domingo, 4 de maio de 2014

Roteiro de estudos: Bizantinos e Árabes

Roteiro de estudos: Bizantinos e Árabes

Lista de questões - História Geral - 
Império Bizantino e  Império árabe

1. (UFPR 2013) Considere a seguinte afirmação sobre o termo bizantino: 

 “É essencial lembrar que bizantino não tem conotação étnica, mas civilizacional (...). O termo bizantino foi vulgarizado apenas a partir do século XVI, depois do desmembramento do império, que, em vida, se via como herdeiro e continuador do império Romano.” 
(FRANCO JR., Hilário; ANDRADE FILHO, Ruy de Oliveira. O Império Bizantino. SP: Brasiliense, 1987, p. 7-8) 

 Em que medida o Império Bizantino pode ser considerado herdeiro e continuador do Império Romano? 
Estabeleça as diferenças entre esses dois impérios entre os séculos V e VII. 


resposta da questão 1: 
 O próprio império bizantino se autodenominava: “império romano” (nem do oriente eles usavam). A legislação era de total inspiração no código romano, tendo sua reformulação com Justiniano (“Codex Iuris Civilis”). Eles herdaram o território oriental das conquistas romanas, sua hierarquia social e a organização cristã do Estado. 
 As diferenças básicas são a longa existência do bizantino e a frágil situação do romano ocidental. A data colocada para as diferenças leva o vestibulando a um erro, pois o dito Império Romano do Ocidente cai na metade do século V, isso se considerarmos como um império porque, na realidade, ele já estava todo fragmentado, ao contrário do bizantino que à época estava forte e realizando suas reconquistas. 


2. (UFTM) Observe a fotografia de 31 de outubro de 2010 que registrou peregrinos no círculo da Caaba na Grande Mesquita, em Meca, Arábia Saudita.

No islamismo, que conta com milhões de adeptos no mundo contemporâneo, a peregrinação
(A) é sinônimo de guerra santa e deve ser realizada por convocação de um aiatolá.
(B) foi instituída depois da morte de Maomé, para homenagear o fundador do Islã.
(C) deve ser realizada pelo menos uma vez na vida, pelos fiéis com condições físicas e financeiras.
(D) exige grande sacrifício, pois o fiel deve conservar-se em jejum durante todo o período.
(E) dificultou a expansão do Islã para além do Oriente Médio, pelas obrigações que impunha.

resposta da questão 2:[C]
Comentário da questão:
A Peregrinação à Meca é considerada como uma das 5 obrigações  de um fiel muçulmano. Os muçulmanos
denominam de “pilares” do islamismo aquilo que no ocidente denomina-se “obrigação”. Importante notar como na alternativa correta que são dispensados da peregrinação aqueles que não possuem condições físicas ou financeiras.


3. (Unicamp 2012) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo.
Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe.

(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes, História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30.)


Resposta da questão 3:[B]
Comentário da questão: 
A questão pode ser respondida a partir da leitura do texto e de conhecimentos gerais sobre a expansão islâmica e não é necessário o conhecimento específico sobre os povos africanos e seu processo de islamização.
Por conta de interesses comerciais, grupos árabes estabeleceram contato e se misturavam a povos africanos, num processo de interação cultural que, mais tarde, contribuiu para a difusão da religião. Esses grupos mercantis eram minoritários e existiram em diversas regiões da África, mesmo sob domínio de outros povos. O texto destaca que alguns grupos africanos – e não árabes – foram, posteriormente, responsáveis pela expansão do islamismo para diversas partes do interior do continente.


