência Política".
a) Como se intitula esse livro e qual o seu conteúdo? 
b) Comente a máxima maquiavélica: "Os fins justificam os meios."



resposta da questão 43:
a) O Príncipe, que procura ensinar como um governante deve agir para manter-se no poder.

b) O governante deve se utilizar de todos os meios possíveis para permanecer no poder, este é o fim máximo de um monarca.

 44. (UFC-1998) Bossuet, no século XVII, dizia: "É um erro imaginar que é preciso sempre imaginar antes de crer. A felicidade daqueles que nascem por assim dizer no seio da verdadeira Igreja, é que Deus lhe deu uma tal autoridade que acreditamos primeiro no que ela propõe e que a fé precede, ou antes, exclui o exame." 
(FORTES, Luiz R. Salinas - O Iluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 19)

Confronte as idéias expostas no documento acima com princípios do Iluminismo.

resposta da questão 44:
 As ideias de Bossuet expostas no texto entram em choque com os princípios iluministas, porque parte da ideia de seguir um governo que seja fundamentado no poder divino, já que o iluminismo fundamenta-se no racionalismo e na quebra de qualquer explicação divina do universo.


45. (UFSCar-2001) Nicolau Maquiavel, autor de O Príncipe, refletindo sobre as razões do sucesso ou do fracasso político dos governantes, escreveu:
... restringindo-me aos casos particulares, digo que se vê hoje o sucesso de um príncipe e amanhã a sua ruína, sem ter havido mudança na sua natureza, nem em algumas de suas qualidades. Creio que a razão disso (...) é que, quando um príncipe se apóia totalmente na fortuna, arruína-se segundo as variações daquela. 
Também julgo feliz aquele que combina o seu modo de proceder com as  particularidades dos tempos, e infeliz o que faz discordar dos tempos a sua maneira de proceder.

(O Príncipe, trad. de Lívio Xavier. SP: Abril Cultural, 1973, p. 110.)

a) Em que período histórico-cultural Maquiavel viveu e, portanto, escreveu as suas obras?
b) Defina a noção maquiavélica de fortuna e explicite como o autor entende os motivos do fracasso ou do sucesso dos governantes.

resposta da questão 45:




a) Renascimento
b) Maquiavel considera a fortuna, no sentido de acaso, como um dos fatores responsáveis pelo destino do príncipe. Assim, aquele que deixa seu destino nas mãos do acaso pode ter sucesso ou fracasso, enquanto aquele que, combina suas virtudes com a fortuna tem mais chances de obter vitórias.

  46. (UEPA-2001) “Enganam-se muito os que imaginam que se trate apenas de questões de cerimônia. Os povos sobre os quais reinamos, não podendo penetrar o fundo das coisas, costumam regular o seu juízo pelas aparências que vêem, e o mais das vezes medem seu respeito e obediência segundo as procedências e as posições.”
IN: RIBEIRO, Renato Janine. A Etiqueta no Antigo Regime. São Paulo: Brasiliense, 1983. P. 94

O fragmento acima é parte das consideráveis do rei Luís XIV, registradas em suas memórias. A leitura do fragmento e os estudos sobre o absolutismo francês possibilitam concluir que:
a) as considerações do monarca referem-se a concepção de poder do Estado absolutista, no sentido de que as cerimônias tinham por finalidade fortalecer a imagem de superioridade e de distinção do rei perante os súditos.
b) Luís XIV afirmava que o governo deveria distinguir-se do público através das leis, porque o povo cultiva o errôneo hábito de valorizar as aparências, razão pela qual estas deveriam ser descredenciadas.
c) para o monarca francês o rei, embora superior ao povo, deveria parecer um igual. Logo, a importância da cerimônia residia no fato de que, através  dela, o rei estaria nivelado ao mais simples súdito.
d) a corte luísquatorziana desvalorizava a cerimônia porque  se opunha ao desejo popular de ver no monarca a imagem de Deus. Desse modo, a manutenção  da cerimônia justificava-se pela imposição da tradição.
e) as ponderações do monarca francês sugerem que as cerimônias eram importantes enquanto fontes de divertimento para o público, uma vez que o povo governado aprendia a admirar seu governante pelas obras administrativas e não pela  imponência ostentada pelo rei.


resposta da questão 46:[A]



47. (UFBA-2002) "O brilhante século XVI viu o surgimento do Antigo Sistema Colonial, das Reformas religiosas, de Estados Modernos já francamente consolidados, de uma produção artística e intelectual impressionante. Os sentidos eram então fundamentalmente diversos dos nossos. No início da Época Moderna, a audição tinha importância maior do que a visão, o que parece próprio de uma sociedade iletrada e muito dependente da transmissão oral de conhecimento. Os monstros povoavam a vida cotidiana dos europeus, e narrativas de viagens reais relatavam 
acontecimentos inverossímeis e descreviam seres fantásticos."
(SOUZA. In: FARIA et al., p. 38-9)

