PROVA FINAL DE HISTÓRIA – PRIMEIRA SÉRIE
1. (ENEM) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos “barões do café”, para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado
a) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.
b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.
c) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de vida.
d)pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos “barões do café”.
e) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades sociais.
Resolução
O período regencial foi marcado por uma série de revoltas políticas e sociais e também pelo avanço da cafeicultura pelo Vale do Paraíba. A nova realidade econômica criada pela cafeicultura exigiu o reforço da escravidão para atender às novas demandas produtivas.
Resposta: [E]
2. (ENEM) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia as classes cultas e "naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infra-estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações. Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional.
In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). "Brasil: um século de transformações". São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.
Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país
a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.
b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre.
c) se tornou dependente da economia européia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países.
d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infra-estrutura de serviços urbanos.
e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos.
Resolução
A questão da dependência econômica do Brasil, em relação ao capital estrangeiro, é um dos pontos discutidos na escola, no contexto da independência política de Portugal. O Brasil manteve-se dependente, uma vez que ficou preso à economia agrária e escravista, com pouco ou nenhum estímulo à indústria.
A emancipação política do Brasil levou a uma redefinição dos laços de dependência, persistindo a economia agro-exportadora, o uso da mão de obra escrava e as grandes propriedades agrárias.
Resposta: [C]
3. (PUC) A situação econômica e social do Brasil, após o movimento de independência, em 1822, pode ser descrita da seguinte forma:
a) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação aos EUA e sofreu profundas mudanças na estrutura social.
b) O país manteve a dependência econômica em relação a Portugal, adquirindo liberdade política e social.
c) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação à Inglaterra, não alterando sua estrutura social colonial.
d) O país passou da dependência econômica em relação a Portugal à subordinação em relação à França, alterando sua estrutura social colonial.
e) O país manteve a dependência econômica em relação a Portugal e não modificou sua estrutura social colonial.
Resolução
Após a Independência política o país continuou dependente do ponto de vista econômico, uma vez que a Inglaterra continuou a ter uma série de privilégios comerciais assinado desde a época do período joanino.
resposta: [C]
4. (Colégio Naval) “A revolta de 1835, também chamada a ‘grande insurreição’, foi o ponto culminante de uma série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não será apenas uma eclosão violenta mas desorganizada, apenas surgida por um incidente qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos da insurreição, muitas vezes juntamente com elementos de outros do centro da cidade. (...) O movimento vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntegra porque houve delação. (...) os escravos, vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...) Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente.”
(MOURA, Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-69.)
Sobre a rebelião escrava relatada no texto, é correto afirmar que:
a) foi comandada por Ganga Zumba que planejava implantar um território livre no Recôncavo Baiano.
b) nessa rebelião, chamada de Revolta dos Malês, participaram escravos de diversas etnias que pretendiam acabar com a escravidão na Bahia.
c) a revolta ocorreu devido à intolerância religiosa, já que os escravos foram impedidos de praticar sua religião, o Candomblé.
d) seu líder foi Zumbi dos Palmares, após longa resistência às tropas do governo, acabou sendo preso e enforcado e o quilombo foi destruído.
e) nessa rebelião, denominada Conjuração Baiana, os revoltosos queriam a independência do Brasil e o fim da escravidão.
Resolução
A Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador no ano de 1835 foi uma rebelião liderada por negros escravizado, a maioria muçulmanos que protestavam contra a imposição da fé católica e contra a própria escravidão. Esse movimento foi violentamente reprimido.
resposta: [B]
5. (UNICAMP) Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem do monarca, buscava-se unificar um país muito grande e disperso.
(Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91.)
No período regencial, a estabilidade e a unidade do país estavam ameaçadas porque
a) a ausência de um governo central forte causara uma crise econômica, devido à queda das exportações e à alta da inflação, o que favorecia a ocorrência de distúrbios sociais e o aumento da criminalidade.
b) o desenvolvimento econômico ocorrido desde a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro levou as elites provinciais a desejarem a emancipação em relação à metrópole.
c) a ausência de um representante da legitimidade monárquica no trono permitia questionamentos ao governo central, levando ao avanço do ideal republicano e à busca de maior autonomia por parte das elites provinciais.
d) a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as elites agrárias a desejarem uma maior participação no poder político, levando à ruptura da ordem monárquica e à instauração da república.
e) a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as elites agrárias a desejarem uma maior participação no poder político, levando à ruptura da ordem monárquica e à instauração da república.
Resolução
O fato de não haver um imperador ocupando o trono brasileiro, aumentava ainda mais os questionamentos contra o poder central e abria discussões quando a legitimidade do poder dos regentes, nesse contexto cresciam a insatisfação de parcelas da população e o desejo de autonomia provincial, bem como a defesa do republicanismo.
resposta: [C]
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