domingo, 1 de março de 2015

Roteiro de estudo: Cultura Material e imaterial, patrimônio e diversidade cultural no Brasil



6. (ENEM) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta -do -reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.
Disponível em: http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.
A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à
a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.
b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.
c) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.
d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.
e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.

resposta da questão 6:[C]

Comentário da questão:
Os tropeiros eram assim chamados por realizar sua atividade utilizando tropas de animais transportando gado e mercadorias. Essa atividade foi impulsionada principalmente pela descoberta das regiões mineradoras no interior do Brasil, as quais precisavam ser abastecidas. Em virtude das longas viagens, os tropeiros consumiam alimentos que fossem pouco perecíveis e muito nutritivos, daí a criação de um feijão preparado com farinha, carne de sol, toucinho e condimentos.


7. (ENEM)
Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída.
Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha
da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares?

BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br . Acesso em: 28 abr. 2010.

Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere -se ao fato de que
A) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória.
B) a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo.
C) grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram.
D) os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
E) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.


resposta da questão 7:[C]
Comentário da questão:
A crítica de B. Brecht se dirige à valorização de feitos históricos por imperadores, reis e líderes, considerados heróis às vezes, em detrimento da valorização dos trabalhadores braçais.

8. (ENEM 2013)  
TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. […] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito agradavam.
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).

TEXTO II

PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956. Óleo sobre tela, 199 x 169 cm Disponível em: www.portinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013. (Foto: Reprodução)


Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que
A) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.
B) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.
C) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
D) as duas produções, embora usem linguagens diferentes – verbal e não verbal –, cumprem a mesma função social e artística.
E) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momentos histórico, retratando a colonização.



resposta da questão 8:[C]
Comentário da questão:

A carta de Caminha é um documento histórico e político, que descreve, sob o olhar de cunho otimista do colonizador, os nativos que aqui os receberam. Por outro lado, a pintura de Portinari destaca esses nativos em primeiro plano, transmitindo suas inquietações e espanto com as embarcações portuguesas que se aproximam.




9. (ENEM)

Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de uma nação. Ela está presente nas lembranças do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar o fazer poético como uma das maneiras de se guardar o que se quer, o texto
A) ressalta a importância dos estudos históricos para a construção da memória social de um povo.
B) valoriza as lembranças individuais em detrimento das narrativas populares ou coletivas.
C) reforça a capacidade da literatura em promover a subjetividade e os valores humanos.
D) destaca a importância de reservar o texto literário àqueles que possuem maior repertório cultural.
E) revela a superioridade da escrita poética como forma ideal de preservação da memória cultural.


resposta da questão 9:[E]
Comentário da questão:
A questão da memória é explorada por meio do poema “Guardar”, do poeta carioca Antônio Cícero. O texto privilegia a escrita poética como forma de manutenção da memória, pois permite que a coisa guardada— ou seja, aquilo que se quer reter na memória — seja constantemente revelada quando o poema é “publicado”, “declarado” e ”declamado”.
Observação: A prova atribui erroneamente o poema a Gilka Machado, quando, na verdade, é de autoria de Antônio Cícero.

10. (ENEM 2009) 1ª versão
O Cafundó é um bairro rural situado no município de Salto de Pirapora, a 150 km de São Paulo. Sua população, predominantemente negra, divide-se em duas parentelas: a dos Almeida Caetano e a dos Pires Pedroso. Cerca de oitenta pessoas vivem no bairro. Dessas, apenas nove detêm o título de proprietários legais dos 7,75 alqueires de terra que constituem a extensão do Cafundó, que foram doados a dois escravos, ancestrais de seus habitantes atuais, pelo antigo senhor e fazendeiro, pouco antes da Abolição, em 1888. Nessas terras, seus moradores plantam milho, feijão e mandioca e criam galinhas e porcos. Tudo em pequena escala. Sua língua materna é o português, uma variação regional que, sob muitos aspectos, poderia ser identificada como dialeto caipira. Usam um léxico de origem banto, quimbundo principalmente, cujo papel social é, sobretudo, de representá-los como africanos no Brasil.
Disponível em: www.revista.iphan.gov.br Acesso em: 6 abr. 2009 (adaptado).