Com base na análise do texto e nos conhecimentos a ele relacionados, pode-se afirmar:
(01) O Antigo Sistema Colonial baseava-se numa relação de igualdade entre Colônia e Metrópole, conhecida como Pacto Colonial.
(02) O surgimento dos Estados Modernos contou com o apoio da nobreza e da burguesia que, em troca, receberam do rei o direito de cobrar impostos.
(04) A "produção artística e intelectual impressionante", mencionada no texto, ficou conhecida como Renascimento e representou uma mudança de mentalidade que impregnou o dia-a-dia dos diversos segmentos da sociedade européia.
(08) O descompasso entre os interesses capitalistas e a ética cristã medieval, em relação ao acúmulo de riquezas, foi um dos fatores motivantes da Reforma.
(16) A Reforma Católica rejeitou antigos métodos repressivos utilizados pela Igreja, como o Tribunal do Santo Ofício e a pena de excomunhão.
32) As viagens ultramarinas ocorreram a despeito do imaginário aterrador europeu, tornando possível a formação de impérios coloniais.
(64) O Brasil foi transformado em colônia de exploração, devido às possibilidades que a produção indígena oferecia para a empresa mercantil.



resposta da questão 47: 04+08 = 12


48. (FGV-2004) A chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) foi considerada como a última grande guerra de religião da Época Moderna. A seu respeito é correto afirmar:
a) O conflito levou ao enfraquecimento do império Habsburgo e ao estabelecimento de uma nova situação internacional com o fortalecimento do reino francês.
b) O conflito iniciou-se com a proclamação da independência das Províncias Unidas, que se separavam, assim, dos domínios do império Habsburgo.
c) O conflito marcou a vitória definitiva dos huguenotes sobre os católicos na França, apoiados pelo monarca Henrique de Bourbon, desde o final do século XVI.
d) O conflito estimulou a reação dos Estados Ibéricos que, em aliança com o papado, desencadearam a chamada Contra-Reforma Católica.
e) O conflito caracterizou-se pelas intervenções inglesas no  continente europeu, através de tropas formadas por grupos populares enviadas por Oliver Cromwell.


resposta da questão 48:[A]


49. (UNICAMP-2005) Uma vez terminada a Reconquista, o  ímpeto espanhol encontrou na colonização americana o  campo amplo onde aplicar sua energia; e nas cidades  regulares do fim da Idade Média, como Granada, estava o  esboço da grande tarefa urbanística hispano-americana, que  encheu um continente de cidades traçadas com rigor  geométrico muito superior ao da metrópole.
(Adaptado de Fernando Chueca Goitia, Breve História do Urbanismo. Lisboa: Editorial Presença, 1982, p. 99).

a) Segundo o texto, qual foi a grande tarefa  urbanística Hispano-americana?
b) Explique o que foi a Reconquista.
c) Indique duas edificações que caracterizavam a  colonização ibérica no Novo Mundo.



resposta da questão 49:


a) A organização, o planejamento e a construção de cidades seguindo um plano geométrico como forma de consolidar a colonização.

b) A Reconquista foi o processo da expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica, durante a Baixa Idade Média, em meio ao forte ideal cruzadista.

c) A igreja e a fortaleza.



50. (UNICAMP-2005) O livro Utopia, escrito pelo humanista Thomas More, em 1516, divide-se em duas partes. Na primeira, More descreveu a situação de seu país, dizendo: (...) os inumeráveis rebanhos que cobrem hoje toda a Inglaterra são de tal sorte vorazes e ferozes que devoram mesmo os homens e despovoam os campos, as casas, as aldeias. Onde se recolhe a lã mais fina e mais preciosa, acorrem, em disputa de terreno, os nobres, os ricos e até santos abades. Eles subtraem vastos terrenos da agricultura e os convertem em pastagens, enquanto  honestos cultivadores são expulsos de suas casas.
(Adaptado de Thomas More, Utopia. São Paulo: Nova Cultural, 2000, p. 7 e 29-30).

Na segunda parte do livro, More concebeu uma ilha imaginária chamada Utopia.
a) Explique o que foi o processo de cercamentos ocorrido na Inglaterra a partir do século XVI.
b) Qual o significado de utopia para Thomas More?

resposta da questão 50:

a) Processo de apropriação das terras comunais por parte de nobres proprietários com o intuito de criar carneiros.
b) A criação de uma sociedade ideal, fundada em princípios racionais, voltados para o humanismo e o bem comum.

 



51. (Vunesp-2005) Gerald Winstanley, líder dos escavadores da Revolução Puritana na Inglaterra (1640-1660), definiu a sua época como aquela em que “o velho mundo está rodopiando como pergaminho no fogo”. 
Embora os escavadores tenham sido vencidos, a Revolução Inglesa do século XVII trouxe mudanças significativas, dentre as quais destacam-se a
A) instituição do sufrágio universal e a ampliação dos 
direitos das Assembleias populares.
B) separação entre Estado e religião e a anexação das propriedades da Igreja Anglicana.
C) liberação das colônias da Inglaterra e a proibição da exploração da mão-de-obra escrava.
D) abolição dos domínios feudais e a afirmação da soberania do Parlamento.
E) ampliação das relações internacionais e a concessão de liberdade à Irlanda.


resposta da questão 51:[D]


52. (Mack-2004) Um príncipe sábio não pode, pois, nem deve, manter-se fiel às suas promessas, quando extinta a causa que o levou a faze-las; o cumprimento delas lhe traz prejuízo. Este preceito não seria bom se os homens fossem todos bons. Como, porém, são maus e, por isso mesmo, faltariam à palavra que acaso nos dessem, nada impede, que venhamos nós a faltar também à nossa.
Nicolau Maquiavel — O príncipe

