sábado, 21 de maio de 2011

Confira a correção das avaliações de História do Brasil P2 do segundo bimestre

PRIMEIRO ANO – HISTÓRIA DO BRASIL

1. (PITÁGORAS) A dinâmica colonial foi criando interesses especificamente locais que passaram a se chocar com as políticas adotadas por Portugal no Brasil. Em virtude desses choques constantes, a colônia foi palco de um número significativo de movimentos de rebeldia, por meio dos quais a população exteriorizava o seu descontentamento com as políticas metropolitanas.

Relacione esses movimentos às suas características. Em seguida assinale a alternativa que represente a
sequência CORRETA.

1- Revolta de Beckman
2 - Guerra dos Mascates
3 - Guerra dos Emboabas
4 - Revolta de Filipe dos Santos


( ) Ocorreu em Pernambuco, em 1710, quando Portugal elevou Recife à categoria de vila, que passou a ter sua própria Câmara Municipal, independente de Olinda.
( ) Em 1684, no Maranhão, os colonos se revoltaram contra os jesuítas que proibiam a escravização do índio.
( ) Os mineradores protestavam contra a quantidade de impostos cobrados pelas autoridades portuguesas e a instalação das casas de fundição na região.
( ) Os habitantes da região mineradora estavam insatisfeitos com os paulistas que pretendiam ter o monopólio da extração do ouro.

A alternativa CORRETA é

a) 1, 2, 4, 3
b) 2 , 1, 4, 3
c) 4, 3, 1, 2
d) 3, 4 , 2, 1
e) 4, 3, 2 , 1
resposta: [B]


2. (PITÁGORAS)




DEBRET, Jean-Baptiste. O pelourinho.


Era o pesadelo dos escravos no Brasil. Tratava-se de uma coluna de pedra ou de madeira, erguida em praça pública, na qual os negros que cometiam infrações eram presos e açoitados. Os primeiros exemplares foram construídos em 1558. Com o escravo amarrado ao poste, o homem do açoite, chibata na mão, aplicava a pena. O sangue escorria das costas e dos membros do condenado. Para abafar seus gritos, tambores rufavam, atraindo a atenção dos passantes. Muitos não resistiam e morriam ali. O Largo do Pelourinho, em Salvador, tem esse nome porque, no século XIX, era um local de tortura.

DETERMINE as formas de resistência do negro africano frente à violência da escravidão.

resposta: A escravidão nunca foi aceita pelos negros africanos e estes reagiram a esta prática de diversas formas: através do banzo, infanticídio, suicídio, assassinato dos senhores e feitores e através das fugas para os quilombos.



3. (PITÁGORAS) Leia a afirmação:
“No século XVIII, a área mineradora foi, sem dúvida, palco privilegiado de manifestações contrárias à política da Coroa Portuguesa e de seus agentes.”
Todas as alternativas apresentam explicações coerentes com a afirmação, EXCETO:
a) “Um aspecto que marcou a região ao longo dos Setecentos foi a violência. Ali agiam bandos armados e malfeitores, nas estradas e vilas, tornando imprevisível a ordem social nas Minas.”
b) “A cobrança excessiva de impostos pela Coroa Portuguesa gerou a desobediência, o contrabando e, muitas vezes, as revoltas pautadas na noção do direito de conquista, algumas de cunho fiscal e outras de enfrentamento explícito às autoridades.”
c) “O fato de que, com a descoberta do ouro e dos diamantes, vieram para Minas pessoas desclassificadas, por princípio interessadas numa atitude marginal, o que fez com que a região não apresentasse moradores bem estabelecidos ou cumpridores da lei.”
d) “A vida na região era precária devido ao seu generalizado desabastecimento. E, com isso, os ânimos pessoais se exaltavam, canalizando para as autoridades os descontentamentos sob a forma de sedições, motins ou, simplesmente, protestos mais violentos.”
e) “A incerteza característica da atividade mineradora fazia com que, por diversas vezes, os moradores da região vivenciassem períodos de desabastecimento e carestia, o que estimulava uma reação quase imediata contra a carga tributária imposta pela Coroa lusa.”

resposta: [C]

4. (PITÁGORAS) Leia o trecho:

"E se o castigo for frequente e excessivo, ou se irão embora, fugindo para o mato, ou se matarão por si, como costumam, tomando a respiração ou enforcando-se, ou procurarão tirar a vida aos que lhe dão tão má, recorrendo se for necessário a artes diabólicas, ou clamarão de tal sorte a Deus, que os ouvirá e fará aos senhores o que já fez aos egípcios, quando avexavam com extraordinário trabalho aos hebreus, mandando as pragas terríveis contra suas fazendas e filhos."
Padre Antonil, CULTURA E OPULÊNCIA DO BRASIL,1710

a) IDENTIFIQUE as formas de resistência dos negros à escravidão citadas por Antonil.