O bairro de Cafundó integra o patrimônio cultural do Brasil porque

A) possui terras herdadas de famílias antigas da região.
B) preservou o modo de falar de origem banto e quimbundo.
C) tem origem no período anterior à abolição da escravatura.
D) pertence a uma comunidade rural do interior do estado de São Paulo.
E) possui moradores que são africanos do Brasil e perderam o laço com sua origem.

resposta da questão 10:[B]
Comentário da questão:
O bairro apontado é reconhecido enquanto espaço de preservação de heranças africanas que contribuíram na construção de uma nação multicultural.

11. (UFPA) “Além de mobilizar multidões nas ruas de Belém, no Pará, o Círio de Nazaré, que já é patrimônio imaterial do Brasil, está perto de alcançar outro grande feito. A procissão pode se tornar Patrimônio Imaterial da Humanidade. Até o fim de agosto de 2010, uma comissão da UNESCO decidirá em Paris se a romaria católica receberá o título. A indicação foi feita através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Foram reunidas, entre outras coisas, informações, fotografias e cartas de apoio de grupos envolvidos na festividade e dossiês.”
(Círio de Nazaré deve se tornar Patrimônio imaterial da Humanidade. Retirado de http://extra.globo.com/geral/casosdecidade/posts/2010/07/23/cirio-de-nazare-deve-se-tornar-patrimonio-imaterial-da-humanidade-310367.asp Acessado em 26-10-2010. Texto adaptado).

A notícia anuncia a intenção de o Círio de Nazaré tornar-se patrimônio imaterial da Humanidade. A festividade Nazarena pleiteia esse registro mundial junto a UNESCO e já possui o documento nacional porque, para instituições como o IPHAN, o Círio de Nazaré significaria uma manifestação
A) católica que agrega multidões cristãs e associa a brasilidade à identidade religiosa católica do povo paraense e brasileiro, por meio de uma festa organizada por uma irmandade e vivida por católicos do Brasil e do mundo;
B) regional paraense, marcada pela musicalidade típica e pela identidade étnico e religiosa de tradição católica e do candomblé, que se juntam em uma comemoração ecumênica que dura cerca de um mês.
C) da identidade cultural paraense/brasileira, representada pela religiosidade popular, pela culinária e por práticas simbólicas como o arraial, os brinquedos de miriti, as fitas, os ex-votos dos promesseiros e as festas como a da Chiquita.
D) da cultura paraense, que passa pelas várias procissões, pela corrida do Círio e pela venda generalizada de produtos regionais como a maniçoba e o churrasco de peru, típicos alimentos que fazem parte do tradicional almoço do Círio.
E) ecumênica, que une católicos, protestantes e cultos afro-brasileiros na comunhão de interesses religiosos e de paz e que por simbolizar o espírito de união paraense e brasileiro, incentiva o desenvolvimento da solidariedade entre os cultos e crenças.

resposta da questão 11:[C]

Comentário da questão:
Festa tipicamente paraense, tornou-se conhecida em todo o país, reunindo o elemento religioso com práticas culturais típicas da região.
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré teve início em Portugal, no Pará, foi Plácido José de Souza quem encontrou, em 1700, às margens do igarapé Murutucú, a imagem de Nossa Senhora e em 1792, o Vaticano autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará.  

12. (ENEM 2012) O que o projeto governamental tem em vista é poupar à Nação o prejuízo irreparável do perecimento e da evasão do que há de mais precioso no seu patrimônio. Grande parte das obras de arte até mais valiosas e dos bens de maior interesse histórico, de que a coletividade brasileira era depositária, têm desaparecido ou se arruinado irremediavelmente. As obras de arte típicas e as relíquias da história de cada país não constituem o seu patrimônio privado, e sim um patrimônio comum de todos os povos.
ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O Jornal, 30 out. 1936. In: ALVES FILHO, I. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).

A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por ideias como as descritas no texto, que visavam
a) submeter a memória e o patrimônio nacional ao controle dos órgãos públicos, de acordo com a tendência autoritária do Estado Novo.
b) transferir para a iniciativa privada a responsabilidade de preservação do patrimônio nacional, por meio de leis de incentivo fiscal.
c) definir os fatos e personagens históricos a serem cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o interesse público.
d) resguardar da destruição as obras representativas da cultura nacional, por meio de políticas públicas preservacionistas.
e) determinar as responsabilidades pela destruição do patrimônio nacional, de acordo com a legislação brasileira.


resposta da questão 12:[D]
Comentário da questão:
Durante o Estado Novo, a burocracia estatal tinha a estratégica função de mediar as relações entre o Estado e o cidadão. Além da censura, da propaganda e da repressão, ”resguardar da destruição as obras representativas da cultura nacional“ era uma forma de defesa da própria identidade da nação. 


