domingo, 13 de fevereiro de 2011

COLÉGIO NOTRE DAME DE LOURDES - CNDL

PRIMEIRO ANO - PRIMEIRO BIMESTRE

HISTÓRIA DO BRASIL

A AMÉRICA PORTUGUESA

De olho no vestibular

Q1. (UFMG – 2010) Leia este trecho do documento:

Eu el-rei faço saber a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto serviço de Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações das terras do Brasil e dar ordem e maneira com que melhor e seguramente se possam ir povoando para exaltamento da nossa santa fé e proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais deles ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza e povoação grande e forte em um lugar conveniente para daí se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e prover nas coisas que cumprirem a meus serviços e aos negócios de minha fazenda e a bem das partes [...]

É CORRETO afirmar que, nesse trecho de documento, se faz referência

A) à criação do Governo Geral, com sede na Bahia.

B) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro.

C) à implementação da Capitania-sede em São Vicente.

D) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no nordeste.

Q2. (UFC – 2008) Leia o texto que segue:

Conversava, como se fosse para uma feira. (...) dirigi-lhe mais uma vez a palavra, pois os maracajás

eram amigos dos portugueses (...) Ao que retrucou ele que sabia bem, nós não comíamos carne humana. Depois lhe disse que devia ter ânimo, pois comeriam apenas a sua carne; seu espírito iria a uma outra região, para onde vai também o espírito da nossa gente e lá há muita alegria. Perguntou ele se isto eraverdade. Referi que sim e respondeu-me que nunca havia visto Deus. Concluí dizendo que veria Deus na outra vida e deixei-o quando terminou a conversa.

(STADEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1974, p. 112-113).

No trecho acima, o explorador alemão Hans Staden narra o seu diálogo com um índio maracajá,

prisioneiro, como ele, dos tupinambás, nos meados do século XVI. Analisando esse relato, infere-se que:

A) o narrador sugere o papel civilizador do cristianismo frente à barbárie dos nativos.

B) Hans Staden procura convencer o companheiro de sina da sacralidade do canibalismo.

C) a separação entre carne e espírito, aludida pelo explorador, sinaliza sua adesão a crenças pagãs.

D) o maracajá se mostra desconsolado com o destino, visto que não havia maior desonra a um indígena

que ser devorado pelo inimigo.

E) a prática do canibalismo foi inexistente, e sua invenção deve-se aos colonizadores, sequiosos por

legitimar o desígnio da conquista.

Q3. (UFBA. 2009)

As eleições no Brasil não constituem uma experiência recente. O exercício do voto nas terras do Brasil remonta ao Período Colonial, desde a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias, com a criação das Câmaras Municipais, nas vilas oficialmente estabelecidas por Ordens Régias;
As Câmaras Municipais {...} eram órgãos encarregados dos assuntos de natureza administrativa, política ou judiciária, cuja organização se da por membros eleitos pela comunidade.

(CACERES, 1993. P.39)
De acordo com o texto e com base nos conhecimentos sobre eleições no Brasil desde 1532 – quando foi instalada a Câmara/Casa da Câmara em São Vicente – até os dias atuais, pode-se afirmar:

a) As eleições par composição das Câmaras Municipais no Brasil Colonial, ao privilegiar o direito de voto e de eleição aos senhores de terras, aprofundavam as diferenças sociais entre senhores, brancos pobres, negros e índios.
b) A divulgação das eleições no Brasil Colonial, que ocorria nos centros urbanos do litoral, ficava sob a responsabiidade dos órgãos da imprensa, controlados pelas Igreja.
c) As eleições, no Brasil Monárquico, eram consideradas censitárias e indiretas, porque se baseavam no censo que classificava os votantes, eleitores e elegíveis a partir de critérios de renda econômica e situação civil.
d) O cargo de Primeiro Ministro, no Brasil Monárquico, à semelhança do parlamentarismo inglês, era preenchido por eleições diretas, na qual apenas os escravos eram excluídos do processo eleitoral.