resposta: As formas de resistência à escravidão mencionadas no fragmento são fugas, formação de quilombos, suicídio, assassinatos de feitores e senhores, além de práticas de feitiçaria.


b) EXPLIQUE o argumento utilizado por Antonil para convencer os senhores a não se excederem nos castigos.

resposta: A prática de feitiçaria feita pelos negros ou ainda os castigos divinos, que poderiam acarretar em pragas contra suas fazendas e seus filhos.




5. (ENEM) Na América inglesa, não houve nenhum processo sistemático de catequese e de conversão dos índios ao cristianismo, apesar de algumas iniciativas nesse sentido. Brancos e índios confrontaram-se muitas vezes e mantiveram-se separados. Na América portuguesa, a catequese dos índios começou com o próprio processo de colonização, e a mestiçagem teve dimensões significativas. Tanto na América Inglesa quanto na portuguesa, as populações indígenas foram muito sacrificadas. Os índios não tinham defesa contra as doenças trazidas pelos brancos, foram derrotados pelas armas de fogo destes últimos e, muitas vezes, escravizados.
No processo de colonização das Américas, as populações indígenas da América portuguesa

a) foram submetidas a um processo de doutrinação religiosa que não ocorreu com os indígenas da América inglesa.
b) mantiveram sua cultura tão intacta quanto a dos indígenas da América inglesa.
c) passaram pelo processo de mestiçagem, que ocorreu amplamente com os indígenas da América inglesa.
d) diferenciaram-se dos indígenas da América inglesa por terem suas terras devolvidas.
e) resistiram como os indígenas da América inglesa, às doenças trazidas pelos brancos.

resposta: [A]


Questão desafio


(PITÁGORAS) Observe o quadro:





a) EXPLIQUE como os dados apresentados contrariam as ideias geralmente veiculadas sobre o enriquecimento nas Minas do século XVIII.
resposta: Os dados contrariam a historiografia tradicional na medida em que mostram a importância dos homens de negócios (comerciantes) e roceiros na representatividade da Câmara Municipal.

b) Tomando os dados como base, EXPLIQUE o funcionamento da sociedade da mineração no mesmo período.
resposta: Os dados mostram uma sociedade diversificada, cujos homens mais ricos não estavam apenas engajados na atividade mineradora, demonstrando, ainda, a possibilidade de ascensão social. Diversificada / Presença de camadas médias / Urbana.


SEGUNDO ANO – HISTÓRIA DO BRASIL

1. (CNDL) Leia o texto a seguir
“As casas do Rio de Janeiro, construídas em terreno úmido, não têm fossas. Todos os detritos domésticos são atirados de qualquer maneira em barris que de noite os escravos despejam no mar. Dá para adivinhar a natureza das emanações que exalam destes barris durante o dia, em meio aos terríveis calores que reinam no lugar. Por volta das seis, uma interminável procissão desemboca de todas as ruas e dirige-se para a praia. È o Rio de Janeiro começando o seu tratamento de limpeza, que entretanto não consegue livra-lo inteiramente das infecções que enchem as casas. Esses negros carregando o barril tradicional que os franceses chamam ‘barrete’ são como o símbolo da cidade.”

EXPILLY, Charles. Citado por MAURO, Fréderic. O Brasil no tempo de Dom Pedro II. São Paulo: Campanha das Letras, 1991. p.15.




Desenho da revista carioca. A Semana Ilustrada, 1861. Escravos despejando detritos domésticos no cais do centro do Rio de Janeiro.

Explique por que, no período ilustrado no texto, não era possível a construção de fossas sanitárias no Rio de Janeiro e apresente a solução encontrada pela elite da cidade para a eliminação dos detritos domésticos.

resposta: De acordo com o texto não era possível contruir fossas sanitárias na cidade do Rio de Janeiro no período retratado no fragmento em decorrência dessas casas serem edificadas em terrenos úmidos. Os detritos domésticos eram acumulados em barris que posteriormente eram atirados no mar pelos escravos, vulgarmente conhecidos como tigres.