As idéias de Maquiavel
a) indicavam que o homem, em todos os tempos e em todas as civilizações, era dirigido por uma natureza única e imutável, e que para alcançar a plenitude na política, os governantes precisariam de autonomia e não poderiam estar submetidos a qualquer instituição.
b) transferiram o racionalismo para a política e análise social, a partir da crítica e da razão, formulando a concepção da bondade natural do homem e sua capacidade de construir a própria felicidade.
c) mostravam que os príncipes eram a expressão mais perfeita da autoridade delegada por Deus, tornando-se monarcas por direito divino; e somente para a justiça divina é que deveriam prestar contas de seus atos de governo.
d) visavam impedir o estabelecimento de um Estado forte, defendendo que a autoridade do governante devia ser limitada e seus poderes divididos. Sua obra satirizava as estruturas sociais e ironizava os costumes políticos durante o governo de Lourenço de Médici.
e) afirmavam que, para preservar a vida, a liberdade e a propriedade como direitos naturais, os homens deveriam abandonar o estado de natureza e estabelecer um contrato entre si, criando o governo e a sociedade civil. Assim, os governos teriam de respeitar os direitos naturais.





Resposta da questão 52: [A]


53. (Mack-2004) Assinale a alternativa que contém um fragmento de texto escrito por Jacques Bénigne Bossuet (1627-1704), teórico absolutista francês.
a) Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só puder ser uma delas.
b) Tudo, portanto, que advém de um tempo de guerra, quando cada homem é inimigo de outro homem, igualmente advém do tempo em que os homens vivem sem outra segurança além da que sua própria força e sua própria astúcia conseguem provê-los.
c) É somente na minha pessoa que reside o poder soberano [...], é somente de mim que meus tribunais recebem a sua existência e a suas autoridade; a plenitude desta autoridade, que eles não exercem senão em meu nome, permanece sempre em mim, e o seu uso nunca pode ser contra mim voltado...
d) Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na Terra. Conseqüentemente, o Trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.
e) Se o homem, no estado de natureza, é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ou maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder?

 


Resposta da questão 53:[D] 


54. (UERJ-2006) Os quadrinhos fazem referência, de modo crítico, a diversos aspectos da sociedade do Antigo Regime, entre os séculos XVI e XVIII, cujas instâncias de poder eram a Coroa, a Igreja e a Nobreza.


A) Identifique dois aspectos da sociedade do Antigo Regime que possam ser relacionados às críticas sugeridas nos quadrinhos.
B) Nas colônias europeias, a resistência a determinadas práticas do Antigo Regime foi concretizada por uma série de rebeliões.
Cite uma rebelião colonial ocorrida no Brasil na segunda metade do século XVIII e um de seus objetivos.

Resposta da questão 54:  

a) Dois dentre os aspectos da sociedade: 
- marcada pela liturgia da religião 
- dividida em ordens ou estamentos 
- baseada no privilégio do nascimento 
- marcada pelas guerras e pela violência 
- caracterizada pelo recorrente recurso à repressão  

b) Uma dentre as rebeliões e um dentre seus respectivos objetivos: 
I - Inconfidência Mineira     
I.1 - pôr fim à opressão colonial     
I.2 - acabar com a cobrança da derrama     I
.3 - incentivar a criação de manufaturas     
I.4 - dar um governo liberal às Minas Gerais     
I.5 - proclamar uma república em Minas Gerais  
II - Conjuração Baiana ("Conjuração dos Alfaiates")     
II.1 - implantar uma república     
II.2 - acabar com a escravidão    
 II.3 - aumentar o soldo da tropa     
II.4 - dar novo sistema de promoções militares     
II.5 - estabelecer o livre comércio com todos os povos     
II.6 - estabelecer igualdade de direitos civis, independentemente da cor da pele


55. (VUNESP-2006) Os Lords espirituais e temporais e os Comuns, hoje (22 de Janeiro de 1689) reunidos (...) constituindo em conjunto a representação plena e livre da nação (...) declaram (...) para assegurar os seus antigos direitos e liberdades:
1. Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua execução (...) é ilegal;
2. Que o pretenso direito da autoridade real de dispensar das leis ou a sua execução (...) é ilegal; (...)
4. Que qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou 
para seu uso (...) sem consentimento do Parlamento (...) é ilegal; (...)
6. Que o recrutamento e a manutenção de um exército no reino, em tempo de paz, sem o consentimento do Parlamento, é ilegal; (...)
(A Declaração dos Direitos. Apud F. R. Dareste e P. Dareste, As constituições modernas.)
a) Identifique o contexto em que esse documento foi escrito.
b) A Declaração dos Direitos estabelece qual relação de poder entre o rei e o Parlamento inglês?





resposta da questão 55:
a) A Inglaterra do século XVII foi marcada por um período turbulento, em função das revoluções em seu território. O processo culminou com a derrubada do rei Jaime II (Stuart) em meio à Revolução Gloriosa (1689).

b) A Declaração de Direitos (Bill of Rights) estabeleceu uma relação de subordinação do rei ao Parlamento inglês.