4. (UESPI 2012) As pregações de Maomé não agradaram a grupos 
importantes, politicamente, da sociedade árabe. Suas concepções e crenças: 
A) adotavam o monoteísmo e tinham relações com o cristianismo, conseguindo adesão de muitos que visitavam Meca. 
B) eram elitistas, sem preocupação com a situação de miséria da época e a violência das guerras entre as tribos. 
C) desconsideravam as questões sociais e visavam firmar um império poderoso para combater os cristãos no Ocidente. 
D) defendiam a liberdade para todos os povos e prescindiam da adoção de um livro sagrado para orientar as orações. 
E) tinham relações com a filosofia grega, desprezando o espiritualismo exagerado e organizando o poder dos sacerdotes. 




resposta da questão 4:[A]
Comentário da questão:
A "sociedade árabe" não tinha grupos políticos importantes. Os árabes eram divididos politicamente em cidade e tribos rivais. As pregação de Maomé, ainda em Meca, desagradavam a elite governante da cidade, que controlava o comércio e obtinha grandes lucros com a peregrinação à cidade. Essa elite temia que a pregação monoteísta acabasse com a prática de peregrinação e afetasse o comércio, daí as perseguições que resultaram na hégira.    
     


5. (Ufrgs 2008) Assinale a alternativa que apresenta um dos resultados do entrecruzamento de culturas no Império Bizantino. 
a) As artes visuais diversificaram-se a ponto de serem eliminadas as características estéticas de inspiração greco-cristã. 
b) A adoração popular a ícones religiosos gerou crises na Igreja de Bizâncio. 
c) Elementos clássicos, como a retórica e a língua grega, foram superados em função da interação cultural cosmopolita. 
d) A arquitetura passou a primar pela simplicidade, a fim de se adequar à doutrina religiosa ortodoxa. 
e) A estrutura jurídica do Império Bizantino não sofreu a influência do direito romano. 



resposta da questão 5:[B]





6. (UFPE/2010) Os bizantinos conseguiram construir um grande império na Idade Média, com importantes feitos que influenciaram, em muitos aspectos, a cultura ocidental. A organização econômica das sociedades bizantinas: 

A) Fazia prevalecer a utilização da propriedade agrícola, pois o Estado era centralizador e autoritário. 
B) Teve em Constantinopla seu centro de atividades comerciais, graças à venda das especiarias da época. 
C) Repetia o modelo da Europa Ocidental, com a mão de obra escrava e controlada pela nobreza. 
D) Prescindia de banqueiros poderosos, pois o básico era o comércio e o latifúndio pertencente ao Estado. 
E) Conseguia realizar transações comerciais com as cidades italianas, promovendo atividades agrícolas que lembravam o feudalismo.

Resposta da questão 6: FVFFV 
 Justificativa: 
0-0) Falsa. Havia propriedade agrícola, mas com controle da Igreja em sua maior parte, à semelhança do feudalismo. 
1-1) Verdadeira. Constantinopla era um centro urbano populoso, de intensas atividades econômicas, que se destacava na época medieval. 
2-2) Falsa. Era utilizada a mão de obra servil, com grupos poderosos ligados às finanças e ao comércio. 
3-3) Falsa. Era grande a movimentação financeira, devido à vida urbana marcada por muitas atividades econômicas. 
4-4) Verdadeira. Era importante o comércio de especiarias com as cidades italianas, e suas atividades agrícolas tinham semelhanças com o feudalismo. 

7. (UFPR 2011) A presença islâmica na Península Ibérica estende-se desde 711, data da Batalha de Guadalete, quando os visigodossão vencidos pelos invasores árabes, até o século XV, quando, em 1492, os reis católicos da Espanha conquistam oreino de Granada, último núcleo muçulmano na Península. Tal convivência entre as culturas ocidental e árabe num mesmo espaço geográfico, durante cerca de sete séculos, teve como consequência principal:

a) a realização de uma síntese cultural que gera, nos séculos medievais, uma cultura peninsular mais pobre do que emqualquer outra parte da cristandade ocidental.
b) a interpretação e atualização da cultura clássica na cristandade ocidental através das contribuições dos árabes.
c) uma simpatia permanente entre cristãos e árabes que limitou o movimento das Cruzadas na Terra Santa.
d) o atraso da Península Ibérica nas ciências ditas experimentais – medicina, astronomia, matemática, cartografia e geografia.
e) o desenvolvimento de um estilo artístico nas mesquitas que privilegia as representações de figuras humanas.


resposta da questão 7:[B]
Comentário da questão:
Destaca-se a tolerância dos árabes muçulmanos nesse período, responsáveis pela convivência com diversos povos. Na Península Ibérica, intelectuais árabes traduziram diversas obras de autores gregos e romanos e, dessa forma, contribuíram para a difusão da cultura clássica na Europa medieval.