2. (PITÁGORAS) Leia o trecho:
“O Brasil colônia (e Império) foi uma sociedade escravista não meramente devido ao óbvio fato de sua força de trabalho ser predominantemente cativa, mas principalmente devido às distinções jurídicas entre escravos e livres, aos princípios hierárquicos baseados na escravidão e na raça, às atitudes senhoriais dos proprietários e à deferência dos socialmente inferiores. Através da difusão desses ideais, o escravismo criou os fatos fundamentais da vida brasileira. (...)”
S. Schwartz, 1988. (Adaptado)

ASSINALE, dentre as gravuras abaixo, aquela que NÃO É COMPATÍVEL com as informações do trecho:


a)


b)



c)


d)



e)

resposta: [D]



3. (UNIFESP-2009) Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí para cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre.
(Machado de Assis. “Bons dias!”, in Obra completa, vol. III. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.)


O fragmento é de uma crônica de 19 de maio de 1888, que conta o caso, fictício, de um escravista que se converteu à causa abolicionista poucos dias antes da Lei Áurea e agora se gabava de ter alforriado Pancrácio, seu escravo. O ex-proprietário explica que Pancrácio, além de continuar a apanhar, recebe um salário pequeno. Podemos interpretar tal crônica machadiana como uma representação da:

a) ampla difusão dos ideais abolicionistas no Segundo Império, que apenas formalizou, com a Lei Áurea, o fim do trabalho escravo no Brasil.
b) aceitação rápida e fácil pelos proprietários de escravos das novas relações de trabalho e da necessidade de erradicar qualquer preconceito racial e social.
c) mudança abrupta provocada pela abolição da escravidão, que trouxe sérios prejuízos para os antigos proprietários e para a produção agrícola.
d) falta de consciência dos escravos para a necessidade de lutar por direitos sociais e pela recuperação de sua identidade africana.
e) persistência da mentalidade escravista, que reproduzia as relações entre senhor e escravo, mesmo após a proclamação da Lei Áurea.

resposta: [E]


4. (UFV-2006) Segundo Renato Ortiz, em meados do século XIX, o movimento romântico brasileiro tentou construir um modelo de "ser nacional", porém faltavam àqueles escritores condições sociais que lhes possibilitassem discutir de forma mais abrangente a problemática proposta.
(ORTIZ, Renato. Cultura brasileira & identidade nacional. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 37.)

Com base nessa interpretação e nos conhecimentos sobre a sociedade brasileira do século XIX, assinale a afirmativa CORRETA:

a) Os escritores românticos brasileiros fundiam o índio idealizado com o branco de origem europeia, descartando o negro, na tentativa de aproximar o país do padrão europeu de civilização.
b) A pressão exercida pelos abolicionistas contra a escravização de índios e negros fez com que a sociedade brasileira se caracterizasse, desde o período colonial, pela ausência de desigualdades étnicas.
c) A existência de um amplo público leitor no Brasil do século XIX permitiu que os literatos estabelecessem em suas obras uma crítica contundente à dominação exercida pelas elites agrárias.
d) A construção da identidade nacional era uma questão superada em meados do século XIX, uma vez que a colonização portuguesa não criara obstáculos ao desenvolvimento do sentimento de brasilidade.
e) A economia brasileira se caracterizou, desde o período colonial, pela dependência em relação ao mercado europeu, mas em termos artísticos e culturais o país sempre preservou sua soberania.

resposta: [A]

5. (PITÁGORAS) Analise o trecho:
“Mas o que é, no Brasil de meados do século XIX, o pitoresco e o genérico? Já se observou que a imagem que os brasileiros dão do país e a que os viajantes estrangeiros descrevem sempre foram radicalmente diversas. Ao excesso de exotismo procurado pelos estrangeiros, e que os faz insistir no aspecto africano da cidade baixa de Salvador ou na nudez das lavadeiras do Rio de Janeiro, se opõe nos brasileiros essa cegueira seletiva que passa, sob discreto silêncio, a onipresença do escravo.”

CUNHA, Manuela Carneiro da. Olhar escravo, ser olhado. In: CHRISTIANO JR. Escravos Brasileiros. São Paulo: Ex Libris, p.24.