56. (ENEM-2006) O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libre.A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de classe média na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou as circunstancias a que não podia escapar.
Norbert Elias. Mozart: sociologia de um gênio.Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 3.° Estado, e correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referencia a “classe média”, descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de
a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que pertenciam aos 3.° Estado.
b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrario dos demais trabalhadores manuais.
c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros dos 3.° Estado.
d) distinguir, dentro do 3.° Estado, as condições em que viviam os “criados de libre” e os camponeses.
e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais.


resposta da questão 56:[C]




57. (UFRJ-2005) “ Dois acontecimentos que fizeram época marcam o inicio e o fim do absolutismo clássico. Seu ponto de partida foi a guerra civil religiosa.  O Estado moderno ergue-se desses conflitos religiosos mediante lutas penosas, e só alcançou sua forma e fisionomia plenas ao superá-los. Outra guerra civil – a Revolução Francesa – preparou seu fim brusco.” 
Fonte: KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise. Rio de Janeiro, Eduerj & Contraponto, 1999, p. 19.

a) Identifique dois aspectos que caracterizavam o exercício da autoridade pelo Estado Absolutista.
b) Em 1651, em meio às guerras religiosas que assolavam a Europa, o filósofo inglês Thomas Hobbes defendia a necessidade de um Estado forte como forma de controlar os sentimentos anti-sociais do homem. Pouco mais de um século depois, o filósofo J.J. Rousseau, em sua obra Contrato Social (1762), apresentou uma outra visão sobre o mesmo problema. Comente uma característica da concepção de Estado presente em Rousseau.



resposta da questão 57:





a) O Estado ampliou sua autoridade por meio do monopólio do poder militar e da justiça, da formação de uma burocracia estatal e da interferência na economia. O candidato poderá ainda, apoiado na moderna historiografia sobre o assunto, afirmar que o Estado do Antigo Regime baseava sua autoridade nas contínuas negociações com os poderes locais (como a aristocracia e as Comunas Urbanas), e no exercício da justiça como forma de garantir a ordem social e política. 

b) Rousseau considera que o Estado fora criado pelo homem para preservar sua liberdade, o povo é o depositário do poder e os governantes constituem apenas seus funcionários. As leis devem ser aprovadas por todos, a soberania do povo deve ser absoluta e se manifestar através da vontade geral, pois a liberdade só existe quando há igualdade entre os componentes da sociedade.


58. (IBMEC - SP-2007) “Deve um príncipe, portanto, não se importar com a reputação de cruel, a fim de poder manter os seus súditos em paz e confiantes, pois que, com pouquíssimas repressões, será mais piedoso do que aqueles que, por muito clementes, permitem as desordens das quais resultam assassínios e rapinagens. (...) Nasce disso uma questão, a saber: é melhor ser amado que temido ou o contrário? Responder-se-á que se desejaria ser uma e outra coisa; mas, como é difícil casá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se haja de optar por uma das alternativas.” 
(Maquiavel, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: ed Nova Cultural, 
1999.p.105-106) 

Do texto é possível afirmar que: 
a) ao discutir a imagem do príncipe, apenas reforça o modelo parlamentarista inglês 
b) ao defender a crueldade como forma de justiça, pode ser considerado inspirador da Revolução Francesa 
c) ao concentrar suas preocupações na figura do príncipe, pode ser visto como uma defesa do Absolutismo 
d) ao defender o temor pelo príncipe como superior ao amor, aproxima-se das teorias liberais 
e) ao criticar o poder do príncipe, afasta-se da maior parte dos autores políticos de sua época 


resposta da questão 58:[C]



59. (VUNESP-2007) Após a expulsão dos judeus da Espanha, a partir de 1492, o mundo árabe acolheu boa parte deles. Se lhes deu – como aos cristãos – o estatuto de dhimmi, inferior ao dos muçulmanos, era claramente mais favorável que o de seus correligionários na Europa, ele os preservou das perseguições recorrentes que os outros sofreram na Europa. E Auschwitz, como se sabe, não é um nome árabe.

(http://diplo.uol.com.br/2004-05,a915)

O texto faz referência a dois episódios relacionados a perseguições aos judeus. Identifique e explique esses momentos.



resposta da questão 59:

 O contexto histórico associado à expulsão dos judeus da Espanha está associado ao processo de formação das Monarquias Nacionais – o Estado Moderno – na Europa Ocidental entre os séculos XV e XVI. Os reis católicos –Fernando de Aragão e Isabel de Castela – para além de assegurar sua soberania sobre o território simbolizado, entre outros aspectos, pela expulsão dos mouros com a conquista de Granada, conseguiram o apoio da Igreja para legitimar o processo de centralização do poder político então em curso e, nesse contexto, constituíram-se como uns dos baluartes da Contra-Reforma. O estabelecimento da Inquisição e a expulsão dos judeus estão associados a este processo. Já Auschwitz associa-se aos desdobramentos da tomada do poder pelos nazistas na Alemanha (1933-1945) que, entre outros aspectos, tinha no anti-semitismo uma de suas importantes bandeiras políticas. O racismo contra os judeus levou à formação de campos de concentração, dos quais Auschwitz é um exemplo, e levou igualmente a uma política de extermínio físico que ao término da Segunda Guerra Mundial constatou-se ao genocídio de cerca de seis milhões de judeus. Em ambos os episódios destacam-se a intolerância e o antissemitismo; no primeiro, liderado pela Igreja e no segundo, pelos nazistas que controlavam o poder na Alemanha.