Q4. (UFBA – 2009) A FUNAI divulgou um conjunto de fotos impressionantes que correram mundo. As imagens, feitas de um avião, mostram um grupo de índios semi-nus ao lado de suas malocas. Com o corpo pintado de vermelho e negro, eles apontam suas flechas na direção da aeronave. Segundo o órgão, trata-se de uma tribo de etnia desconhecida que vive isolada da civilização no Acre. A FUNAI sabia da existência do grupo, mas nunca havia conseguido fotografá-lo. Especialistas estimam que nos nove estados que compõem a Amazônia Legal existam ainda hoje quase setenta tribos de índios isolados — ou seja, que rejeitaram ou não tiveram nenhum contato com não-índios. A política da FUNAI em relação a esses grupos é de não-interferência. Não foi sempre assim. (CARNEIRO, 2008, p. 72).


Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre a situação dos povos indígenas ao longo da história do Brasil até os dias atuais, pode-se afirmar:

a) A convivência dos povos indígenas com os europeus no litoral das terras do Brasil, nos séculos XVI e XVII, foi marcada pela cordialidade e pela mútua compreensão das diferenças que os distanciavam, resultando na manutenção integral das estruturas culturais indígenas pré-existentes.

b) O escambo e a escravidão foram formas de exploração do trabalho indígena pelos portugueses nas terras do Brasil, durante os três séculos de colonização, variando a sua aplicação a depender das necessidades de cada região e dos acontecimentos que marcaram o relacionamento entre os dois povos.

c) O extermínio das nações indígenas das áreas litorâneas e interioranas do país, ao longo de sua história, resultou da incapacidade de aqueles povos se adequarem às formas superiores e civilizadas da sociedade que se constituiu no Brasil.

d) A política de “não interferência”, a que o texto se refere, foi iniciada pelos portugueses durante o Período Colonial, por orientação das leis metropolitanas, e continua mantida pela FUNAI, até os dias atuais.


Q8. (UFMG - 2007) Observe esta imagem:
Reprodução



Adoração dos Magos, atribuída a Vasco
Fernandes e a Jorge Afonso, pintada na
Sé de Viseu, em Portugal, entre 1501 e
1505.

Com base nas informações dessa imagem e em outros conhecimentos sobre o
assunto, é INCORRETO afirmar que a descoberta do Novo Mundo e, particularmente,
do Brasil levou os portugueses a representar
A) a América e sua população, novidade com que se defrontavam, inserindo-as em
quadros mentais antigos.
B) a América, sua natureza e sua população, reconhecendo-as na sua alteridade
em relação ao mundo europeu.
C) os povos da América em conformidade com as crenças – sobretudo as cristãs – em
voga, então, no Continente Europeu.
D) um dos Reis Magos como um índio da América, fazendo-o substituir aquele que
é, usualmente, representado como negro.

Q9. (UESPI - 2010) Oeiras, antiga capital do Piauí, tem área aproximada de 2.719.536 km2. Como tantas outras cidades brasileiras ela teve origem em uma fazenda, no caso, a Cabrobó, de grandes dimensões territoriais. A organização fundiária no Brasil, estruturada na grande propriedade, é um legado colonial instituído pelo sistema de
a) Sesmarias.
b) Capitanias Hereditárias.
c) Colonato.
d) Subvenções.
e) Donatárias.

Q10. (UFPA - 2010) Com a Lei de 25 de março de 1570, a Coroa portuguesa procurou regulamentar a escravidão indígena, determinando duas situações em que tal prática seria considerada legítima: “Guerra Justa” e “tropas de resgate”. No entanto, colonos e missionários deveriam provar diante das autoridades coloniais a legitimidade do cativeiro, a fim de evitar abusos. Sobre esse contexto, é correto afirmar:
(A) Contrários à escravidão indígena, os missionários fiscalizavam rigorosamente as ações dos colonos; apenas eram aprisionados índios em situação de guerra justa ou tropa de resgate.
(B) Sabendo que a ação fiscalizadora da Coroa portuguesa era rigorosa, os colonos respeitavam a lei, apenas escravizando índios na situação legalmente determinada como legítima.
(C) Após a verificação da legitimidade dos cativeiros, os índios eram separados por etnia e assim enviados às missões, formadas exclusivamente por índios que falavam a mesma língua.
(D) Muitos índios aprisionados eram ameaçados e declaravam falsamente que haviam sido resgatados dos rituais de antropofagia, o que gerava fraude na lei que regulamentava o cativeiro indígena.
(E) Graças à verificação da legitimidade do cativeiro, a escravidão indígena no Brasil foi insignificante, razão pela qual a mão-de-obra indígena foi substituída pela do africano.

GABARITO

A: 03; O7; 08; 10
B: 02; 06
C: 01; 04
D: 05; 04

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