segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CNDL - SEGUNDO ANO
HISTÓRIA DO BRASIL
COLEÇÃO PITÁGORAS




Capítulo 1
Os caminhos da política imperial brasileira: da Regência à proclamação da República



DEBRET, Jean Baptiste. Pano de boca executado para a representação extraordinária dada no teatro da corte por ocasião da coroação de D. Pedro I. Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. Paris. 1834/35.
Problematização do tema

Este capítulo trata de dois contextos históricos distintos. O primeiro, o período regencial, inaugurado após a abdicção de D. Pedro I, em 1831, embora tenha sido considerado por muitos um “ensaio republicano”, revelou-se a bem da verdade, um contexto turbulento, em que as medidas descentralizadoras permitiram desmandos locais e revoltas violentas em muitas províncias.
Essas medidas descentralizadoras, principalmente a Reformulação do código do Processo civil de 1832 e o Ato Adicional de 1834, levaram ao fortalecimento do poder local, até então fortemente controlado pelo autoritarismo de D. Pedro I, e geraram arbitrariedades, em especial dos juizes de paz.
Uma sensação de anarquia perturbava os políticos que temiam o descontrole das províncias, a fragmentação da unidade territorial, a tomada do poder pelo povo e escravos. A única forma de resolver essa questão era restaurar a ordem anterior, colocar um ponto final nas medidas descentralizadoras. A essa “restauração” da ordem foi dado o nome de Regresso.
A solução que os regressistas encontraram para restaurar a ordem foi o Golpe da Maioridade, que levou o jovem D. Pedro II ao poder, dando início ao Segundo Reinado, o outro contexto que abordaremos sucintamente.
O Segundo Reinado (1840-1889) foi um longo período de paz, quebrada apenas pelas revoltas liberais de Minas e São Paulo (1842); pela Revolução Praieira (1848) e pela Guerra do Paraguai (década de 1860).
Já na década de 1870, iniciava-se o movimento republicano, mesclado com o movimento abolicionista e um reconhecimento, por parte do Exército, pós-Guerra do Paraguai, da sua importância nos negócios do Estado. Esses movimentos, que se tornaram mais agudos nas décadas subsequentes, foram minando o poder do imperador, ao que se somou a indisposição de D. Pedro II com os bispos da Igreja Católica. Por isso, é comum afirmar que as questãos militar, religiosa e escravocrata foram os responsáveis pela queda da monarquia e pela proclamação da República, em 1889.

Pense sobre o que acabou de ler e discuta:

1. Por que será que as regências revelaram-se um período turbulento e anárquico:

2. O que você entende pela afirmação de ter sido a Regência um "ensaio republicano"?

3. Qual foi a solução utilizada pelos regressistas para colocar um ponto final no período regencial?

4. Por que somente após a Guerra do Paraguai o Exército teve a sua importância reconhecida?

5. Quais seriam as razões da queda da Monarquia e da proclamação da República?



Saiba mais sobre os caminhos da política imperial brasileira entre 1831 e 1889




Resumo de algumas das principais características do período Regencial (1831-1840) e do Segundo Reinado (1840-1889).

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