8. (UFJF)  Leia o trecho abaixo a responda ao que se pede. 
 Quando Maomé fixou residência em Yatrib, teve início uma fase decisiva na vida do profeta, em seu empenho de fazer triunfar a nova religião. A cidade de Yatrib, que doravante seria chamada Medina (cidade do profeta), tornou-se sede ativa de uma comunidade da qual Maomé era o chefe espiritual e temporal.

A) Que tipo de Estado (forma de governo) foi criado por Maomé na Arábia por volta de 615 e, posteriormente, adotado em várias regiões conquistadas pelo Islã? 



B) Cite e analise UMA SEMELHANÇA e UMA DIFERENÇA entre a religião muçulmana e a religião cristã 
durante a Idade Média. 

resposta da questão 8:
a) Estado teocrático/Estado muçulmano 

b) Semelhança: 
O candidato poderá destacar entre outros aspectos: ambas as religiões são monoteístas fazem referência ao mesmo Deus; ambas têm um caráter expansionista e ideal de conversão; ambas pregam a destruição de imagens de religiões pagãs em áreas convertidas; ambas apresentam dissensões político-religiosas no seu interior. 

Diferença: 
O candidato poderá destacar entre outros aspectos: os calendários (o cristianismo inaugurou um novo calendário e o islamismo reformulou o cristão); as localizações geográficas (o centro do império cristão era Roma e o do islã na Arábia); os lugares sagrados (Meca); Maomé era o último profeta de Jesus, mas não era um ser divino); os diferentes livros sagrados (Bíblia e Alcorão). 



9.(UFPE 2011)  A religião muçulmana foi eixo da cultura de muitos povos e estimulou conquistas importantes no campo das vitórias imperialistas. Possui semelhanças com a religião cristã, embora mantenha tradições vindas de outros credos. A propósito, a religião muçulmana: 
0-0) cultua um único Deus, além de, como os cristãos, acreditar na existência do bem e do mal. 
1-1) ficou ausente dos feitos culturais da literatura medieval, vinculando-se apenas às reflexões filosóficas. 
2-2) acredita nas revelações de Maomé, seu grande profeta, que prometia o paraíso para seus seguidores. 
3-3) se rege pelo Livro do Alcorão, onde se pode encontrar os princípios que definem suas crenças e suas relações com o judaísmo. 
4-4) desconfia das promessas de um juízo final, embora acredite na existência do inferno e do paraíso.


Resposta: VFVVF 

 Justificativa: 
0-0) Verdadeira. A religião muçulmana adota o monoteísmo e condena os que não acreditam na existência do bem e do mal. 
1-1) Falsa. Contribuiu também para a difusão da literatura no mundo medieval, inclusive na Europa. 
2-2) Verdadeira. Maomé foi o grande articulador da religião, profeta até hoje consagrado pelos seus adeptos. 
3-3) Verdadeira. O Alcorão é o livro mais importante da religião muçulmana, onde se encontram seus princípios e sua constituição. 
4-4) Falsa. A religião muçulmana acredita no juízo final, no inferno e no paraíso, seguindo a tradição de religiões da Antiguidade.


10. (Upe 2011)  O Islamismo – religião pregada por Maomé e seus seguidores – tem hoje mais de 1 bilhão de fiéis espalhados pelo mundo, sendo ainda predominante no Oriente Médio, região onde surgiu. Um dos principais fundamentos da expansão muçulmana é a Guerra Santa. A respeito dos muçulmanos, é correto afirmar que

a) a expansão árabe-muçulmana acabou por islamizar uma série de povos, exclusivamente árabes.
b) o povo árabe palestino, atuando na revolução armada palestina, rejeita qualquer solução que não a libertação total do Estado de Israel.
c) em Medina, a religião criada por Maomé, embora tenha crescido rapidamente e tenha criado a Guerra Santa – Gihad – não teve caráter expansionista.
d) a história do Líbano contemporâneo esteve sempre ligada à busca de um certo equilíbrio entre várias comunidades que compõem o país, especialmente as duas mais importantes: xiitas e cristãos. 
e) a facção dos fundamentalistas islâmicos pertence à corrente xiita, sendo que os mais radicais repudiam os valores do mundo ocidental moderno.