13. (UESPI) Sob a presidência de Juscelino Kubitschek (1955-1961), a nação brasileira assistiu à criação de Brasília, – considerada, pela UNESCO, patrimônio cultural da humanidade – e vivenciou:
A) momentos de euforia resultantes, em boa parte, da política desenvolvimentista de incremento à indústria nacional e aumento do poder aquisitivo da classe média.
B) importante papel político para a aproximação dos países da América Latina com os Estados Unidos, em vista da estratégica posição do Brasil no Atlântico Sul.
C) época de forte repressão política ao operariado e descaso para com a interiorização do desenvolvimento econômico.
D) um período predominantemente liberal, em termos econômicos, o que pode ser exemplificado pelo início da construção da Companhia Siderúrgica Nacional.
E) uma forte recessão econômica em que a indústria nacional não deu sinais de crescimento e o poder aquisitivo da classe média caiu.


resposta da questão 13:[A]
Comentário da questão:
O desenvolvimentismo, uma das características do governo de JK, proporcionou o crescimento da produção industrial de bens de consumo individual, como eletrodomésticos e automóveis. Os principais beneficiados com essa medida foram as camadas urbanas de rendimento médio e os capitalistas industriais, que viram suas indústrias crescerem.

14. (UFPB) De acordo com Artigo 216 da Constituição Brasileira, o patrimônio cultural é composto pelos bens de natureza material e imaterial que fazem referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos da sociedade nacional. Com base nessa concepção de patrimônio, é correto afirmar:
a) Os bens culturais de natureza material são a culinária, as festas e as danças.
b) Os bens culturais de natureza imaterial são os palácios, as igrejas e os casarões.
c) O patrimônio cultural é uma das formas de preservação da memória social.
d) O patrimônio cultural limita-se aos bens e modos de vida das elites sociais.
e) Os bens culturais de uma sociedade negam a existência de identidades coletivas.

resposta da questão 14:[C]
Comentário da questão:

Patrimônio Cultural Brasileiro é um conceito que inclui as contribuições dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. Essa mudança incorpora o conceito de referência cultural e significa uma ampliação importante dos bens passíveis de reconhecimento.

15. (ENEM 2009) O artesanato traz as marcas de cada cultura e, desse modo, atesta a ligação do homem com o meio social em que vive. Os artefatos são produzidos manualmente e costumam revelar uma integração entre homem e meio ambiente, identificável no tipo de matéria-prima utilizada.
Pela matéria-prima (o barro) utilizada e pelos tipos humanos representados, em qual região do Brasil o artefato acima foi produzido?
A) Sul.
B) Norte.
C) Sudeste.
D) Nordeste.
E) Centro-Oeste.


resposta da questão 15: [D]
Comentário da questão: 
As figuras produzidas com barro são três músicos, com chapéu de couro, tocando sanfona, triângulo e tambor, instrumentos típicos do nordeste brasileiro.

16. (ENEM/2010) O folclore é o retrato da cultura de um povo. A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho  e significados. Dançar a cultura de outras regiões é conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é enriquecer a própria cultura.

BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.

As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultural, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua. Sob essa abordagem deixa-se de identificar como dança folclórica brasileira

A) o Bumba-meu-boi, que é uma dança teatral onde personagens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição.
B) a Quadrilha das festas juninas, que associam festejos religiosos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira.
C) o Congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageia santos através de música, cantos e dança.
D) o Balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo.
E) o Carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles.

resposta da questão 16:[D]
Comentário da questão:
O texto faz referência a danças folclóricas praticadas no Brasil. As alternativas A, B, C e E indicam danças tradicionais, que traduzem um recorte regional local ou foram adaptadas de expressões culturais estrangeiras. Tais danças buscam a construção de uma identidade nacional e histórica, enquanto o balé, citado na alternativa D, representa uma performance de movimentos, um estilo de dança criado no século XVI, na Itália.

17. (ENEM/2009) Os melhores críticos da cultura brasileira trataram-na sempre no plural, isto é, enfatizando a coexistência no Brasil de diversas culturas. Arthur Ramos distingue as culturas não europeias (indígenas, negras) das europeias (portuguesa, italiana, alemã etc.), e Darcy Ribeiro fala de diversos Brasis: crioulo, caboclo, sertanejo, caipira e de Brasis sulinos, a cada um deles correspondendo uma cultura específica.
MORAIS, F. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. São Paulo: Sudameris, 2003.