60. (Mack-2007) Em todos os países, os reis eram então considerados personagens sagradas; pelo menos em certos países, eram tidos como taumaturgos. Durante muitos séculos, os reis da França e os reis da Inglaterra (para usar uma expressão já clássica) ‘tocaram as escrófulas’: significando que eles pretendiam, somente com o contato de suas mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia; acreditava-se comumente em sua virtude medical. Durante um período apenas um pouco menos extenso, os reis da Inglaterra distribuíram a seus súditos, mesmo para além doslimites de seus Estados, os anéis (os cramprings) que, por terem sido consagrados pelos monarcas, haviam supostamente recebido o poder de dar saúde aos epilépticos e de amainar as dores musculares.
Marc Bloch - Os reis taumaturgos

O trecho dado, da obra do historiador francês,
a) menciona superstições medievais que sobreviveram em tempos modernos, sem, contudo, possuir nenhum significado político ou religioso.
b) comprova a ligação da política absolutista européia com o charlatanismo dos curandeiros medievais
c) faz referência ao caráter sobrenatural que se atribuía ao poder dos reis em algumas monarquias europeias.
d) descreve as práticas mais comuns de exercício da medicina na Idade Moderna.
e) destaca o problema político que representavam os escrofulosos e os epilépticos para as monarquias medievais.


resposta da questão 60:[C]



61. (PASUSP-2009) Nicolau Maquiavel, em 1513, na Itália renascentista, escreveu:
Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) O príncipe não precisa possuir todas as qualidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), bastando que parente possuí-las. Um príncipe, se possível, não deve se afastar do bem, mas deve saber entrar para o mal, a se a isso estiver obrigado.
Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe.

Indique qual das afirmações está claramente expressa no texto:

a) Os homens considerados bons são os únicos aptos a governar.
b) O príncipe deve observar os preceitos da moral cristão medieval.
c) Fidelidade, humanidade, integridade e religiosidade são qualidades indispensáveis ao governante.
d) O príncipe deve sempre fazer o mal, para manter o governo.
e) A aparência de ter qualidades é mais útil ao governante do que possuí-las.



resposta da questão 61:[E]


62. (FGV-1996) Acerca do Absolutismo na Inglaterra, NÃO é possível afirmar que:
a) Fortaleceu-se com a criação da Igreja Anglicana.
b) Foi iniciado por Henrique VIII, da dinastia Tudor, e consolidado no longo reinado de sua filha Elizabeth I.
c) A política mercantilista intervencionista foi fundamental para a sua solidificação.
d) Foi consequência da Guerra das Duas Rosas, que eliminou milhares de nobres e facilitou a consolidação da monarquia centralizada.
e) O rei reinava mas não governava, a exemplo do que ocorreu durante toda a modernidade.




Resposta da questão 62:[E]

63. (Fuvest-1995) "Após ter conseguido retirar da nobreza o poder político que ela detinha enquanto ordem, os soberanos a atraíram para a corte e lhe atribuíram funções políticas e diplomáticas".

Esta frase, extraída da obra de Max Weber, POLÍTICA COMO VOCAÇÃO, refere-se ao processo que, no Ocidente:
a) destruiu a dominação social da nobreza, na passagem da Idade Moderna para a Contemporânea.
b) estabeleceu a dominação social da nobreza, na passagem da Antiguidade para a Idade Média.
c) fez da nobreza uma ordem privilegiada, na passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média.
d) conservou o privilégios políticos da nobreza, na passagem do Antigo Regime para a Restauração.
e) permitiu ao Estado dominar politicamente a nobreza, na passagem da Idade Média para a Moderna.


 Resposta da questão 63: [E]

64. (Fuvest-1996) No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). 
Apesar das transformações significativas terem se verificado na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o período final que ficou conhecido como "Revolução Gloriosa". Isto se explica porque:
a) em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o comércio mundial tornando-se a potência mais rica da Europa.
b) auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em 1688 forças contra-revolucionárias que, no continente, ameaçavam as conquistas de Cromwell.
c) mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova monarquia parlamentar consolidada em 1688.
d) as forças radicais do movimento, como Cavadores e Niveladores, que assumiram o controle do governo, foram destituídas em 1688 por Guilherme de Orange.
e) só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia e aburguesia, anulando-se as aspirações políticas da "gentry".

 

Resposta da questão 64:[C]



65. (UFRN-1997) Leia atentamente os documentos  seguintes:

Documento A
A Arte de Governar, segundo Luís XIV
"A França é uma monarquia. O rei representa a nação inteira, e cada pessoa não representa outra coisa senão um só indivíduo ante o rei. Em conseqüência, todo poder, toda autoridade, reside nas mãosdo rei, e só deve haver no reino a autoridade que ele estabelece. Deve ser o dono; pode escutar os conselheiros, consultá-los, mas deve decidir. Deus, que o fez rei, dar-lhe-á as luzes necessárias, contanto que mostre boas intenções."
LUÍS XIV. Memórias sobre el Arte de Governar. Tradução de M. Graneli. Buenos Aires: Espasa Caipe, 1947, p.59.

