domingo, 24 de março de 2013

Confira a correção da P2 de História do 1° bimestre (Primeiro ano)



História
Primeiro ano


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1. (Enem 2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de

a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.




Resposta da questão 1:[A]

O sistema colonial desenvolvido durante a Idade Moderna enquadra-se no processo de expansão do comércio, responsável por fortalecer o Estado absolutista e possibilitou o enriquecimento da camada burguesa. Todo o processo de exploração colonial tinha como objetivo gerar riqueza, acumulada segundo a visão mercantilista de economia.




2. (Enem 2012) Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio.
VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma relação entre a Paixão de cristo e

a) a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros.
b) a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.
c) o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.
d) o papel dos senhores na administração dos engenhos.
e) o trabalho dos escravos na produção de açúcar.




Resolução:
No sermão descrito na questão é comparada a Paixão de Cristo com o sofrimento dos escravos nos engenhos de açúcar no Nordeste brasileiro. A cruz de Cristo é associada à estrutura de madeira do engenho, Jesus despido ao escravo e seu sofrimento relaciona-se aos castigos sofridos pelos escravos.

Resposta da questão 2: [E]





3. (FGV) "Oh, se a gente preta tirada das brenhas da sua Etiópia, e passada ao Brasil, conhecera bem quanto deve a Deus e a Sua Santíssima Mãe por este que pode parecer desterro, cativeiro e desgraça, e não é senão milagre, e grande milagre!"
VIEIRA, Padre Antônio. Sermão XIV. Apud: ALENCASTRO, Luiz Felipe de, "O Trato dos Viventes". São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 183.

Sobre a escravidão no Brasil no período colonial, é correto afirmar:
a) O tráfico de escravos no século XVIII era realizado por comerciantes metropolitanos e por "brasílicos" que saíam do Rio de Janeiro, Bahia e Recife com mercadorias brasileiras e realizavam trocas bilaterais com a África.
b) A produção econômica colonial era agroexportadora, baseada na concentração fundiária e no uso exclusivo do trabalho escravo.
c) O tráfico de escravos para o Brasil, no século XVIII, era realizado exclusivamente por comerciantes metropolitanos. A oferta de mão-de-obra escrava era contínua e a baixos custos.
d) O tráfico de escravos no século XVIII era realizado apenas por comerciantes "brasílicos". A oferta de mão-de-obra, contudo, era descontínua e a altos custos.
e) O século XVII marcou o auge do tráfico de escravos no Brasil, para atender à demanda do crescimento dos engenhos de açúcar, com uma oferta contínua e a altos custos.


resposta da questão 3:[A]

Durante boa parte do período colonial brasileiro o tráfico negreiro esteve controlado por comerciantes portugueses e famílias luso-brasileiras estabelicidas no litoral do continente africano. 

4. (CNDL) O Nordeste do Brasil reunia condições naturais para a produção de açúcar, mercadoria de grande valor e aceitação no mercado internacional: clima adequado, solo de massapé e abundância de recursos hídricos. Esse fato estimulou a vinda de muitos colonos portugueses para a América e o aumento dos engenhos coloniais, unidades produtoras de açúcar.
Com base no exposto, apresente quatro fatores que influenciaram a introdução da plantation açucareira na América portuguesa no período colonial brasileiro.



resposta da questão 4:

O aluno poderia mencionar o fato do açúcar ser um produto bastante lucrativo na Europa, o grande mercado consumidor no continente europeu, o apoio de comerciantes holandeses que participação do financiamento da produção, do transporte, refino e distribuição do produto na Europa, a experiência portuguesa no cultivo de cana de açúcar em suas ilhas atlânticas, e ainda, as condições geográficas favoráveis na América Portuguesa.



5. (Unesp) A cana-de-açúcar começou a ser cultivada igualmente em São Vicente e em Pernambuco, estendendo-se depois à Bahia e ao Maranhão a sua cultura, que onde logrou êxito - medíocre como em São Vicente ou máximo como em Pernambuco, no Recôncavo e no Maranhão - trouxe em conseqüência uma sociedade e um gênero de vida de tendências mais ou menos aristocráticas e escravocratas.
(Gilberto Freyre, "Casa-Grande e Senzala".)

Tendo por base as afirmações do autor e seus conhecimentos históricos,
a) cite um motivo do maior sucesso da exploração da cana-de-açúcar em Pernambuco do que em São Vicente.



b) Explique por que o autor definiu "o gênero de vida" da sociedade constituída pela cultura da cana-de-açúcar como apresentando "tendências mais ou menos aristocráticas".



resposta da questão 5:



a) Tendo por base as afirmações de Gilberto Freyre, é impossível saber os motivos do êxito da produção de açúcar em Pernambuco ou seu fracasso em São Vicente.
Levando em consideração os conhecimentos históricos, sabe-se que o fator fundamental é o geográfico. Enquanto a capitania de Pernambuco estava mais próxima do Reino e em sua zona da mata existiam extensas manchas de massapê (terra propícia ao cultivo da cana de açúcar), na Baixada Santista havia um vasto manguezal (áreas alagadiças, imprópria para o cultivo da cana). Além disso, era muito difícil ocupar as terras férteis do planalto paulista devido à Serra do Mar, na época considerada uma “muralha” quase intransponível.

b) Os grandes proprietários rurais, especialmente os senhores de engenho, eram donos de muitos escravos, de capitais vultosos e de vastos recursos técnicos. Todo esse poder e essa imensa riqueza permitiam ao empresário colonial um exagerado comportamento ostentatório. Esse “gênero de vida” era característico da nobreza européia. Por isso, chamamos a camada dominante colonial das áreas agroexportadoras de aristocracia agrária.



Segundo ano

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