Resposta da questão 10:[D]
Comentário da questão:
Povos de origem persa, norte-africanos e ibéricos foram islamizados a partir do século VII. O povo árabe palestino é formado a partir de diferenças políticas e nem todos defendem a luta armada contra Israel. Apesar do conceito de Gihad estar equivocado, a religião adquiriu um caráter expansionista. Existem diversos grupos considerados fundamentalistas e podem ser xiitas ou sunitas.
A melhor resposta é D, apesar de imprecisa, pois, no Líbano temos muçulmanos xiitas 41%, muçulmanos sunitas 27%, cristãos maronitas 16%, drusos 7%, ortodoxos gregos 5% e católicos 3%.O país tem um sistema de governo que reflete a composição religiosa do país e busca sempre o equilíbrio.
O presidente do Líbano  é sempre um maronita, o primeiro-ministro é um muçulmano sunita, o presidente do Parlamento é xiita, e o comandante do Exército é um maronita.


11. Defina o movimento iconoclasta, ocorrido no Império Bizantino.


resposta da questão 11:
O movimento iconoclasta caracterizou-se como um longo conflito religioso iniciado pelo imperador Leão III, o qual proibiu o uso e ordenou a destruição das imagens existentes nos templos. Não obstante, a veneração das imagens foi restabelecida mais tarde.

12. (FUVEST) Entre os fatores citados abaixo, assinale aquele que não concorreu para a difusão da civilização bizantina na Europa Ocidental:

a) Fuga dos sábios bizantinos para o Ocidente, após a queda de Constantinopla.
b) Expansão da Reforma Protestante, que marcou a quebra da unidade da Igreja Católica.
c) Divulgação e estudo da legislação de Justiniano, conhecida como Corpus Juris Civilis.
d) Intercâmbio cultural ligado ao movimento das Cruzadas.
e) Contatos comerciais das repúblicas marítimas italianas com os portos bizantinos nos mares Egeu e Negro.


resposta da questão 12:[B]

 
13. Justiniano (527 - 565), no Império Romano do Oriente, enfrentou diferentes dificuldades internas, inclusive nas relações entre a Igreja e o Estado, devido a heresias como a dos monofisistas. Estes, entre outros princípios:

a) pretendiam a destruição de todas as imagens;
b) negavam a natureza humana de Cristo;
c) defendiam o conhecimento de Deus inspirado no misticismo;
d) admitiam o dualismo de inspiração budista;
e) acreditavam na reencarnação das almas em corpos animais.



 resposta da questão 13:[B]

 
14. (PUC) Em relação ao Império Bizantino, é certo afirmar que:

a) o governo era ao mesmo tempo teocrático e liberal;
b) o Estado não tinha influência na vida econômica;
c) o comércio era sobretudo marítimo;
d) o Império Bizantino nunca conheceu crises sociais;
e) o imperialismo bizantino restringiu-se à Ásia Menor.


resposta da questão 14:[C]

  
05. Sobre o Império Bizantino, considere as afirmações abaixo se são verdadeiras ou falsas:

(    ) Constantinopla, a "Nova Roma" de Constantino, foi fundada para servir como capital do Império.
(    ) Sua localização geográfica era péssima, descampada por todos os lados, facilitando as invasões.
(  ) O grande imperador de Bizâncio foi Justiniano, de origem humilde, mas protegido por seu tio, o imperador Justino.
(    ) No Corpus Juris Civilis, Justiniano organizou uma compilação das leis romanas desde a República até o Império.
(  ) Com o objetivo de reconstruir o Antigo Império Romano, Justiniano empreendeu campanhas militares conhecidas pelo nome genérico de "Reconquista".

 resposta da questão 15: V F V V V

06. (UFPB 2009) A imagem abaixo está em um mosaico da igreja de San Vitale, na cidade de Ravena, na Itália. A figura é de influência cultural bizantina e repre­senta o imperador Justiniano cercado de corte­sãos.
 