Documento B
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: 3 de setembro de 1791.
"Os representantes do povo, constituídos em Assembléia Nacional, consideram a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos homem como as causas únicas da calamidade pública e da perversão dos governos. (...) Por isso reconhece e declara a Assembléia Nacional, na presença e sob a proteção do Ser Supremo, os direitos seguintes do homem e do cidadã: (...)
A finalidade ulterior de toda a liga política é a preservação dos direitos humanos naturais e inalienáveis. Estes direitos são a liberdade, a posse, a segurança e a resistência à opressão.
A origem de toda a soberania vem essencialmente do povo. Nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade alguma que não a expressamente dele derivada. 
(...)
A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos estão autorizados a cooperar na sua criação, ou pessoalmente, ou pelos seus representantes. Deve ser a mesma para todos, seja para proteger, seja para castigar. Como todos os cidadãos ante seus olhos são iguais, todos, da mesma maneira, podem ser admitidos a todas as honrarias, cargos e funções públicas, com base em suas capacidades e sem outra diferenciação senão a de suas virtudes e suas vocações."
FRISCHAUER, Paul. Está escrito. São Paulo: Melhoramentos, [1972]. p. 229.

1. Conceitue as duas ideologias políticas representantes pelos dois documentos, salientando a fonte do poder dos governantes em cada caso.
2. Analise, à luz dos conceitos expressos no documento B, a política religiosa de Luís XIV.


resposta da questão 65:

 No texto A temos a concepção absolutista de Estado onde o poder emana do monarca, é ele quem centralizar o poder. Enquanto que no texto B temos a concepção liberal de Estado onde o poder é constituído a partir da decisão popular.
O documento B parte do princípio de que o governo estabelecido deve ser escolhido através de uma consulta popular, condizendo com os princípios liberais e iluminista, diferente do documento B em que o poder é determinado por uma escolha divina. 




66. (UNICAMP-1996) Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Conseqüentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.
(Jacques Bossuet, POLÍTICAS TIRADA DAS PALAVRAS DA SAGRADA ESCRITURA, 1709)
(...) que seja prefixada à Constituição uma declaração de que todo o poder é originalmente concedido ao povo e, conseqüentemente, emanou do povo.
(Emenda Constitucional proposta por Madison em 8 de junho de 1789)

a) Explique a concepção de Estado em cada um dos textos.
b) Qual a relação entre indivíduo e Estado em cada um dos textos?


resposta da questão 66:
 No primeiro temos uma concepção de um Estado absolutista em que o governante fundamenta seu governo em uma atribuição divina. Enquanto que no segundo temo uma concepção liberal – democrática de governo onde o governante é escolhido através de referendo popular.
Na primeira concepção de Estado o indivíduo possui um papel passivo em relação ao Estado de submissão perante o governante. Na segunda concepção o indivíduo possui um papel mais ativo em relação ao governo, já que ele escolhe através de eleições que o irá governar.

67. (UNICAMP-1997) A Revolução Gloriosa selou um compromisso entre a burguesia e a nobreza proprietária de terras, fortaleceu o Parlamento, e criou condições favoráveis ao desenvolvimento econômico inglês e à instauração do capitalismo industrial na Inglaterra.

a) Explique os interesses dos seguintes sujeitos sociais na Revolução Inglesa: monarquia, nobreza e burguesia.
b) De que maneira a Revolução Inglesa contribuiu para fazer da Inglaterra a maior potência econômica da época?




resposta da questão 67:
 A monarquia e nobreza tinham o interesse de permanecer governando a Inglaterra de maneira absoluta, enquanto que a burguesia pretendia transformar a Inglaterra em uma monarquia parlamentar, fortalecendo assim a burguesia.
Com a vitória da burguesia na Revolução Gloriosa os interesses burgueses preponderaram e todo as medidas por parte do Parlamento tinham a função de fortalecer a economia inglesa.

68. (Fuvest-1998) A partir da época moderna observa-se, em países da Europa ocidental, um progressivo fortalecimento das monarquias nacionais. Descreva as principais características políticas e econômicas desse processo entre os séculos XVI e XVII. 


resposta da questão 68:

O poder deixa de ser fragmentado nos feudos, com o renascimento do comércio e o surgimento de uma nova classe social, a burguesia, o rei através de aliança com os burgueses centralizar o poder não dependendo mais dos senhores feudais, abrindo caminho para o fortalecimento do Estado.

69. (UFPA-1998) Diferentes concepções teóricas de Estado foram elaboradas na Inglaterra, em momentos distintos, por Thomas Hobbes (1588-1679) e John Locke (1632-1704). 




resposta da questão 69:
Descreva as ideias fundamentais características do pensamento de Hobbes e Locke, explicando o que diferencia fundamentalmente as teses dos mencionados pensadores, com relação à organização do Estado.
Hobbes acreditava em um Estado despótico e centralizador, uma grande entidade pela qual todos os cidadãos deviam obediência, para ele este tipo de Estado era necessário para se contrapor ao Estado de natureza que o homem vivia e que poderia levar ao caos social. Enquanto que Locke acreditava em um Estado que deveria preservar os direitos naturais do homem (vida, liberdade e propriedade) mas sem tornar-se um Estado autoritário, para ele a sociedade civil estava acima do Estado.


