Três irmãos, dois mundos, uma missão.
XINGU
Baseado em uma história real
Anos 1940. Três jovens irmãos
decidem viver uma grande aventura. Orlando (Felipe Camargo), 27 anos, Cláudio
(João Miguel), 25, e Leonardo (Caio Blat), 23, os Irmãos Villas-Bôas,
alistam-se na Expedição Roncador-Xingu e partem numa missão desbravadora pelo Brasil
Central. A saga começa com a travessia do Rio das Mortes e logo eles se tornam
chefes da empreitada, envolvendo-se na defesa dos povos indígenas e de suas
diversas culturas, registrando tudo num diário batizado de A Marcha para o
Oeste.
Mais velho dos irmãos, Orlando é
o articulador entre as etnias indígenas e o poder oficial, responsável por
brecar a ingerência externa. Já Cláudio, é o grande idealista e o mais
consciente da contradição da expedição – “Nós somos o antídoto e o veneno”,
diz. O caçula é Leonardo, vibrante e corajoso. No entanto, suas atitudes podem
causar um preço alto para a aventura dos irmãos.
Numa viagem sem paralelo na
história, com batalhas, 1.500 quilômetros de picadas abertas, 1.000 quilômetros
de rios percorridos, 19 campos de pouso abertos, 43 vilas e cidades desbravadas
e 14 tribos contatadas, além das mais de 200 crises de malária, os irmãos
Villas-Bôas conseguem fundar em 1961 o Parque Nacional do Xingu, um parque
ecológico e reserva indígena que, na época, era o maior do mundo, do tamanho de
um país como a Bélgica.
Na aventura, os Villas-Bôas
conseguem passar pelo território Xavante, de índios corajosos e guerreiros sem
nenhuma baixa de ambos os lados. Em seguida, deparam-se com os Kalapalos, os
famosos e temidos que teriam matado o explorador inglês Percy Fawcett. Mas,
apesar de toda a apreensão e ao contrário do que imaginavam, os irmãos ficam
amigos do grande chefe Izarari, e se encantaram com a cultura e os costumes
locais. Não previam ainda que ali viveriam a primeira tragédia de suas vidas:
um surto de gripe, trazido por eles mesmos, que quase dizima toda a aldeia.
Ao recontar a saga dos irmãos,
Xingu apresenta a luta pela criação do parque e pela salvação de tribos
inteiras que transformaram os Villas-Bôas em heróis brasileiros, traçando
diálogo com problemas crônicos do processo de formação brasileiro.
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