segunda-feira, 14 de março de 2016

Teste seus conhecimentos

Teste seus conhecimentos

Mesopotâmia

28. (FUVEST 2015) A maior parte das regiões vizinhas [da antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela falta de água, o que desestimulou o povoamento e fez com que fosse ocupada por populações organizadas em pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a Mesopotâmia apresenta uma grande diferença: embora marcada pela paisagem desértica, possui uma planície cortada por dois grandes rios e diversos afluentes e córregos. 
(Marcelo Rede. A Mesopotâmia, 2002.) 

A partir do texto, é correto afirmar que 
(A) os povos mesopotâmicos dependiam apenas da caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de alimentos. 
(B) a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter sedentário e ininterrupto.
(C) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia tinha características nômades e os povos mesopotâmicos praticavam a agricultura irrigada. 
(D) a ocupação sedentária das regiões desérticas representava uma ameaça militar aos habitantes da Mesopotâmia. 
(E) os povos mesopotâmicos jamais puderam se sedentarizar, devido às dificuldades de obtenção de alimentos na região.
29. (IFSP 2014) Leia o texto, a seguir, que explica os mecanismos de escravização na Assíria da Antiguidade.
Os pequenos cultivadores, que tomavam valores ou mercadorias emprestados, deviam encontrar-se constantemente na impossibilidade de reembolsar seus credores, os quais se ressarciam escravizando-os. O resultado dessa situação é que pessoas arruinadas vendiam seus filhos para subsistir. Entretanto, a grande massa de escravos provinha dos prisioneiros de guerra, resultados de operações militares.
(GARELLI, Paul. Oriente próximo asiático: impérios mesopotâmicos, Israel. São Paulo: EDUSP, 1982, p.120. Adaptado)

Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que a escravidão da Assíria antiga
(A) empregava predominantemente a mão de obra de negros africanos escravizados em batalhas.
(B) estava relacionada às práticas econômicas de empréstimos e às guerras de expansão territorial.
(C) resultava do excesso populacional na Assíria durante o período de expansão do Império Islâmico.
(D) baseava-se na discriminação racial aos povos de origem judaica que circulavam como nômades.
(E) organizava-se de acordo com o modelo econômico mercantilista, visando à acumulação de capitais.

30. (UFRR 2015) O Iraque, país localizado no Oriente Médio, atualmente, convivendo com instabilidade política e social, bem como, ameaças de grupos terroristas, já foi palco de uma importante civilização da antiguidade denominada Mesopotâmia. 

Sobre esta importante civilização pode se afirmar que: 
A) foi a primeira civilização da História, era formada de povos nômades que mudavam-se constantemente em busca de alimentos; 
B) é considerada o berço da civilização, pois foi o primeiro povo que utilizou instrumentos importantes que, posteriormente, deram origem à medicina; 
C) foi a primeira civilização que cultivou o milho e a cevada dando início assim a agricultura, e o sistema era plantation; 
D) foi pioneira na utilização da escrita, da matemática e da astronomia; 
E) foi a primeira civilização a praticar o cultivo dos alimentos dando início ao que mais tarde chamou-se agricultura, o primeiro e principal produto era o café.

GABARITO
Resposta da questão 28:[C]
Resposta da questão 29:[B]
Resposta da questão 30:[D]


Revolução Francesa

31. (ENEM 2010) Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.
HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
A) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante.
B) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
C) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam reorganizar a França internamente.
D) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas, desejava extinguir o absolutismo francês.
E) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça social e direitos políticos.

32. (ENEM) Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra "restaurante". Desde o final da Idade Média, a palavra 'restaurant' designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos 'restaurateurs', que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual.

A mudança do significado da palavra restaurante ilustra
a) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.
b) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza.
c) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
d) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à
Idade Média.
e) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária.

33. (UECE 2014) “Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais.
Acima de tudo, queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.”
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149.

Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das principais transformações políticas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o continente europeu. Essa Burguesia está ligada à
a) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689.
b) Revolução Francesa, de 1789 a 1799.
c) Revolução Russa, de 1917.
d) Revolução de Avis, de 1383 a 1385.

34. (FUVEST 2013) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu disse: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de todos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado.

O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. O autor
a) discorda dos propósitos revolucionários e defende a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucionários por acreditar que não havia outra maneira de transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário, que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como uma reação aos castigos e à repressão antes existentes na França.
e) aceita os meios de tortura empregados pelos revolucionários e os considera uma novidade na história francesa.

GABARITO
Resposta da questão 31:[E]
Resposta da questão 32:[B]
Resposta da questão 33:[B]
Resposta da questão 34:[D]


Economia colonial na América Portuguesa

31. (ENEM) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.

Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de
A) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
B) os árabes serem aliados históricos dos portugueses
C) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
D) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
E) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

32. (VUNESP 2012) Observe o seguinte trecho do Tratado de Methuen.
Artigo 1º  – Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete admitir para sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifício da Inglaterra.
Artigo 2º  – É estipulado que Sua sagrada e Real Majestade Britânica será obrigada para sempre, de aqui em diante, de admitir na Grã-Bretanha os vinhos de Portugal, de sorte que em tempo algum não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos.
Tratado de Methuen – 1703. In: Nelson Werneck Sodré, As Razões da Independência. Adaptado.

Entre outros fatores, foi devido ao Tratado de Methuen que:
a) as manufaturas têxteis se desenvolveram muito no Brasil.
b) Inglaterra e Portugal foram os primeiros países a se industrializarem.
c) a burguesia portuguesa enriqueceu e lutou contra a monarquia.
d) o ouro explorado no Brasil foi transferido para a Inglaterra.
e) Portugal diminuiu o seu interesse pela exploração da colônia.

33. (VUNESP) "E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moedas para os reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil, salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem hoje carregadas as mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as senhoras".
(André João Antonil. "Cultura e opulência do Brasil", 1711.)

No trecho transcrito, o autor denuncia:
 a) a corrupção dos proprietários de lavras no desvio de ouro em seu próprio benefício e na compra de escravos.
b) a transferência do ouro brasileiro para outros países em decorrência de acordos comerciais internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado pelo contrabando de ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder local.
e) a ausência de controle fiscal português no Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos escravos e mineradores ingleses.

34. (FUVEST 2013) A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. 

Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia:
a) tabaco, algodão e derivados da pecuária.
b) ferro, sal e tecidos.
c) escravos indígenas, arroz e diamantes.
d) animais exóticos, cacau e embarcações.
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoarias.

GABARITO
Resposta da questão 31:[A]
Resposta da questão 32:[D]
Resposta da questão 33:[C]

Resposta da questão 34:[A]

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