De acordo com o texto, o Brasil do século XIX
a) era um país exótico, cuja diversidade étnica e cultural era reverenciada tanto por nativos e estrangeiros.
b) chocava a todos os que o visitavam por sua negritude, já que a escravidão era tida como inconcebível nas grandes metrópoles europeias.
c) mantinha uma estrutura social definida por critérios raciais, o que era combatido pelos visitantes estrangeiros.
d) apresentava pouco desenvolvimento econômico e, por conseguinte, muita pobreza, o que repelia a presença de estrangeiros.
e) originava visões distintas e opostas, já que os estrangeiros consideravam a escravidão algo pitoresco e os brasileiros fingiam ignorá-la.

resposta: [E]


Questão desafio

(CNDL) “A chegada da Corte portuguesa ao Brasil foi responsável por várias mudanças econômicas e políticas, mas gerou, também, situações complicadas para os habitantes da cidade do Rio de Janeiro”.
Fonte: http://mestresdahistoria.blogspot.com/ acesso em 13/05/2011.

a) Por que a cidade do Rio de Janeiro não estava preparada para receber a Corte Portuguesa, em 1808?

resposta: O Rio de Janeiro naquela época era ainda um centro urbano com características coloniais, assim como a maioria das cidades brasileiras, com ruelas estreitas, frequentadas por negros de ganho, muita sujeira e pouco conforto para os que para lá se dirigiam e para os que lá viviam.

b) Quais as mudanças mais marcantes puderam ser observadas na região Sudeste no período entre 1808-1889?

resposta: A presença da Corte contribuiu para a difusão de hábitos mais sofisticados entre os da elite da cidade, ainda que esses novos hábitos convivessem com a pobreza, a desordem e a crimanilidade. As cidades cresceram e se modernizaram, os progressos urbanos se avolumaram, tais como os bondes, iluminação à gás, praças, chafarizes, hotéis, teatros, bibliotecas, confeitarias, lojas em estilo parisiense, etc.

c) Em que medida a estrutura populacional se tornava mais complexa no Brasil ao longo do período imperial brasileiro (1822-1889)?


resposta: Nas cidades a população se diversificava: negros libertos, homens livres pobres, imigrantes, proprietários rurais e empresários de ramos variados.


TERCEIRO ANO – HISTÓRIA DO BRASIL
1. (FUVEST)
Canção 1
Suba ao trono o jovem Pedro
Exulte toda a Nação;
Os heróis, os pais da Pátria
Aprovaram com união.


Canção 2
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.

Quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840.
Compare as quadrinhas populares e responda:

a) Por que D. Pedro II tornou-se imperador, antes dos dezoito anos, como previa a Constituição?
resposta:Por meio de uma ampla campanha, os liberais – que estavam fora do poder – conseguiram a antecipação da maioridade de D. Pedro II, com a finalidade de antecipar sua coroação, sob o argumento de que somente dessa maneira seria possível retomar a ordem nacional ameaçada pelas rebeliões regenciais. Esta antecipação contrária ao que previa a Constituição de 1824, possibilitou o retorno dos liberais ao poder e ficou conhecida como Golpe da Maioridade de 1840, e deu início ao Segundo Reinado que perdurou até 1889.


b) Quais as diferentes posições políticas expressas nas duas canções populares?

resposta: A primeira quadrinha aprova a antecipação da maioridade de D. Pedro II, vendo-o praticamente como herói ou salvador da Pátria, responsável pela manutenção da união do país. Por outro lado, a segunda quadrinha aponta outro aspecto da posse: a continuidade dos mesmos grupos dominantes no poder. De fato, tanto liberais, quanto conservadores, pertenciam a elite de grandes latifundiários e grandes comerciantes, os quais queriam apenas garantir seus próprios interesses em detrimento dos anseios do povo.


2. (PITÁGORAS) O Segundo Reinado foi marcado por um conjunto de reformas políticas que pareciam dialogar com os diferentes grupos que controlavam os quadros políticos do Brasil naquela época. Esse comportamento político da época é geralmente justificado pelas conturbações experimentadas durante o Período Regencial, tempo em que diversos conflitos regionais se espalharam pelo país em oposição às decisões tomadas pelo governo central.


Analisando o texto e o fluxograma, podemos INFERIR que o sistema de governo adotado no Brasil em 1847 foi o
a) Presidencialismo.
b) Parlamentarismo.
c) Socialismo.
d) Anarquismo.
e) Capitalismo.


resposta: [B]


3. (PITÁGORAS) Ao analisar-se a imigração europeia para o Brasil, na segunda metade do século XIX, é necessário distinguir as motivações de ambos os grupos nela envolvidos: brasileiros e estrangeiros.

EXPLIQUE DUAS razões pelas quais:

a) tornou-se necessária a busca de mão-de-obra livre no exterior para a elite brasileira do período.

resposta: O fim da entrada de novos escravos africanos, com a Lei Euzébio de Queirós, e a constante expansão cafeeira


b) a emigração para o Brasil constituiu-se numa possível mudança de vida para italianos e alemães.
resposta: As consequências dos processos de Unificação e industrialização na Itália e na Alemanha, os quais deixaram muitos pequenos proprietários rurais desprovidos de terras e o crescimento do desemprego nas cidades, em razão das inovações tecnológicas.