70. (UNICAMP-1998) Sobre o governo dos príncipes, Nicolau Maquiavel, um pensador italiano do século XVI, afirmou:
O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades.(...) Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo freqüentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião (...). O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal, se necessário. 
(Adaptado de Nicolau Maquiavel, O Príncipe, em Os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1996, pp. 102-103)

A partir do texto, responda:
a) Qual o maior dever do príncipe?
b) Como o príncipe deveria governar para ter êxito?
c) De que maneira as ideias de Maquiavel se opunham à moral cristã medieval?


resposta da questão 70:
a) Governar controlando todas as esferas do poder, nem que para isso tivesse que ser dissimulado.
b)  “O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal, se necessário.”Ou seja, ele defende que os fins justificam os meios.
c) Manter-se no governo, utilizar-se de todos os meios possíveis para permanecer no poder porque Maquiavel fez uma análise real de como o governo deve ser mantido rompendo com a moral religiosa de que o monarca de sempre respeitar os valores da bondade cristã para com seu povo, e sim o monarca de saber o momento de ser bom e o momento de ser mau.

71. (FGV-1998) A Revolução Gloriosa de 1688, na Inglaterra, teve como desfecho a assinatura da Declaração de Direitos por Guilherme de Orange. As medidas abaixo fazem parte do conteúdo da Declaração, com exceção de:
A) a orientação religiosa do rei poderia ser católica ou protestante;
B) os impostos só poderiam ser aumentados ou criados com a aprovação do Parlamento;
C) garantia do direito de expressão dos membros do Parlamento;
D) o rei não poderia impedir que as leis aprovadas pelo Parlamento entrassem em vigor;
E) ilegalidade da manutenção de um exército permanente mobilizado em tempo de paz.


Resposta da questão 71:[A]



72. (FGV-2002) Efetivamente, em todos os pontos do reino onde se obtém a mais fina lã, portanto a mais preciosa, os senhores, os nobres e até os santos abades não se contentam mais com os rendimentos e produtos que seus antepassados costumavam retirar de seus domínios. Não lhes é mais suficiente viver na preguiça e nos prazeres; estes homens, que nunca foram úteis à sociedade, querem-lhe ainda ser nocivos. Não deixam nenhuma parcela de terra para ser lavrada; toda ela transformou-se em pastagens. Derrubam casas, destroem aldeias, e, se poupam as igrejas, é, provavelmente, porque servem de estábulos a seus carneiros
[...]
Assim, para que um insaciável devorador, peste e praga de seu próprio país, possa abarcar num único campo milhares de braças, uma quantidade de pequenos agricultores se vêem escorraçados de seus bens. Uns saem enganados, outros são expulsos à força; alguns, enfim, cansados de tantos vexames, se vêem forçados a vender o que possuem. 
Enfim, esses infelizes partem, homens e mulheres, casais, órfãos, viúvos, pais com os filhos nos braços.Todos emigram, largam seu lugares, os lugares onde viveram, e não sabem onde se refugiar.Toda a sua bagagem, que pouco valeria se tivessem a possibilidade de esperar um comprador, é cedida a preço vil, dada a necessidade de dela se desfazerem. Logo os veremos errantes, privados de qualquer recurso. Só lhes resta roubar e serem enforcados, segundo as regras.
Thomas Morus, A Utopia. 2ª ed., Brasília, Ed. Universidade de Brasília, 1982, p. 16.

O texto refere-se a um importante elemento no processo de transição do feudalismo para o capitalismo na Inglaterra. 
Tal elemento é conhecido como:
A. Arroteamento, ou seja, o aproveitamento de novas terras para as atividades agrícolas.
B. Aforamento, ou seja, um tipo de concessão de terras a camponeses.
C. Afolhamento, ou seja, a organização das parcelas a serem cultivadas.
D. Cercamento, ou seja, a separação e a apropriação individual das terras comuns e dos campos abertos.
E. Descimento, ou seja, a ocupação de terras baixas para a criação de animais.




Resposta da questão 72:[D]



73. (UFBA-2002) Novas idéias surgiram com o Iluminismo, movimento intelectual ocorrido no século XVIII, tendo reflexos importantes em diferentes esferas da vida humana. Identifique os fragmentos de textos que correspondem corretamente a esse novo momento:

(01) "O rei não obtém a coroa pela eleição do povo e, portanto, não depende da sua aprovação."
(02) "É possível estabelecer com simplicidade o núcleo da ideia do contrato social; cada um de nós coloca sua pessoa e autoridade sob a direção suprema da vontade geral (...)."
(04) "Para que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder suspenda o poder."
(08) "Que cada um seja livre de cultivar no seu campo as 
produções que o seu interesse, as suas faculdades e a natureza do Terreno lhe sugiram para obter a maior produção possível (...) Que se mantenha a mais inteira liberdade de comércio (...)"
(16) "As colônias não podem esquecer jamais o que devem à mãe-pátria pela prosperidade de que desfrutem. Devem  (...) dar à metrópole maior mercado aos seus produtos (...)."
(32) " (...) O progresso dos conhecimentos desenvolve a fé em um progresso contínuo da humanidade, em direção a um estágio superior."
(64) "De todas as classes que ora enfrentam a burguesia, só o proletariado é uma classe verdadeiramente revolucionária (...)."