 Grandes Impérios e Civilizações. Grande Atlas da História Universal. Tradução da edição espanhola das Edições del Prado. Edição 10, Fascículo 3, p. 40.



O Império Romano do Oriente tinha como capi­tal Constantinopla. Originou-se da divisão do Império Romano em 395 d.C e, no período me­dieval, passou a ser mais conhecido como Impé­rio Bizantino, perdurando cerca de mil anos, até 1453 d.C, quando foi dominado pelos turcos. A sua longa duração produziu uma civilização que deixou uma herança cultural com repercussões significativas até os dias atuais.

Da herança cultural bizantina fazem parte:

1) O Corpus Juris Civilis, uma compilação da legislação e jurisprudência romanas e, também, bizantinas, base do direito civil moderno em muitos países.
2) A atitude iconoclasta, contra a adoração de imagens nas igrejas, contribuição de considerável influência sobre o catolicismo ocidental.
4) A religião cristã ortodoxa, decorrente do chamado Cisma do Oriente, devido a disputas político-religiosas com o Papado de Roma.
8) A organização de uma cultura artística laica, desvinculada da religião, especialmente na pintura dos ícones e na arquitetura.
16) A separação entre Igreja e Estado, ardorosamente defendida pelos adeptos do Estado laico, concepção política decisiva na formação do Estado ocidental moderno.

resposta da questão 16: VFVFF



17. (UFES) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a "revelação da eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-lo de forma visível."
(Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O IMPÉRIO BIZANTINO. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27).


Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada "crise iconoclasta". Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o (a):
a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar.
b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação.
c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz.
d) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira.
e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses.


resposta da questão 17:[E]

18. (G1) Forma de poder instituída por Justiniano no Império Bizantino, em que o imperador possuía autoridade política e religiosa, adquirindo um caráter divino:
a) Cesaropapismo.
b) Teocracia militar.
c) Monarquia Teocrática.
d) República Teocrática.
e) Plutocrassia.


resposta da questão 18:[A]

19. (UFPB) Em inícios do século VIII, o império Bizantino, tendo à frente Leão Isáurico, encontrava-se abatido diante da expansão muçulmana. Leão entendeu que as derrotas do Império deviam-se à adoração crescente dos fiéis às imagens de santos e resolveu destruí-las. Esse movimento ficou conhecido como:
a) Monofisista
b) Cesaropapista
c) Iconoclasta
d) Telefisista
e) Legitimista


resposta da questão 19:[C]

20. (Uece) Na origem do chamado "cisma do Oriente", pode-se assinalar corretamente:
a) as desavenças entre os membros da hierarquia católica e o Imperador bizantino diziam respeito à cobrança das indulgências e à corrupção dos bispos.
b) significou o aparecimento de inúmeras seitas "reformadas", que se desligaram da Igreja romana.
c) no Império Bizantino, a Igreja era submetida ao Imperador e promoviam um excessivo culto aos ídolos e às imagens.
d) em Bizâncio, ao contrário do cristianismo ocidental, as imagens e os ídolos dos santos não eram objetos de adoração e culto.


resposta da questão 20:[C]

21. (FGV) Entre as múltiplas razões que explicam a sobrevivência do Império Romano no Oriente, até meados do século XV, está a:
a) capacidade política dos bizantinos em manter o controle sobre seu território subordinado a uma Monarquia Despótica e Teocrática;
b) autonomia comercial das Cidades-estados otomanas subordinadas ao Império Romano do Ocidente;
c) essencial ruralização da sociedade para proteger-se de migrações desagregadoras;
d) capacidade do Sultão Maomé II de manter, ao longo de seu governo, a unidade otomana do Império Bizantino;
e) política descentralizada, conseqüência das migrações gregas e romanas.


resposta da questão 21 :[A]