Considerando a hipótese de Darcy Ribeiro de que há vários Brasis, a opção em que a obra mostrada representa a arte brasileira de origem negro-africana é:


resposta da questão 17:[A]
Comentário da questão:
Podem-se identificar características da arte brasileira de origem negro-africana na obra do baiano Rubem Valentim (1922-1991). A representação de figuras que lembram os signos litúrgicos da umbanda e do candomblé marcam a obra desse artista, que se vale de uma geometria rigorosa para apresentar elementos da cultura afro- -brasileira. Isso diferencia a sua obra do abstracionismo geométrico das alternativas B e D. A obra mostrada na alternativa C remete a uma arte de caráter urbano, pela representação de um automóvel e de uma placa de trânsito. Por fim, a obra que aparece na alternativa E explora o mosaico, suporte artístico de origem clássica. 


18. (ENEM/2008) Os signos visuais, como meios de comunicação, são classificados em categorias de acordo com seus significados. A categoria denominada indício corresponde aos signos visuais que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado. Por exemplo, nuvens negras indicam tempestade. Com base nesse conceito, escolha a opção que representa um signo da categoria dos indícios.

resposta da questão 18:[B]
Comentário da questão: 
A pegada representada na alternativa B, apresenta um sinal da categoria de indícios.


19. Samba do approach 
Venha provar meu brunch 
Saiba que eu tenho approach 
Na hora do lunch 
Eu ando de ferryboat 
Eu tenho savoir-faire 
Meu temperamento é light 
Minha casa é hi-tech 
Toda hora rola um insight 
Já fui fã do Jethro Tull 
Hoje me amarro no Slash 
Minha vida agora é cool 
Meu passado é que foi trash... 
Fica ligado no link 
Que eu vou confessar mylove 
Depois do décimo drink 
Só um bom e velho engov 
Eu tirei o meu greencard 
E fui prá Miami Beach 
Posso não ser pop-star 
Mas já sou um noveau-riche 
Eu tenho sex-appeal 
Saca só meu background 
Veloz como Damon Hill 
Tenaz como Fittipaldi 
Não dispenso um happyend 
Quero jogar no dreamteam 
De dia um macho man 
E de noite, dragqueen. 
Disponível em: http://letras.mus.br/zeca-baleiro/43674/ 

As músicas do cantor e compositor Zeca Baleiro costumam apresentar um trabalho delicado e atual com e sobre a linguagem. Nessa "Samba do approach", o músico 

A) emprega o português padrão como forma de fortalecimento do idioma nacional.
B) incorre em erro gramatical ao escrever a forma contraída "prá" em lugar de "para". 
C) critica a aceitação passiva e a utilização constante de termos de origem estrangeira na língua portuguesa. 
D) utiliza gírias como "amarro" e "saca" para demonstrar que os sambistas não utilizam a norma padrão culta da língua. 
E) incorpora estrangeirismos associando-os à fala popular como recurso de expressividade e preservação da língua nacional.

resposta da questão 19:[E]

20. (ENEM 2014) O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presente do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está “inserida na cultura do que é ser mineiro”.

A) 
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B)
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C)
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D)

imagem-010.jpg
E) 
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resposta da questão 20:[C]
Comentário da questão: 


Apesar do tema da questão ser específico – Patrimônio Histórico Imaterial Brasileiro – o candidato atenderia à demanda tranquilamente ao perceber que as outras alternativas representam obras de arte ou arquitetônicas. A forma artesanal de se fazer o queijo é da mesma categoria do oficio de fazer panelas de barros, ou seja, constituem saberes específicos, expressões culturais e tradições de um determinado grupo ou região. 


21. (ENEM 2007) Não só de aspectos físicos se constitui a cultura de um povo. Há muito mais, contido nas tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e manifestações transmitidos oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao longo do tempo. A essa porção intangível da herança cultural dos povos dá-se o nome de patrimônio cultural imaterial.
(Internet:).


Qual das figuras abaixo retrata patrimônio imaterial da cultura de um povo?


resposta da questão 5:[C]
Comentário da questão:
O patrimônio imaterial envolve as expressões culturais e as tradições de um povo como, por exemplo, danças populares, música, lendas, celebrações, entre outras. 
Dentre os exemplos supracitados, apenas a opção C retrata patrimônio imaterial, ao citar o bumba-meu-boi,  uma dança característica do Nordeste brasileiro.




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