Resposta da questão 73: 04+08 = 12




74. (FGV-2005) (...) nenhuma mercadoria produzida ou fabricada na África, Ásia e América será importada na Inglaterra, Irlanda ou País de Gales, Ilhas Jersey e Guernesey, e cidade de Berwick sobre o Tweed, outros navios senão nos que pertencem a súditos ingleses, irlandeses ou galeses e que são comandados por capitães ingleses e tripulados por uma equipagem com três quartos de ingleses (...) nenhuma mercadoria produzida ou fabricada no estrangeiro e que deve ser importada na Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Ilhas Jersey e Guernesey deverá ser embarcada noutros portos que não sejam aqueles do país de origem (...)
(English historical documents, Apud Pierre Deyon, O mercantilismo)

Esses são fragmentos do Ato de Navegação, que traz como decorrência para a Inglaterra
A) a perda de vastos territórios coloniais para a Holanda e Portugal, pois a marinha inglesa de guerra ficou inferiorizada.
B) o apoio, de forma decisiva, na formação dos Estados Gerais da República das Províncias Unidas, hoje Holanda.
C) o acirramento das rivalidades econômicas com os holandeses e o fortalecimento do comércio exterior inglês.
D) o reforço do absolutismo da dinastia Tudor e a eclosão da Revolução Puritana, liderada pelos levellers.
E) a garantia da presença do capital inglês na exploração do ouro e das pedras preciosas em Minas Gerais.





Resposta da questão 74:[C]


75. (FUVEST-2006) Felipe II, rei da Espanha, entre 1556 e 1598, não conseguiu impedir a revolta dos holandeses 
(Países Baixos setentrionais).
Luís XIV, rei de França, entre 1643 e 1715, não conseguiu conquistar a Holanda. Nos dois enfrentamentos, estiveram em jogo concepções político-religiosas opostas e estruturas socio-econômicas distintas.

Explique
a) essas concepções político-religiosas opostas.
b) essas estruturas socioeconômicas distintas.




resposta da questão 75:


a) No caso de França e Espanha, predominava a concepção de um Estado absolutista centralizado, com o poder real legitimado pela Igreja Católica (direito divino) e praticante da intolerância religiosa. No caso da Holanda, tratava-se de um pequeno Estado nacional, formado por cidades com certa autonomia, intensamente voltado para o comércio, protestante (calvinista) e tolerante quanto à religião.

b) As monarquias da França e da Espanha adotavam rígida política intervencionista nos moldes do mercantilismo, enquanto na Holanda a atividade mercantil era mais livre, com o predomínio de iniciativas particulares, por exemplo, em companhias de comércio.


76. (FGV-SP-2009) As ideias expressas nos excertos abaixo vieram a público na Inglaterra do século XVII, formuladas num documento fundamental da história do direito e do pensamento político; após lê-las e analisa-las atenciosamente, responda aos subitens da Questão.
“Quando um cidadão inglês é preso, deve ele, nas vinte e quatro horas seguintes, receber a notificação escrita do delito que lhe é imputado. 
À exceção dos atos de alta traição ou de delitos excepcionalmente graves, qualquer pessoa presa pode obter sua liberdade provisória, através de fiança.
[...]
Todo oficial de justiça, magistrado ou carcereiro, que violar de qualquer maneira o “Habeas Corpus” deverá pagar 500 libras de indenização à parte lesada.”

(“Bill do Habeas Corpus” ó 1679, in Mosca, Gaetano, “História das doutrinas políticas”)



a) Quais os fatos mais marcantes da vida social e política na Inglaterra no período em que tal documento foi elaborado?

b) Depois da Guerra Civil (1646-1650), em que o rei Carlos I foi executado, como podemos caracterizar politicamente o período de governo do partido puritano de Oliver Cromwell e as suas relações com o Parlamento e a burguesia comercial?

c) Explique o que foi a chamada Revolução Gloriosa de 1689 e qual o seu significado para o poder dos reis, para o Parlamento e para as leis ó como a do “Habeas Corpus” o que estabeleciam garantias individuais na Inglaterra.




resposta da questão 76:

a) Na vida social inglesa, destacou-se a ascensão da burguesia, em meio à crescente urbanização, relacionada ao desenvolvimento comercial e ao aprofundamento do processo de cercamentos.
Na esfera política, o século XVII ficou marcado pelos confrontos entre a Monarquia e o Parlamento nas revoluções Puritana e Gloriosa.
b) Oliver Cromwell e o partido puritano governaram a Inglaterra durante o “intervalo” republicano entre as duas revoluções (Puritana e Gloriosa).
Durante seu governo, Cromwell perseguiu e expulsou seus rivais do Parlamento, concentrando poder a ponto de tornar-se, de fato, um ditador (Lorde Protetor Perpétuo da Inglaterra). Ao promulgar os Atos de Navegação, estabelecendo a exclusividade no comércio marítimo inglês, favoreceu a burguesia comercial.

c) A Revolução Gloriosa foi a conclusão de uma série de disputas religiosas, políticas e sociais que ocorreram na Inglaterra ao longo do século XVII. Esse movimento eclodiu em meio à construção da ideologia liberal e instituiu no país uma monarquia parlamentar. Como consequência, o rei teve seus poderes limitados, perdendo espaço para o Parlamento, que adquiriu a autoridade de elaborar leis e, assim, estabelecer garantias individuais.


Um comentário:

  1. Parabéns!!!! questões obvias, com respostas precisas. me ajudou bastante na construção de atividades para inhas turmas de primeiros anos.

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