22. (Puc-pr) No século VI, o Império Bizantino foi governado pelo seu mais célebre imperador, Justiniano. Conseguiu anexar várias regiões ao seu território, praticou o cesaropapismo, isto é, fazia constantes intervenções nos assuntos religiosos e mandou edificar a suntuosa Igreja de Santa Sofia. Na cultura jurídica, organizou o Corpus Juris Civilis, no qual podemos destacar:
I. Um código, que continha toda a legislação romana revisada desde o Imperador Adriano.
 II. O Digesto ou Pandectas, que incluía um sumário da jurisprudência romana.
III. A Recomendação, que teve suas origens no antigo Patronato romano.
IV. As Institutas, que constituíram um resumo para ser utilizado pelos estudiosos de Direito.
V. As Novelas ou Autênticas, que reuniam as novas leis do Imperador.
VI. O Dominus Noster, inspiração nas Monarquias Despóticas e Teocráticas do Oriente.
VII. As Leis Licínia e Ogúlnia, que tratavam de assuntos referentes ao Direito Civil e ao Direito Penal.

a) I, II, IV e V.
b) I, II, III e VII.
c) II, III e IV.
d) II, IV, VI e VII.
e) I, IV, V e VI.


resposta da questão 22:[A]

23. (Puc-pr) A História do Império Bizantino abrangeu um período equivalente ao da Idade Média, apesar da instabilidade social, decorrente, entre outros fatores:
a) dos freqüentes conflitos internos originados por controvérsias políticas e religiosas.
b) da excessiva descentralização política que enfraquecia os imperadores.
c) da posição geográfica de sua capital, Constantinopla, vulnerável aos bárbaros que com facilidade a invadiam freqüentemente.
d) da constante intromissão dos imperadores de Roma em sua política.
e) da falta de um ordenamento jurídico para controle da vida social.


resposta da questão 23:[A]

24. (UFV) O Império Bizantino se originou do Império Romano do Oriente, reunindo diferentes povos: gregos, egípcios, eslavos, semitas e asiáticos. Em razão disso, foi preciso criar um eficiente sistema político e administrativo para dar força e coesão àquele mosaico de povos e culturas. Sobre o Império Bizantino é INCORRETO afirmar que:
a) a religião fornecia a fundamentação do poder imperial, mas absorvia grande parte dos recursos econômicos, originando várias crises.
b) a intolerância religiosa não deixava espaço de autonomia para que os indivíduos escolhessem seus próprios caminhos para a salvação.
c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito influente, provocando intensa espiritualidade popular e várias controvérsias teológicas.
d) a fusão entre poder temporal e poder espiritual permitia que o Imperador indicasse laicos para postos na hierarquia eclesiástica.
e) a importância política do Imperador impediu que o Patriarcado se desenvolvesse independentemente, tal como o Papado do Ocidente.


resposta da questão 24:[B]


25. (Puc-pr) O Império Bizantino ou Romano do Oriente existiu durante a Idade Média, sendo-lhe cronologicamente coincidente. Sobre o tema, assinale a alternativa correta:
a) Seu período de maior esplendor e expansão ocorreu sob o governo de Justiniano, que mandou fazer a codificação das leis romanas.
b) Sua posição geográfica correspondia às terras da parte ocidental do Império Romano.
c) Apresentava excessiva descentralização política, o que enfraquecia os imperadores (baliseus).
d) Reprimiu violentamente a heresia dos cátaros, que ameaçava a sua unidade religiosa.
e) A força da cultura romana fez com que o latim fosse língua de emprego geral.


resposta da questão 25:[A]

26. (Puc-pr) "É bizantino esperar de uma política bancária que aumenta os depósitos compulsórios e que eleva a alíquota do PIS/Cofins uma redução expressiva das taxas de crédito. Também o é culpar a Selic e o lucro dos bancos pelos empréstimos caros no Brasil, ignorando as demais causas. A superação da barreira do crédito demanda um diagnóstico realista e a eliminação das bizantinices."
(Roberto Luis Troster, "Folha de S.Paulo", 03. Ago.2006, p. A3).