4. (PITÁGORAS)
(...) Solano é o diabo
que atrapalha o inglês
que está em nossa casa
no lugar do português.

Solano já não compra
E agora quer vender
Quer tomar da Inglaterra
O mercado e o poder.

A guerra estendeu seu manto
De sangue na terra bruta
E, como sempre, quem vence
Não é quem está na luta

Milton Nascimento e Fernando Brant


a) IDENTIFIQUE o acontecimento mencionado pelo trecho de música.


resposta: A Guerra do Paraguai (1865-1870)

b) CONTRAPONHA as causas de tal acontecimento citadas no trecho àquelas apresentadas pela historiografia atual.


resposta: Enquanto o trecho ainda apresenta como motivações para o conflito o improvável conflito de interesses entre um Paraguai desenvolvido e independente do capital estrangeiro e uma Inglaterra ávida em submetê-lo ao seu imperialismo, a historiografia atual demonstra que o conflito foi movido por questões geopolíticas na região, em especial a garantia da livre-navegação na Bacia do Prata.


5. (PITÁGORAS) Analise a gravura, que reproduz uma etiqueta para tecidos, criada em 1888, pela empresa Samuel, Irmãos e Cia.

(Fonte: A construção do Brasil. Número especial da revista Nossa História. São Paulo, 2006)
Com ela, tanto o artista quanto a empresa objetivavam homenagear a Lei Áurea, então recém-editada, sob uma visão

a) racista, já que deixa bem clara a supremacia do branco – bem-vestido e calçado – sobre o negro, ainda descalço, porém agora liberto.
b) realista, pois o 13 de maio aproximou os ex-escravos da população branca, já que ambos passaram a ser tratados da mesma forma.
c) ultrapassada, já que os laços de amizade entre brancos e negros, mesmo escravos, já existiam desde meados do século XIX.
d) utópica, buscando retratar uma igualdade e aproximação entre brancos e ex-escravos que, na realidade, relegada a último plano.
e) progressista, na medida em que expõe a idéia de que o recém liberto passará a constituir-se em mercado consumidor de tecidos.
resposta: [D]



Questão desafio
(UFRJ) Ficou célebre uma frase atribuída ao político pernambucano Holanda Cavalcanti : - " Nada se assemelha mais a um saquarema que um Luzia no poder. Saquarema , nos primeiros anos do Segundo reinado , era o apelido dos conservadores [...] Luzia era o apelido dos liberais [...] A idéia de indiferenciação dos partidos parecia também confirmar-se pelo fato de ser frequente a passagem de políticos de um campo para o outro "
O texto dá conta de algumas das características das correntes políticas que predominavam no Segundo Reinado (1840-1889).

a) Identifique um aspecto comum e outro divergente entre as correntes políticas mencionadas no texto.

resposta: Aspectos comuns: do ponto de vista ideológico, não apresentavam diferenças significativas; visavam assegurar a posse do poder e com ele o acesso a prestígio e benefícios; apresentavam identidade de interesses quanto à preservação da grande propriedade fundiária e do regime de
trabalho escravo; utilizavam-se dos mesmos recursos políticos como a concessão de favores aos simpatizantes e o emprego da violência aos indecisos e adversários; defendiam a ordem, a estabilidade política, a unidade territorial e o pleno apoio ao Imperador como autoridade máxima do governo central.

Divergentes: A defesa predominante entre os liberais do fortalecimento do poder da Câmara dos Deputados;
A defesa predominante entre os conservadores de uma política tarifária favorável
a baixas taxas de importação; a defesa predominante entre os conservadores das restrições às liberdades e ao exercício da cidadania.


b) Explique uma diferença entre a experiência parlamentarista brasileira do Segundo Reinado e o modelo liberal inglês da mesma época.

resposta: Diferenças: O Imperador brasileiro indicava o Presidente do Conselho de Ministros (nosso equivalente ao Primeiro Ministro), ao contrário do caso inglês em que o Chefe de Governo era escolhido pelo Parlamento.
O Imperador poderia dissolver a Câmara de Deputados e convocar novas eleições, caso esta não apoiasse o gabinete de preferência do Chefe de Estado (o Parlamentarismo inglês não previa esses poderes para a Monarquia inglesa); de outro modo, o candidato poderá explicar que, sobretudo, o que distinguiu a experiência brasileira do Parlamentarismo inglês foram as atribuições conferidas ao Imperador brasileiro por meio do Poder Moderador.

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