O autor nos compara, com muita propriedade, com o Império Bizantino, onde:
a) o povo não era atingido por tributações exageradas, causa da paz e equilíbrio sempre presentes naquela sociedade.
b) seus habitantes deleitavam-se com discussões filosóficas, sutis e que não levavam a nenhuma conclusão.
c) as decisões econômicas eram tomadas democraticamente.
d) havia programas de previdência e aposentadorias bastante complexos.
e) as decisões políticas eram tomadas com grande objetividade e rapidez.


resposta da questão 26:[B]

27. (Unesp) O culto de imagens de pessoas divinas, mártires e santos foi motivo de seguidas controvérsias na história do cristianismo. Nos séculos VIII e IX, o Império bizantino foi sacudido por violento movimento de destruição de imagens, denominado "querela dos iconoclastas". A questão iconoclasta
a) derivou da oposição do cristianismo primitivo ao culto que as religiões pagãs greco-romanas devotavam às representações plásticas de seus deuses.
b) foi pouco importante para a história do cristianismo na Europa ocidental, considerando a crença dos fiéis nos poderes das estátuas.
c) produziu um movimento de renovação do cristianismo empreendido pelas ordens mendicantes dominicanas e franciscanas.
d) deixou as igrejas católicas renascentistas e barrocas desprovidas de decoração e de ostentação de riquezas.
e) inviabilizou a conversão para o cristianismo das multidões supersticiosas e incultas da Idade Média européia.


resposta da questão 27:[A]

28. (Unesp) A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa:
a) Adornos de bronze e cobre.
b) Aquedutos e esgotos.
c) Telhados de beirais recurvos.
d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
e) Vias calçadas com artefatos de couro.


resposta da questão 28:[D]

29. (Unesp 2010)  Observe a figura.

 

O ícone, pintura sobre madeira, foi uma das manifestações características da Civilização Bizantina, que abrangeu amplas regiões do continente europeu e asiático. A arte bizantina resultou
a) do fim da autocracia do Império Romano do Oriente. 
b) da interdição do culto de imagens pelo cristianismo primitivo. 
c) do “Cisma do Oriente”, que rompeu com a unidade do cristianismo. 
d) da fusão das concepções cristãs com a cultura decorativa oriental. 
e) do desenvolvimento comercial das cidades italianas. 


resposta da questão 29:[D]
Comentário da questão:
O enunciado e a alternativa correta por si só justificam a produção de ícones como uma das principais características da arte bizantina. Consistiam numa representação sacra pintada sobre um painel de madeira, com ampla utilização de ornamentos em dourado. Podem ser considerados a representação da mensagem cristã descrita por palavras nos Evangelhos.

30. (Upe 2009)  Na Idade Média, Bizâncio era um importante centro comercial e político. Merecem destaques seus feitos culturais, mostrando senso estético apurado e uso das riquezas existentes no Império. Na sua arquitetura, a igreja de Santa Sofia destacou-se pela
a) sua afinação com o estilo gótico, com exploração dos vitrais e o uso de metais na construção dos altares. 
b) simplicidade das suas linhas geométricas, negando a grandiosidade como nas outras obras existentes em Bizâncio. 
c) grande riqueza da sua construção, com uso de mosaicos coloridos e colunas de mármores suntuosas. 
d) imitação que fazia dos templos gregos, com altares dedicados aos mitos mais conhecidos, revelando paganismo. 
e) consagração dos valores católicos medievais, em que a riqueza interior era importante em toda cultura existente.  

resposta da questão 30:[C]
Comentário da questão:
Construída pelo Imperador Constantino em 360, foi destruída por um incêndio durante as insurreições de 532. Reconstruída com incrível rapidez, até 537, Justiniano dedicou-a a Sagrada Sabedoria. O objetivo dos arquitetos, Anthemius de Tralles e Isidorus de Mileto, era construir um interior não só impressionante, mas também funcional. Os mosaicos foram uma característica marcante nos vitrais das igrejas bizantinas e as colunas demonstram a influencia da arquitetura grega.



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